Capítulo 6 - Quebrando regras

8.8K 558 64
                                    

POV: Elena

Estou brincando com um assassino, um cara que não tem medo de quebrar as regras. Que não tem medo do perigo, da adrenalina, da morte. Ele quer ter tudo, mesmo que isso signifique ferir pessoas. Estou na sua frente, com medo, falei mais do que deveria. Há muitas formas de ir embora daqui, mas sai morta não é uma opção. Eu tenho família, mesmo que seja apenas minha mãe, ela é tudo para mim. Não posso desiste assim tão fácil, tenho que lutar por ela, do mesmo jeito que lutaria para voltar pra mim.

Eu tenho que conseguir sua confiança, para depois fugir, mas à apenas uma chance de eu conseguir isso. Pode ser loucura, algo totalmente insano. Mas é como minha mãe sempre dizia; Não se pode desistir de algo que nunca tentou.

É minha única chance, tenho que me agarrar a isso. E eu prometo, que quando eu conseguir sua confiança, ele será um homem morto.

Ele levanta e anda até mim, permaneço em meu lugar o encarando.

- O que deu em você? Eu não sou uma cara bonzinho, Elena. Eu não faço a coisa certa, não sigo as regras. Não obedeço ninguém, nem mesmo você. Sabe sobre o que eu vim falar com você?

Permaneço em silencio.

- Sobre sua mãe.

- Minha mãe? O que você fez com ela, Damon?

A raiva me consome, estou prestes a ir para cima dele, mas prefiro ficar em meu canto. Não quero deixar ele com mais raiva, mas se ele fez algo com a minha mãe... não irei me responsabilizar pelos meus atos.

- Eu não fiz nada, por outro lado... o tumor cerebral sim.

Como ele sabe disso? Penso.

- Ela está curada, os médicos confirmaram me isso. Aconteceu algo com ela? Me fala, Damon.

- Você sabe que o tumor poderia voltar, e foi isso que aconteceu.

O mundo parou naquele exato momento. Eu não conseguia respirar direito, não conseguia pensar em nada. Tudo parecia ter ficado preto e branco, como num filme de terror. Isso não poderia estar acontecendo. Não poderia. Eu não aguentaria vê-la sofrer de novo.

- Não, não pode ser. Você está mentindo, isso não é verdade. - digo, segurando as lagrimas que ameaçam a cair.

- Você sabe que eu não estou, Elena. E há apenas um modo de você salvar a vida da sua mãe.

Uma parte de mim sabia que era verdade, a outra dizia que não, que ele apenas está fazendo isso para me chantagear. Eu sei, sei que pode ser mentira, mas não posso arriscar. Os médicos foram bem claros, havia chances do tumor voltar, mas eram baixa. Mas ainda sim, isso poderia acontecer e isso foi um dos motivos para eu querer fazer medicina. Queria poder cuidar dela.

- O que você quer? - pergunto.

- Como meu irmão disse, eu não sou um estuprador. - ele passa os dedos pelo o meu pescoço, quase chegando perto dos meus peitos. - Mas tenho minhas necessidades. Eu vou te propôs um acordo. Você faz tudo o que eu quiser e em troca, eu pago o tratamento de sua mãe.

- Não. - digo.

- Não? - perguntou surpreso.

- Eu não vou transar com você. Eu posso muito bem arrumar um trabalho, nem que para isso eu me torne uma prostituta. Mas, eu nunca serei sua.

E era verdade. Eu não poderia deitar na mesma cama com ele, com alguém que sequestra e mata pessoas.

- Você prefere deitar na cama com alguém desconhecido por dinheiro, ao invés de mim? Do que você tem tanto medo?

- De você. - admiti. E honestamente, como eu não teria?

- Parece que temos um problema, mas não se preocupe, eu já tenho uma solução. Seja sincera com você mesmo, Elena. Você nunca vai sair daqui e sua mãe precisa de dinheiro. Só tem uma alternativa, é pegar ou... pegar. - diz com um certo tom de ironia.

- Por que você me quer tanto? Não pode simplesmente pegar alguma prostituta qualquer? Mas, tudo bem. - digo, me dando por vencida. Não havia outra opção. - Se é assim que você quer, vamos lá. Eu vou ser sua, mas saiba que nunca irei corresponder você.

- É isso que veremos... - suas mãos foram para minha cintura, me empurrando para a parede. Seus lábios capturam os meus, ele me beija, mas eu não correspondo. Não quero fazer isso, nunca quis.

Ele para de me beijar, abre os olhos e vejo ele me encarando.

- Isso não vai dar certo, acho que sua mãe vai ter que entrar na fila para o tratamento. Talvez isso leve meses ou anos.

- Não, por favor. Eu faço o que você pedir. - minha voz sai mais baixa do que o comum, tenho medo do que ele posso pedir.

- Beije-me.

Respiro fundo, olhando em seus olhos e depois para sua boca. Eu não preciso me aproximar mais dele, estamos com os corpos colados, apenas nossas bocas estão separadas. Ele percebe que não vou conseguir fazer isso e então se afasta um pouco de mim.

- Não. - eu rosno e o puxo de volta para mim. Eu começo a beijá-lo com firmeza, sua língua invadindo minha boca. Explorando e beijando. Seus lábios são quentes e macios. Uma parte de mim quer para, e a outra diz que tenho que continua. Eu paro de pensar por um momento e continuo-o beijando, é por uma boa causa.

Ele para de me beijar e me olha com um sorriso de lado

- Isso vai ser maravilhoso. - diz enquanto recupera o folego.

- Eu também acho. - falo, enquanto caminho para longe dele.

Eu preciso me recuperar disso tudo.

- Se arrume, eu quero você lá embaixo para jantar comigo. - avisa, antes de sair do quarto.

E a partir de agora, as coisas mudariam. Farei coisas que nunca pensei em fazer, coisas que não serão bonitas. Não vou desistir de lutar pelo o que eu quero e se isso significa dormir com ele, eu farei. É bom ele estar preparado para tudo isso, as coisas agora em diante serão mais perigosas. Afinal, toda ação, tem sua reação.

CI


Desejo ProibidoTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang