Ser mãe estava longe dos sonhos da Liz.
Ela estava focada em ter a sua tão sonhada carreira de modelo e dar uma vida melhor para as pessoas que ama... ela não só não contava que o universo ia brincar com a sua cara, mostrando que nem tudo acontece...
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Eu amo que, em qualquer oportunidade, o Charles consegue ser mais maluco do que eu já fui em toda a minha vida.
E eu sei que vou acabar me usando de exemplo na educação da nossa filha.
—Você vai seguindo o segurança— ele falou calmamente, enquanto abria a porta do carro para eu entrar. —Não precisa correr muito, sempre vai ter o carro atrás de você que vai segurar os outros.
—E você? Não vem?— olhei para ele.
—Eu tenho que resolver umas coisas com o Joris, sobre uns contratos— ele sorriu. —Mas você consegue, é só chegar bem.
—Por que não posso ir com vocês?— questionei, olhando para ele, que soltou uma risada.
—Liz, eu te dei um carro para você dirigir— ele sorriu. —Vai com o meu, enquanto o seu está sendo blindado.
—Mas e se eu bater ele?
—Você ficando bem, não importa o estado do carro— ele me deu um beijo. —Agora vai, as meninas chegaram.
Olhei para trás, encontrando minha sogra com a minha cunhada, a Yasmin e o Léo.
—Você vai sair também?— perguntei, e meu namorado balançou a cabeça, concordando.
—A gente se vê lá. Beijos— ele respondeu.
—Beijos— o Charles me deu um beijo, e, assim que entrei no carro, ele fechou a porta, afastando-se um pouco.
—Você sabe mesmo?— minha sogra perguntou, assim que entrou no carro.
—Sim— respondi. —Na verdade, não.
—Bora, Liz, liga e vamos sair— Charlotte sorriu, animada.
A Yasmin colocou a música alta, e eu liguei o carro, respirando fundo, tentando não surtar.
Sentia a Cathe chutando a minha barriga. Agora, não sei se ela estava animada ou com medo da louca que vai chamar de mãe.
O carro do segurança saiu do hotel, e eu olhei para o meu namorado, que sorriu, apontando para frente e me mandando seguir o carro.
—Jesus, me ajuda.
É só dirigir, Liz. Só dirigir. Mas cada vez que pensava nisso, parecia que minha mente criava mil cenários apocalípticos. E se eu errar o caminho? E se eu bater no segurança? E se eu bater esse carro? O charles vai brigar? Alguém vai filmar?
A música alta da Yasmin não ajudava nem um pouco. Ela cantarolava empolgada, como se estivéssemos indo para uma road trip cheia de aventuras, enquanto eu lutava para manter as mãos firmes no volante. Catherine deu mais um chute certeiro na minha costela, como quem dizia: Vamos lá, mãe, prove que não é tão atrapalhada assim.
