OITENTA.

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 A casa da Maju estava parecendo a casa da minha avó em época de natal quando todas as mulheres da família decidam se arrumar juntas

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A casa da Maju estava parecendo a casa da minha avó em época de natal quando todas as mulheres da família decidam se arrumar juntas. Gritaria, falação, risada alta, do jeito que tinha que ser. A diferença é que, sempre uma arrumava a outra e dessa vez, tinham outras divas pra nos ajudar.

A gente podia muito bem fazer sozinhas? Sim. Mas hoje eu não queria, todas mereciam um bom dia de princesa, com direito a massagem, manicure, cabelo e maquiagem.

O dia foi regado a fofoca e bobeira de todos os lados e em todas as linguas, e eu, pelo menos durante a tarde, consegui relaxar, porque a noite foi uma loucura. Eu até peguei no sono rápido quando deitei, mas da quatro da manhã em diante, só sabia me revirar na cama, tamanha ansiedade.

Assim que amanheceu, sai de fininho, ja que tinha um plano pra executar.

Combinei com o Jude de escolher nosso destino da lua de mel, e ele, inimigo de organizar viagens, deixou nas minhas mãos na mais pura inocencia. E é assim que ele está sem saber pra onde vamos até agora.

Mas é que ele sempre consegue me surpreender em tudo, e dessa vez, achei que seria uma boa oportunidade pra fazer o mesmo. Como já iamos viajar amanhã mesmo, deixei algumas dicas espalhadas pela casa enquanto ele dormia, agora, se o bonito vai acertar, já é um mistério.

Pouco depois que voltei, minha familia chegou e dali em diante, consegui me distrair, mas durou até eu colocar o vestido.

Me encarei no espelho, reencontrando a Ceci do passado que, apesar de não ter o sonho de casar, das poucas vezes que se imaginou vestida de noiva, idealizava um vestido leve, que a fizesse se sentir confortável mas ao tempo, marcasse suas curvas a ponto de se sentir uma grande gostosa. Exatamente do jeitinho que meu vestido era. Longo, com um decote em V profundo, justo até a altura do quadril e abrindo um pouco na saia, todo rendado e bem branquinho, pra destacar com a minha pele.

A diferença é que agora, tinha mais uma curvinha marcada, que no passado eu nao idealizava, mas no presente, me deixou ainda mais completa.

Acariciei minha barriga e veio um filme sobre tudo, toda nossa historia, me fazendo sorrir bobinha e derramar uma lagrima, que eu tratei de secar.

— Já queimou a largada? — Ouvi a voz da minha mãe, olhando-a sorrindo.

— Não consegui segurar. — Ela se aproximou.

— Se te consola, quando você terminou de se vestir, desci porque tive que pedir para refazerem a maquiagem. — Ri, segurando a mão dela. — Você está linda, minha princesa.

— A senhora que está maravilhosa. Vou entrar bem acompanhada. — Pisquei e ela riu, balançando a cabeça negativamente. — Elas já foram?

— Já, acabaram de sair. E nosso carro já está esperando, vim te buscar.

— Ai, caralho. — Respirei fundo e olhei para ela. — Desculpa. — Ela gargalhou.

— Dona Cecília nervosa? É isso que meus olhos estão vendo?

SPECIAL II • JUDE BELLINGHAM Où les histoires vivent. Découvrez maintenant