Capítulo 7 - Wildest Dreams

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A ação de graças logo chegou. Fui para Nashville, onde meus pais ainda moravam, fizemos como de costume o jantar e tivemos uma das melhores noites. Ao menos nas partes em que ninguém me fazia lembrar do Harry.

-Onde está Harry? -Minha mãe perguntou assim que me viu sozinha na porta.

-Ele... Ele não vem. –Dou uma gaguejada, ela não ia nem me abraçar primeiro?

-O que aconteceu? -Ela falou finalmente me abraçando. –Ele está bem?

Com meu pai havia sido a mesma coisa e até meu irmão, Austin, fez questão de perguntar.

-Ele está bem. Deve estar ótimo, na verdade. O que temos pra beber? –Respondi a todos de uma única vez, já um tanto farta de tanto "Harry" na minha cabeça.

Mas meu sossego não durou tanto, já que até Abigail, uma das minhas melhores amigas, fez questão de perguntar por ele pela chamada de vídeo que sempre fazíamos depois do jantar.

-Desculpe, Tay, mas tenho que perguntar... O que aconteceu entre vocês é tão sério assim?

-Eu o teria trago se estivéssemos bem, mas a verdade é que nem sei como estamos. Nosso último encontro foi tão confuso... E ele não entrou mais em contato, então eu não o fiz também.

-Faz muito tempo que vocês não se falam? Você não anda contando muito da sua vida ultimamente.

-Pra mim parecem séculos, é louco a falta que eu sinto dele. Mas também não sei se vamos voltar a nos falar novamente, nossa última conversa pareceu uma despedida, ao mesmo tempo em que pra mim acendia uma esperança...

-Não consigo entender vocês dois. –Ela ri, o que me arranca um sorriso.

-Quero que dê certo, mas não parece ser o tempo para isso acontecer... Somos muito jovens ainda, e o que eu sinto por ele exige maturidade. Nunca senti nada igual por ninguém, tenho certeza disso.

-Você sempre enxerga as coisas com clareza, mesmo que demore um pouco. Espero que vocês consigam se entender e amadurecer, ele parece gostar de você da mesma forma, e olha que estou dizendo isso apenas o conhecendo por fotos públicas.

Depois que desligamos eu penso em toda a nossa conversa e sobre os meus últimos pensamentos sobre Harry e eu. Não estou desistindo, não estou pronta para desistir dele. Também não posso deixar que um ciúme bobo estrague tudo, não depois de todos os momentos que tivemos juntos. Ele vale a pena, nós dois valemos a pena, e assim será até que ele me quebre de vez.

*

Fui para L.A no dia seguinte, não estava pronta para voltar à NYC. Me sentia um tanto quanto em casa estando ali, mesmo preferindo o clima Nova Yorkino.

Estava deitada na grande poltrona que ficava na sacada do meu quarto junto de Meredith, quando ouvi o som da campainha soando pela casa. Levantei em um pulo de susto, não estava esperando ninguém.

Desci receosa, nenhum dos seguranças havia me informado que alguém havia chegado, ao menos eu não escutei o interfone chamando.

Abri a porta e me deparei com a última pessoa que eu poderia imaginar que estaria ali.

-Harry...? -Saiu como um sussurro, mas eu não tinha certeza se aquilo era uma pergunta ou uma exclamação.

-Oi Tay... -Ele falou olhando para os sapatos antes de me encarar e colocando as mãos nos bolsos da calça. Estava nervoso.

O encarei por alguns instantes. Ele parecia cansado, seu cabelo estava todo desalinhado... Mas ele continuava lindo. Ele era lindo.

Perdi a noção de quanto tempo ficamos ali, parados na porta da minha casa nos encarando. Havia tanto para ser dito, conseguia perceber aquilo em seus olhos e ele provavelmente percebeu no meu.

1989 (Haylor) - Temporada 1Where stories live. Discover now