OITENTA E NOVE.

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Empurrei a arara pro canto do estúdio e apoiei nela, suspirando e colocando a mão nas costas, disfarçando a caretinha que queria fazer pela dor

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Empurrei a arara pro canto do estúdio e apoiei nela, suspirando e colocando a mão nas costas, disfarçando a caretinha que queria fazer pela dor.

Mas ri, assim que vi Isis e Augusto me olhando, com os braços cruzados.

— Me admirando? — Brinquei e eles reviraram os olhos.

— Te julgando, isso sim. Você sabe que já pode ficar em casa, né? Na real, deve. — Isis soltou, enquanto eles se aproximavam.

— Sim, eu sei, mas estou bem ainda, não tem porque ficar em casa olhando pro teto. Quando começar a me sentir oficialmente indisposta, aí entro de licença.

— Tradução: no dia do parto. — Augusto disse, me tirando uma risada. — Minha querida, eu no seu lugar, já tinha parado de botar a cara aqui há meses. E ainda pedia massagem no pé pro Jude toda noite, como se tivesse feito grandes coisas. — Ri mais.

— Você pediria até se não estivesse no meu lugar, safado.

— Óbvio, amor. E do Camavinga também, pra falar qual dos dois maridos ganham. — Eu e Isis rimos. — Mas sério, tá tudo bem? A gente enche o saco porque nos preocupamos.

— Eu sei, e amo vocês por isso, mas sim, está tudo bem. Ela só tá mais pesadinha nesse último mês, mas dá pra viver de boa.

E não era tanta mentira assim, apenas omiti algumas coisas. O último mês, acho que estava sendo o mais dolorido de todos. A barriga, apesar de não estar aparentemente tão grande, parecia que estava pesando tudo o que não pesou antes, fazendo minhas costas pedirem arrego todas as noites.

Além disso, a gatinha era muito prendada e já estava na posição certinha, mas isso também me acarretava dor na costela sempre que ela se mexia e bom... Ela é minha filha com o Jude, né? A gatinha gostava de fazer minha barriga de roda de samba todas as manhãs.

Resumidamente, eu estava a própria Maria das dores, mas ainda estava bem, então seguia trabalhando, até porque, queria ficar um bom tempo sem fazer isso, só curtindo minha pretinha.

Levava bronca de todos ao meu redor? Levava, mas estávamos bem. Porém, além da bronca, todos estavam me ajudando demais.

Ana não me deixava mais pegar nenhuma campanha grande, na real, estava mais auxiliando a Isis do que qualquer outra coisa, o que era uma delicia, porque amava ver ela evoluindo.

Ela e o Augusto passavam o dia me mimando, enquanto quase todas as sextas livres, o pessoal se reunia em casa, já que eu não tava mais com pique pra sair.

Enquanto o príncipe Jude Victor William Bellingham, estava fazendo jus ao cargo dele. O garoto não me deixava lavar uma louça e confesso que queria que ele continuasse com as massagens diárias nos meus pés depois que a deusa nascer, porque vou sentir saudade e ele tinha uma mão ótima.

Por falar nele, o querido tinha ido jogar fora, o que resultou na casa vazia por alguns dias. O jogo rolou na tarde de hoje e confesso que tava doida pra ele voltar, grudadinhos demais.

SPECIAL II • JUDE BELLINGHAM Where stories live. Discover now