Capítulo 6 - Sequestro?

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Nataly/Lucy


Já havia passado uma semana desde o ocorrido na casa de Alex e eu ainda não tinha tido contato com Katia, não pessoalmente. Mandava sempre meus relatórios para o seu e-mail e só era respondida com mensagens do tipo "visualizada" ou "Recebido", o que significava que ela ainda tinha raiva de mim, mas nunca deixava transparecer isso para Alex, o que me deixava cada vez mais próxima dele.

Alex e eu trocávamos mensagens o tempo todo, e na maioria das vezes ele só falava besteira, mas era uma boa companhia. Nas aulas sempre sentávamos juntos e ele sempre me levava para casa depois da aula — Ele também insistira para me buscar, mas eu sempre negava, já que na maioria das vezes eu nem lá dormia. Gostava de ir a S.W.A. quase todas as noites para treinar e receber atualizações, das minhas antigas missões, escondida e sempre acabava dormindo por lá.

Hoje é domingo e Alex tinha me convidado para conhecer o principal e mais belo, palavras de Alex, parque de toda a cidade, se não do país — Ele ficou de vir me buscar em duas horas, e eu estava pensando em uma forma de me desculpar com Katia nesse meio tempo.

Pensei em comprar um conjunto novo de pratos, mas não achei nenhum que se parecesse com aquele modelo. Eu até fui a uma loja de fabricação de porcelanato, mas eles disseram que não trabalhavam com aquele tipo de material, pois era antigo e raro. O que significava que ela nunca me perdoaria, pois nunca poderia repor os malditos pratos que eu quebrei.

Sabe Deus, bem que você podia mandar um raio bem na minha cabeça. — Seria uma morte menos lenta e dolorosa do que a que Katia planejava para mim.

Pego as chaves do meu carro e meu celular e saio do apartamento em direção ao estacionamento do prédio. — Sim, eu tenho um carro, mas não o utilizo perto de Alex, porque além de economizar uma boa gasolina eu também me mantenho mais perto dele — No caminho para a central meu telefone começa a tocar e eu o conecto ao meu carro para poder atender.

— Naty? — ouço uma voz ecoando pelo carro.

— Oi Di, como está? — Diego, ou simplesmente Di, é meu melhor e único amigo, desde meus doze anos, quando ele foi recrutado. Além de ser um dos melhores cientistas da S.W.A.

Sei que com ele não preciso ser a Nataly séria e responsável que sou o tempo todo. Diego tem o dom de me fazer ser mais humana. Arranca gargalhadas de mim e lágrimas também.

— Nataly, estou com um pequeno probleminha. — Diego tem dessas, de dar uma de super-herói quando alguém ameaça as pessoas importantes para ele ou quando ele simplesmente encasqueta com algum caso e nenhum agente dá bola para ele. Eu normalmente era a única que ouvia e ia atrás das loucuras dele, mas, comigo fora, era obvio que esses "pequenos probleminhas" iam começar a aparecer. — Eu recebi uma mensagem com o suposto paradeiro do Mauricio e eu vim ver se era verdade antes de falar para alguém, porque eu não confio no informante e porque superiores não costumam ouvir cientistas. — Ele estava falando rápido demais e eu estava já com dificuldades para acompanhar o que ele dizia — E agora eu estou cercado. — Sua voz soava agonizante.

— Diego, onde você tá? Eles te machucaram? — Falo ligando o carro — Fala alguma coisa!

— Não precisa gritar que eu não sou surdo! — ele me grita de volta — Eu estou dentro do carro, só não sei como sair daqui. É uma armadilha para me pegar, mas não estão relacionados com Mauricio. Parece ter alguma coisa a ver com o Navarra. Eu reconheci um deles daquela época.

S.W.A. 1 - As Mentiras De Uma VerdadeWhere stories live. Discover now