ℂ𝕚𝕟𝕢𝕦𝕖𝕟𝕥𝕒 𝕖 𝕤𝕖𝕚𝕤

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Natal sempre foi uma das minhas épocas favoritas

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Natal sempre foi uma das minhas épocas favoritas.

Eu sempre amei tudo que envolvia essa mágica do Papai Noel, os presentes, os jantares, os filmes repetidos passando na TV, o cheirinho de comida gostosa pela casa... Era como se, por algumas semanas no ano, o mundo desacelerasse pra lembrar que ainda existia amor. E o significado dele.

Mas quando eu fui embora, essa data perdeu o sentido.

A magia foi ficando mais distante. Porque, por mais bonita que a decoração fosse ou por mais que os presentes brilhassem, a minha família já não estava ali pra tornar aquele momento especial.

Então a felicidade foi dando lugar à saudade. E o Natal virou só mais um dia onde tudo que eu mais queria era estar em outro lugar, com outras pessoas.

Porém agora... Agora tudo mudou.

Parei na porta da sala e precisei de alguns segundos pra processar o que estava vendo.

A árvore era enorme, montada com fitas e bolas em tons de rosa, branco perolado e dourado. Havia laços delicados, ursos de pelúcia com roupinhas bordadas à mão e pequenas letras penduradas com o nome da Catherine espalhado discretamente. Um sapatinho minúsculo estava bem no centro, como se fosse a estrela daquela árvore.

Me aproximei devagar, levando a mão até minha barriga sem nem perceber.

Esse ano, o Natal vai ter um novo significado. Especial. Um sentimento único: a ansiedade.

Ansiedade boa, daquelas que preenchem o peito.
Ansiedade de saber que está chegando. Que falta pouco. Que essa casa vai ser ainda mais cheia. Que esse coração vai ser ainda mais dela.

Senti os olhos arderem e deixei uma lágrima escorrer.
Era bonito demais pra guardar tudo só dentro de mim.

Foi quando senti uma presença ao meu lado.

— Eu sabia que você ia se emocionar — a voz doce da Pascale me envolveu como um cobertor quente numa noite fria.

Ela estava com um sorriso pequeno, mas com os olhos marejados, iguais aos meus.
Nos olhamos em silêncio por alguns segundos, e então ela disse:

— O Natal sempre teve um gosto de saudade pra mim, Liz... desde que os meninos cresceram, as coisas mudaram, e a vida levou muita coisa embora. —Mas esse ano...Esse ano vai ter gosto de ansiedade. Gosto de recomeço. De bebê no colo. De esperança.

Segurei a mão dela e sorri. Era como se o Natal tivesse ganhado um novo significado pra todas nós.

Um Natal doce, delicado e rosa.
Um Natal da Catherine.

—Meu Deus, quanta coisa rosa— o charles falou assim que saiu do escritório que estava a horas pra uma reunião com os irmãos. —Você que escolheu?

𝔸𝕟𝕖𝕤𝕥𝕖𝕤𝕚𝕒 ● ℂ𝕙𝕒𝕣𝕝𝕖𝕤 𝕃𝕖𝕔𝕝𝕖𝕣𝕔Where stories live. Discover now