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Acordei com a Ceci se mexendo na cama, sem a intenção de me acordar, o que de fato aconteceria, se eu não tivesse pegado costume de dormir com a mão na barriga dela.
Achei que fosse ela apenas mudando de posição enquanto dormia mas logo, ouvi seu suspiro, revelando que estava acordada.
— Tá tudo bem? — Perguntei.
— Não queria te acordar, benzinho. Tá tudo bem, pode voltar a dormir. — Acariciou meu rosto, mas eu abri os olhos pra me certificar que realmente estava, encontrando seu biquinho, me fazendo rir. — Eu tô com desejo. — Confessou.
— Agora? — Olhei para o relógio no criado-mudo. 3h17 da manhã. Claro que era agora. Bebês e desejos não esperam. — Do que?
— Eu não sei. — Fez um biquinho de novo, me fazendo rir. — Algo doce, mas salgado ao mesmo tempo. E zero saudável, vontade de coisa que se, a Rosa me visse comendo, me daria bons minutos de bronca.
— Doce e salgado em uma comida só, ou uma coisa doce, misturado com algo salgado? — Ela pensou por alguns segundos.
— Acho que a segunda opção.
— Tá bom, vou dar um jeito. — Levantei, indo pro banheiro, fazendo minhas higienes e saindo, colocando só uma blusa de frio e seguindo com a calça do pijama, enquanto Ceci me observava. — Prometo que volto rapido. — Segurei o rosto dela, dando um selinho e um beijo na testa, calçando o primeiro tênis que encontrei e saindo, lembrando que há poucos metros, tinha um Burger King com DriveThru 24 horas, dando amém quando vi que não tinha fila.
Pedi um balde de sorvete de brownie, um balde de batata frita e dois refrigerantes, voltando com os dois no banco da frente no maior cuidado já visto pra não cair.
Assim que cheguei em casa, subi equilibrando tudo de uma vez numa bandeira, vendo ela arquear a sobrancelha e gargalhar assim que viu o banquete.
— Demorei?
— Foi até rápido demais. — Sentei na frente dela, vendo ela se posicionar melhor na cama. — Pra raciocinar rápido desse jeito, você já tinha comido antes, né? Confessa. — Ri, sendo pego no pulo.
— Eu e Jobe passamos pela fase de puberdade praticamente juntos, e dois adolescentes em fase de crescimento em um mesmo cômodo, dificilmente resultava em comidas que não fossem esquisitas.
Ela pegou uma batata, molhando no sorvete como se fosse o mais gostoso dos molhos.
— Eu sempre ouvi falar que era bom mas nunca tive cora... — Fechou os olhos assim que experimentou — Meu Deus, era exatamente disso que eu precisava. — Fizemos nosso toque.
— E como não gosto de te deixar sozinha, estarei te acompanhando e esse será nosso segredo. — Peguei um também.
— O Ancelotti vindo bater aqui em casa até o final da gravidez. — Ri, porque ele seria capaz de fazer isso tranquilamente.
Comi só mais uma batata e depois deixei pra ela, observando a cena.
Voltamos da França na noite do dia 1, já que no dia seguinte, ela voltaria pro estúdio e eu, já tinha apresentação e treino aberto no Real.
Dali em diante, as semanas passaram extremamente rápido.
Foi o início de ano mais corrido que tive até agora, com jogos pesados, diversos eventos pra comparecer, e de quebra, a primeira fase das eliminatórias pra copa de 2026.
Do lado da Ceci, não estava diferente. Ela estava alcançando cada vez mais reconhecimento na área em que trabalhava e agora, só trabalhava em campanhas e desfiles extremamente grandes, exigindo uma dedicação quase integral dela, em alguns dias, sendo chamada até por fora em alguns trabalhos, o que me fazia ficar bobinho de orgulho.
Mas as noites, sempre eram nossas e seguia sendo gostoso demais chegar em casa e vê-la me esperando, com a barriguinha cada dia maior.
Tínhamos virado pro terceiro trimestre essa semana e acho que, tudo o que ela sentiu de dor nos primeiros, esses últimos compensaram, o que me deixava um pouco mais aliviado.
A Rosa já havia falado que provavelmente a barriga não ia crescer muito e Ceci sempre teve o costume de usar roupas largas no dia a dia, e esse era o único motivo dela ainda conseguir disfarçar, mas a cada dia que passava, mais tinha vontade de soltar a notícia pro mundo, pra todos verem o quanto ela estava linda.
Faltavam poucos dias pro nosso casamento e conforme se aproximava, a única coisa que conseguia pensar era no quão linda ela estaria com a barriguinha desse tamanho, toda de branco.
Acompanhando a saga do casamento do Vini, imaginei que o processo da preparação do nosso seria parecido, mas foi o mais calmo dos mais calmo, a ponto de nem precisar separar quem ficaria com a organização do que.
O ponto principal era ter a nossa cara e isso fazia com que as decisões fossem tomadas facilmente, sobre tudo.
Poucos convidados, o mesmo DJ do casamento do Vini, pois promessa é divida, floral por escolha da Cecília, e em tons claros por escolha minha.
Nunca ia entender como tinha cara que não se interessava em participar dessa parte. Bom demais escolher tudo com a pessoa que você ama, até porque, é um momento dos importante pros dois, não tem sentido ter as características só de um, ou pior, deixar tudo na mão de alguém que nem nos conhece.
Já dizia Vinicius: Eu ein.
A única coisa que ela pediu pra escolher, foi o destino da nossa lua de mel, e juro que me arrependo amargamente de ter deixado, já que o pedido era uma armadilha pra me fazer surpresa, ou seja, até hoje não sei pra onde vamos e morria cada vez que ela fazia uma carinha de mistério quando eu perguntava. E o arrependimento nem era por não confiar, não tinha melhor pessoa pra organizar viagem do que a Ceci, ela amava, mas nessa brincadeira, eu morria de curiosidade.
Ah, outro mistério, era o vestido da bonita. Ela seguiu firme a superstição e a única grandíssima dica que me deu, é que era branco.
Como não sou bobo, também não contei sobre meu terno, a querida que aguardasse pra me ver no altar.
Realidade: tava louco pra mostrar pra ela.
— Meu Deus, eu nunca fui tão feliz na minha vida. — Soltou, comendo a última batata, enquanto eu entregava a colher pra ela finalizar o sorvete, vendo ela rir e se aproximar, me enchendo de beijinhos gelados, me fazendo dar um sorrisinho.— Obrigada por isso, meu pretinho. Você realmente cumpre muito bem o papel de amor da minha vida.
Ali, beirando as cinco da madrugada, vendo Enzo e Valentina apagados na poltrona, e Ceci só de camisola, com a barriguinha marcada, degustando batata frita como sorvete como se fosse a melhor refeição do mundo, minha ansiedade pra poder falar e ouvir seu sim enquanto olhávamos nos olhos um do outro, multiplicou.
E olha que já estava alta pra caralho.
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