Extra 1

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{Taylor Swift}

Lembra da nossa discussão de Dezembro? Pensávamos que aquele seria nosso fim, mas na verdade ele veio definitivamente quase um ano depois. Ainda me lembro de ter ficado com bastante raiva, me sentido insegura e só querendo você perto de mim.
Você sempre me deixou assim, insegura. Não te culpo, mas talvez devesse.
Eu sabia que a culpa era minha, então assim que engoli meu orgulho tratei de ir atrás de você. Seus braços faziam falta, sua respiração lenta contra meu pescoço e seus lábios juntos ao meu... Meu lugar era junto de você, e eu sabia disso.
Assim que te vi, abrindo a porta para a garota mais insegura e molhada que Nova York já viu, eu só consegui ficar tranquila e feliz. Não me joguei em seus braços naquele instante, mas espero que você tenha entendido que eu estava com medo de que você não me quisesse mais. A hipótese de que talvez houvesse outra garota em sua casa, em seu quarto ou até mesmo em sua cama, me matava.
Mas você sorriu assim que me viu, não foi o sorriso que eu gostaria de ver, aquele com covinhas, mas já bastava, era o suficiente para mim.
Pegou uma toalha e me cobriu, me abraçando desajeitadamente logo em seguida. Não havia passado nem um dia, mas a saudade que dominava meu corpo equivalia à uma década ou mais.
Meus olhos pousaram nos seus e a mensagem era clara naquele momento, você dizia "não me deixe nunca mais" e eu pude sentir seu medo. Caminhei até você, se lembra? Naquele momento eu podia jurar que toda a vizinhança podia ouvir meu coração batendo. Você não desgrudou seus olhos dos meus em nenhum momento, até que eu coloquei uma de minhas mãos em sua face e deixei um beijo demorado em sua bochecha. Lembro que você suspirou, e eu podia jurar que era porque você queria mais do que aquilo, assim como eu. Não falamos nada, não precisávamos falar nada. Nossas ações já diziam por si só.
Você passou seus braços em volta de mim e me abraçou apertado, como se fosse uma última vez, mas não foi. Agora eu agradeço por isso.
-Me desculpe... -Pedi, mas você não deixou eu terminar de falar.
Ao invés disso, juntou seus lábios aos meus. Ainda se lembra como eles se encaixam perfeitamente?
Pedi para ouvirmos uma música da nossa banda favorita na época. The 1975 ecoava pela sala, os móveis estavam desorganizados deixando um grande espaço para dançarmos. A lareira crepitava e, sinceramente, ainda não sei se o calor que eu senti foi por causa do fogo ou por estar com você.
Se lembra que confessei me sentir bem ali, em Nova York, com você enquanto estávamos daquela forma, dançando e ouvindo músicas que não eram nossas? Momentos como aquele fizeram com que eu me mudasse para aquela cidade grande e barulhenta.
Ainda me lembro que tocava "Falling For You" quando você tirou a toalha dos meus ombros e me puxou para mais perto, beijando meu ombro e subindo até meu pescoço. Você sabe como eu gosto disso, nunca deixarei de gostar.
Depois dali você me levou para o seu quarto, onde havia outra lareira. Afinal, você sempre gostou delas não é? Lembro quando me disse que se sentia mais tranquilo ao ouvir o fogo crepitar e gostava ainda mais quando o som se juntava ao das gotas d'água batendo na janela, como naquela noite.
Estávamos na sintonia perfeita e novamente nos entendemos como sempre. Carne contra carne, em uma sintonia de dar inveja em qualquer um. Amor contra amor, um sentimento mais que puro. Nada podia nos deter quando estávamos a sós, em quatro paredes.
E eu ainda te amo, mesmo que pareça o contrário. Ainda sinto você me envolver nas noites mais frias, mesmo que por um segundo. Já é o suficiente para que eu me acalme às vezes, outras só piora. Mas eu vou ficar bem.

1989 (Haylor) - Temporada 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora