Ser mãe estava longe dos sonhos da Liz.
Ela estava focada em ter a sua tão sonhada carreira de modelo e dar uma vida melhor para as pessoas que ama... ela não só não contava que o universo ia brincar com a sua cara, mostrando que nem tudo acontece...
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25 de agosto 📍 Holanda
Eu não sabia se estava mais ansiosa pela corrida ou pelo simples fato de estar ao lado de Charles pela primeira vez como namorada, mas a verdade era que meu corpo não estava colaborando. Desde que chegamos na Holanda, senti meu estômago embrulhado de uma maneira que não conseguia explicar. No começo, achei que fosse o cansaço da viagem, mas logo percebi que o desconforto estava vindo de outro lugar. O que, claro, fazia total sentido: a Catherine resolveu falar um "oii" esse final de semana.
Talvez seja porque não conseguia manter uma alimentação equilibrada durante as viagem, principalmente quando não tinha a companhia.
E como a Yasmin decidiu ficar em Mônaco esse final de semana, eu acabei viajando sozinha com o charles.
—Você está bem?— a voz de Charles ressoou em meus ouvidos antes mesmo de eu vê-lo. Ele estava parado ao lado do carro, os olhos atentos a cada movimento meu, como se pudesse perceber qualquer sinal de que algo não estava certo.
Eu tentei forçar um sorriso, mas ele sabia que não estava me sentindo bem. Era o tipo de coisa que ele conseguia perceber com um olhar.
—Estou... só um pouco enjoada— respondi, tentando minimizar a situação. Não queria que ele se preocupasse mais do que o necessário, ainda mais com a corrida se aproximando. Mas a verdade é que o enjoo estava mais forte do que eu gostaria de admitir.
—Liz...— ele se aproximou, colocando a mão na minha cintura com aquela gentileza que me derretia por dentro. Eu podia sentir a preocupação em seu olhar, mas ele não disse nada. Não precisava.
Aquele pequeno gesto, o simples fato de ele estar ali, me dava uma sensação de calma momentânea, como se o mundo pudesse continuar girando, mas eu só precisava dele para me ancorar. Era estranho, porque o mal-estar vinha e ia em ondas, mas sempre que ele estava por perto, parecia que o tempo desacelerava, e tudo ficava um pouco mais suportável.
—Você não precisa estar aqui, Charles. Eu sei que você tem coisas para resolver com os meninos— falei, tentando tirar o foco de mim. Ele estava prestes a correr, o que era mais importante do que qualquer coisa relacionada ao meu enjoo de gravidez.
—Nada disso— ele sorriu, aquele sorriso que sempre me fazia sentir uma mistura de segurança e amor. —Eu vou estar ao seu lado o tempo todo, Liz. Se precisar de algo, é só me chamar, okay?
E, apesar de ainda me sentir mal, uma onda de gratidão invadiu meu peito. Ele não precisava fazer isso, mas de alguma forma ele fazia, e aquilo fazia com que eu me sentisse a pessoa mais sortuda do mundo. Mesmo que eu estivesse cansada, com o estômago virado, e só querendo descansar, saber que ele estava ali, pronto para me apoiar, era tudo o que eu precisava naquele momento.