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Nossas mãos se entrelaçaram e ele me girou, voltando a colar nossos corpos, enquanto eu encostava a cabeça no ombro dele, dando um sorrisinho ao ouvir o barulho das ondas como trilha sonora da música que o DJ tocava.
— Mas já? — Jude olhou para o DJ, indignado, assim que a música parou. O homem bateu os dedos no relógio e apontou para o céu, que já estava clareando, me fazendo rir.
— Mais uma, por favor. — Fiz um biquinho, e ele passeou o olhar entre nós dois, se dando por vencido, fazendo o sinal de que seria a última.
Sim. Só restava nós dois na pista de dança. E olha que não foi um casamento xoxo, pelo contrário, foi totalmente digno de Maria Júlia e Vinícius Júnior. As pessoas foram subindo de tão cansadas e bêbadas que estavam, restando só nosso grupo. E bom... álcool cansa uns e anima outros, né? Então, cada um foi subindo para seu respectivo quarto, inclusive os noivos, e tenho plena certeza de que esses não subiram para dormir.
Mas eu e Jude cismamos de dançar umas músicas românticas de fim de festa que estavam tocando e, para o desespero do DJ, estávamos lá até agora.
Versace On The Floor começou a tocar, e demos um sorrisinho um para o outro, já que Bruno Mars embalava essa relação desde o primeiro encontro.
— Aparentemente, somos pais 8 ou 80, né? — Jude comentou, me fazendo rir.
— Dormindo a tarde toda, tal qual dois velhos? Sim. Ficando até a madrugada na festa alheia? Também. — Ele riu.
— Equilíbrio. — Me girou, me abraçando por trás e beijando meu ombro, mas ainda balançando o corpo no ritmo da música. — Já reparou que essa música retrata direitinho a primeira vez que dormimos juntos? — Roçou o cavanhaque no meu pescoço, me fazendo arrepiar.
— Não só reparei, como virou uma das minhas favoritas dele depois disso. — Ele me girou de volta.
— Assim que te deixei em casa, depois da senhorita me deixar todo bagunçado falando que também estava apaixonada por mim, essa música começou a tocar no aleatório. Quase fui na DM do Bruno Mars perguntar se ele também estava no quarto na noite anterior. — Gargalhei. — Ele traduziu de ponta a ponta o que senti, tanto que fui ouvindo ela no repeat até em casa e no dia seguinte inteiro.
— Realmente, nenhuma experiência é individual. — Ele riu, colocando as mãos na minha cintura. — Cada frase que escutava da música, lembrava de um momento da noite e dos seus toques.
— A ponto de me arrepiar e tudo. A cena que eu tive depois que seu vestido caiu, junto com a carinha que você me olhou, meu Deus... — Olhou para o céu, me fazendo rir e esconder o rosto no seu pescoço por alguns segundos, mas logo nossos olhares voltaram a se encontrar.