Capítulo 20 - Cuidado

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Nataly/Lucy


                Quando fui designada a esta missão, o objetivo era me fazer o elemento surpresa. Mauricio não faria ideia de quem eu era, e nem o quanto eu fui treinada. Ele não saberia, já que ficou anos longe da nossa corporação. Entretanto a cada dia que passa eu tenho mais certeza de que ele sempre soube quem eu era e que até já fazia ideia de que eu era a única escolha para proteger Alex.

— Senhora? — Um dos agentes chama a minha atenção.

Há algumas horas eu deixei Alex em sua casa junto com Thiago e Mary, na desculpa de ir até a minha casa para poder tomar um banho e me trocar, mas, como sempre, eu menti e vim para a central da corporação. Eu tinha que investigar o trágico evento da boate.

Esses ataques já estavam ficando fora de controle.

Todos ficaram preocupado com esse segundo ataque, já que Mauricio tem demonstrado não ligar para o tamanho do efeito colateral. Além, é claro, de Thiago ter razão em uma de suas falas, o que me deixava ainda mais preocupada e angustiada. Alex só havia sofrido os ataques quando estava comigo. Mauricio estava querendo me ver fora da jogada, era no que eu acreditava, mas isso não ia acontecer. Eu não desistiria tão fácil.

— Lucca, mostra novamente a Joana no vídeo da boate, logo após sair da nossa mesa. — Pedi ao técnico de informática, enquanto me reclinava sobre a mesa da enorme sala mãe (nome dado a sala de tecnologia visual principal). Estávamos há um bom tempo querendo achar algo nas câmeras de segurança da boate. Algo que ligasse alguém da festa aos suspeitos armados não identificados. — Ai está! — Apontei para a tela e ele pausou o vídeo. — Imprime essas imagens e separa essa parte do vídeo e manda tudo para a sala do Antony.

— Sim, senhora!

— É bom que tenha achado algo — Antony diz assim que entro em sua sala.

— Sim, achamos um suspeito — Agora ganhei a atenção dele que estava direcionada para seu computador.

— E quem seria?

— Joana Figueiredo. — Olha surpreso.

— De novo apostando nas relações antigas do Alex, Nataly? — Ele não parecia gostar muito disso.

— Olha, eu sei que errei da oura vez, mas de qualquer forma ela era um psicopata e acabou presa, graças a mim. — Sentei na cadeira de frente para a dele — Eu não estou apenas trabalhando com base em extinto ou qualquer coisa que esteja insinuando, temos vídeos da segurança da boate que mostram ela falando ao telefone, e os nossos especialistas confirmaram que ela ia fazer algo de ruim. — Disse mostrando fotos das imagens da filmagem que tinha em minhas mãos — E quando o tiroteio começou ela nem parecia surpresa e nem se quer abaixou como qualquer outro faria ou fez, ela ficou parada, e no meio daquela chuva de balas levou um tiro no braço. E nem era o braço com que ela escreve. — Mostrei outra foto dela no meio do tiroteio — Além de que, ela era a dona da festa e tinha o total controle dos convidados. Isso parece o suficiente para ao menos interroga-la, certo?

— Não! — O que? Revirei os olhos. Ele só poderia estar de brincadeira comigo. — Não vai interroga-la, vou emitir um mandato, mas desta vez você estará fora. Me entendeu?

— Mas eu sou a mais indicada para isso. — Me exaltei.

— Vou leva-la a um interrogatório comum sobre o acontecido. Apenas. Numa delegacia comum, sem alarde de quem somos. Já chamamos muita atenção.

S.W.A. 1 - As Mentiras De Uma VerdadeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora