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Olho para Kali agora e mal consigo acreditar que já se passaram alguns meses desde o dia em que ela chegou. Seis meses. Uma meia-idade de bebê, mas para mim parece que o tempo passou em câmera lenta, ao mesmo tempo que eu mal percebo ele correndo.
Os primeiros dias foram maluquice atrás de maluquice. Os dois aprendendo a lidar com ela, interpretar o que significava cada choro, o que significava cada expressão, se dividindo nas madrugadas. A Ceci do passado, que todo final de dia reclamava de cansaço, mal sabia o que era isso. Mas depois fomos nos adaptando.
Não romantizava a maternidade, era dificil pra caralho, mas eu realmente tinha uma rede de apoio muito boa, em todos os laços, de familiar a amigos.
Minha mãe veio na semana seguinte da chegada dela e ficou durante um bom tempo, junto com a Denise.
Enquanto os meninos, Maju e Isis, se faziam presente sempre.
Eramos pais, mas ainda eramos jivens, então assim que a gatinha foi liberada pra sair, voltamos a fazer presença em todos os churrascos pós jogo novamente do jeito que tinha que ser, e aparentemente, a gatinha gostava mais do que a gente, já que virava a atração do lugar sempre.
Me recuso a falar do Jude, porque ele seguia sendo um principe. Um pai incrivel e um maridão com todas as letras. Era maneiro perceber que não tinhamos perdido esse lado devido a correria da rotina de pais jovens.
A agenda dele não parava, ele voltou a treinar dias depois que ela chegou, e eu, que jurei que fosse morrer de saudade do estúdio, estava mais do que tranquila nesse período longe que tirei pra ela.
E esse período, não flerta com a ideia de me tornar uma mulher que vive em prol de virar uma dona de casa e viver em prol de esperar o Jude chegar enquanto cuido da Belliguinha, e sim, ter um tempo com ela entende-la e me entender também, ainda não conhecia minha versão mãe.
Mas como não sabia ficar parada, voltei a atender os meninos logo no segundo mês, que nessa altura do campeonato, já era boa parte do time. Não ia deixar meus garotos andando mal vestidos por aí e era uma ótima distração.
A chegada da Kali mudou totalmente a visão que tinha sobre meu trabalho, totalmente pra melhor. Viver com ela me inspirava muito, acho que nunca desenhei tão bem e nem fui tão criativa quanto agora.
Hoje, era um dos dias em que estavamos sozinhas em casa, no caso, eu, ela, Enzo e Valentina, que tinham se tornado os irmãos mais velhos mais babões já vistos, faziam todas as sonecas com ela, independente de onde ela pegasse no sono. E se combinavam, já que os três passavam mais tempo dormindo do que acordados.
E era o que estava acontecendo nesse exato momento. Eles deitados na beira da cama e nós duas em cima dela, assistindo Bridgerton. Eu, né? Ela estava apagadinha, tal qual uma princesinha saída da série, recebendo carinho no cabelo.
A olhei, dando um sorrisinho e reparando nos seus traços. Ao contrário dos primeiros dias, Kali estava com os tracinhos mais formados. O nariz era bem redondinho, a boca em formato de coração e seus olhos, bem puxadinhos. Ela era bem cabeluda, cabelo esse que aos poucos, começava a ondular e seu tom de pele era um pouco mais escuro que o do Jude.