Sete - Bow

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A executiva Bow Manaow Innk passou pelo companheiro de trabalho no elevador, quase o derrubando. A noite não tinha sido das melhores nem mesmo marido, que vinha atrás dela e se desculpou com Vegas, conseguiu acalmá-la.

Mais cedo, no closet do casal, ela estava ainda mais aflita.

—   Você tem certeza que Cherry não está na Tailândia, Pruek?   — Para o homem aquela era  milésima vez que ouvia a pergunta, para ela era como se fosse  a primeira. 

—  Tenho. Mas meus homens garantem que a mãe dela voltou a viver em Bangcoc.  — Ele respondeu, escolhendo um terno que combinasse com o costume vermelho dela. Pela escolha da roupa e o colete vermelho jogado no puff à sua frente, ele sabia que o dia ia ser menos doce com ela.

 —  Você sabe que meus sonhos são avisos. Sabe que me culpo por não entender antes... Eu teria ajudado Pete e nada teria acontecido com ele...

Ela se calou e seu mutismo revoltado tem uma única chave: o segredo que ele desconhece. Nunca em sua vida de casados, Bow lhe  contou o que a fere tanto. Foi Pete que lhe disse que não a culpa  e Pruek, mesmo sem saber se há ou não um motivo pela dor que a esposa carrega, ficou feliz em saber que  o amigo de sua adorada Manaow não a culpava por nada.

 Foi Pete que lhe disse que não a culpa  e Pruek, mesmo sem saber se há ou não um motivo pela dor que a esposa carrega, ficou feliz em saber que  o amigo de sua adorada Manaow não a culpava por nada

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Viver com ela era ter que entender sua exacerbada proteção ao amigo e ao filho dele. Ela nunca viu Syn como seu, mesmo que Pete tenha dito a eles, na época da gravidez que, se eles quisessem, poderiam se aproximar da criança. Aceitar que a esposa, que não queria ser mãe, fosse barriga solidária do amigo foi fácil. No fundo ele esperava que ela se sensibilizasse e se tornasse maternal. mas não. Bow levou a gravidez com cuidado e afeto, mas era só amor de tia. Amor distante que até hoje ela descarrega enviando dois presentes por ano ao menino. 

Passou por Vegas, saindo do elevador, indo atrás de sua tempestade, mas deu um passo atrás e explicou, por doce maldade:
— Desculpe-a, de novo Vegas. Ela sonhou com Cherry. E fica horrível quando isso acontece.  — Ele teria um dia terrível com a esposa irritada, mas, mesmo que desconheça o que une Cherry, Pete e sua adorada, sabe  que envolve Vegas e resolveu não poupá-lo de alguma dor. Sorriu, tentando ser simpático e se foi, depois de ouvir Vegas dizer  que entendia e notar ele engolir o ódio que a antiga amiga lhe desperta agora.

Pruek sorriu para si mesmo pela pequena maldade e se foi. Bow já tinha entrado no departamento de Publicidade. Entrou e viu que todos tinham notado que seu doce demônio não estava em um bom dia. Os olhos a lhe pedir socorro não o enganavam.  

— Bom dia, pessoal. Já tomaram café?

— Bom dia, chefe. Ainda não. Temos alguns documentos para entregar para a chefe.

— Vão tomar café com Joahn. Ela preparou uma mesa divina para alguns visitantes, mas cancelaram a reunião. Os documentos envia por e-mail e se algum tiver que ir por malote, peça a Joahn para imprimir. 

Âmbar    #VegasPeteWhere stories live. Discover now