Capítulo 49 - Triunfo

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Nota da autora: Lembrando que este é o penúltimo capítulo dessa fic!

Espero que gostem ;)

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Aquilo certamente era obra de Afrodite ou te algum outro deus que não gostava nada de mim. Fui sorteada para estar no mesmo grupo de Percy para a "Maratona de Reforma". Eu não conseguiria continuar evitando-o por muito mais tempo. Nós e outros tantos campistas iriamos ficar responsáveis pela arena de combate. Ela seria expandida e passaria a ter o dobro do tamanho. Nossa tarefa seria começar a quebrar algumas paredes e parte da arquibancada. Depois também teríamos de limpar toda a bagunça e dar um fim em todo o entulho que produzíssemos. Como se não bastasse ainda ficamos responsáveis por "limpar" a área onde seria construída a extensão, tirando árvores, pedras e tudo o mais que estivesse no caminho. Tudo isso no curto prazo de duas horas.

Quíron havia explicado aquilo tudo brevemente a nós. Ele ainda tinha que se reunir com os outros grupos, que já haviam se debandado para seus respectivos locais de atuação, para dar as devidas instruções. Ele nos mostrou os materiais e ferramentas que teríamos disponíveis para usar. Vi martelos, picaretas, e britadeiras elétricas. Ainda não tinha me decidido qual deles seria o menos difícil de manusear quando o diretor do acampamento voltava a falar para nos dar as últimas orientações:

- Como eu disse há pouco, não vão achando que essa tarefa será moleza – alguém precisava avisar a ele que ninguém tinha achado isso, na verdade achamos aquilo muito chato – Existem alguns mistérios e enigmas para a realização dessa tarefa. E não quero assustar vocês, mas certas criaturas receberam passe livre para transitar pelo acampamento hoje e elas costumam não se dar muito bem com barulho de obra. Então não se surpreendam se elas ficarem irritadas com vocês. Só não deixem que interfiram no seu trabalho. Não se esqueçam, quem tiver o maior progresso na reforma vencerá.

Quíron saiu galopando em direção a área dos chalés depois de dizer aquilo. Fiquei parada assim como muitos dos outros semideuses de meu grupo. Ainda estávamos tentando entender como iria funcionar aquela competição maluca. Quais seriam aqueles enigmas a que ele se referira? Que criaturas seriam essas que tentariam nos impedir de prosseguir com a reforma? Eu não sabia ainda, mas resolvi ir escolher uma ferramenta antes que só sobrassem as piores. Não acreditava ser capaz de segurar uma daquelas britadeiras tão pesadas, mas esse com certeza seria o meio mais eficiente de derrubar aquelas paredes de concreto. E talvez até servisse como uma arma contra os monstros que teríamos que enfrentar.

Me aproximei de uma delas e segurei em suas alças que estavam apoiadas na parede externa da arena. Um dos filhos de Ares que estava em nosso grupo e era bem mais forte do que eu, não teve dificuldade alguma com a sua. Ele a levou até a extremidade do local e a ligou. Logo várias centelhas e lascas começaram a se desprender e a desmoronar no chão. Um de meus irmãos percebeu que não seria uma boa ideia começar por baixo. Aquilo poderia fazer a arena toda desabar sobre nossas cabeças, então todos resolvemos que iriamos começar por dentro, de cima para baixo. Eu puxei a britadeira a minha frente, mas não consegui suportar seu peso. Ela teria despencado bem em cima do meu pé esquerdo se alguém não a tivesse amparado.

- Obrigada – disse me virando para ver quem havia me ajudado. Era Percy. Ele colocou o instrumento no chão e sem desviar os olhos de mim. Eu não consegui dizer mais nada.

- Tem certeza que quer usar uma dessas? – perguntou ele – Se eu fosse você pegaria uma picareta que é menos pesada e menos perigosa.

- Ok – concordei. E fui até as ferramentas mais leves para pegar alguma. A minha reação ao falar com Percy havia sido a pior possível. Enquanto ele parecia estar bem e lúcido, eu não conseguia pronunciar mais de duas palavras.

Lembranças De Um VerãoOnde histórias criam vida. Descubra agora