Capítulo 24 - Quem é Você?

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Nataly/Lucy


 Ouvi meu celular tocar distante e assustei com um peso em cima do meu estomago. Era o braço de Alex. Parei para observá-lo e percebi que há muito tempo eu não durmo tão relaxada e sem medo ou preocupação.

Ontem após Thiago ir embora, eu e Alex ficamos assistindo até as três da madrugada, e então apagamos. Ainda estava cedo e o sol começava a nascer e invadir as frestas da cortina do quarto, eu me levantei sem fazer barulho algum e me direcionei ao banheiro com uma muda de roupa em minhas mãos. Ao terminar de me arrumar sai vestida com uma calça legging preta e uma blusa regata larga vermelha, alcancei meu tênis que estava próximo a porta e o calcei saindo do quarto logo em seguida enquanto prendia o meu cabelo em um rabo de cavalo. Entrei na cozinha depois de pegar meu celular que estava no sofá, e mandei uma mensagem para o Thiago. Eu precisava resolver isso logo, antes que ele acabasse falando algo para alguém.

Após receber uma confirmação de sua parte eu peguei a chave do meu carro e da casa indo em direção a porta, mas parei no meio do caminho e lembrei que Alex estava ali, então dei meia volta e peguei um bloco de papel e uma caneta que havia na minha bolsa e deixei um bilhete dizendo que havia ido correr e comprar coisas para o nosso café da manhã. Terminei o bilhete com um beijo e o deixei em cima do balcão para que ficasse visível, e então sai do apartamento trancando a porta.

Assim que cheguei na garagem pedi a dois dos agentes de segurança que havia ali para subir e vigiar a porta enquanto eu não estivesse lá. E então entrei no carro e segui para a maldita cafeteria onde Thiago já me esperava.

A cafeteria ainda estava vazia, quando adentrei. Haviam apenas dois, suponho que, caminhoneiros no balcão e Thiago em uma mesa ao fundo girando freneticamente sua caneca de café já vazia.

— Bom dia, Thiago! — Eu disse me sentando de frente para ele.

— Oi. — Ele estava com medo — Por que está vestida assim?

— Eu gosto de correr pela manhã. Você não?

— O que você quer de mim? — Direto.

— Ei, eu não sou nenhum monstro — Tentei alcançar a sua mão — Thiago eu sei que pode parecer que é tudo uma mentira perigosa, mas é para segurança de todos.

— Ter armas e não ter medo de usá-las não parece seguro.

— Eu vou te contar tudo — Se eu tinha certeza sobre isso? Não. A única certeza do momento é que se ele surtasse ia acabar sendo eliminado pela agência. Não que a agência fizesse esse tipo de coisa o tempo todo, mas em casos extremos, como este, medidas extremas podem ser são tomadas. E eu não queria arriscar.

— E o que seria?

— Antes você tem que saber que não tem volta. Quando você souber de tudo vai ter que me ajudar e não vai falar sobre isso com ninguém, nem mesmo com a sua parede.

— Quem é você? — A raiva começava a dar seus sinais.

— A pergunta não é quem eu sou, e sim o que a minha agência é. — Me debrucei sobre a mesa juntando as mãos na frente do meu rosto — Você tem que entender que esse é o caso mais importante para o mundo, e se alguém souber que eu fui descoberta ou vão me eliminar ou vão eliminar você, ou pior, vão eliminar nós dois. — Voltei para a minha postura.

— Então você é perigosa!? — Ele fez menção de se levantar.

— Não, não com você ou com seus amigos. Acredite eu sou o menor perigo que vocês estão enfrentando.

S.W.A. 1 - As Mentiras De Uma VerdadeWhere stories live. Discover now