Capítulo 16 - Você me pertence

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Está ficando tarde para me livrar de você

Eu tomei um gole, do copo do demônio

Devagar, vai tomando conta de mim

Toxic — Yaël Naïm

POV: Elena

Não demorou muito para Caroline chegar com os remédios, Damon me fez tomar todos eles. O que ajudou bastante, minha garganta parou de doe e a febre abaixou. E minha manhã toda foi ficar sendo vigiada pelo o Damon. Ele não saiu do quarto e também não me tocou. Isso foi um pouco — muito — estranho. Ele não me beijou, e apenas me tocava para ver se a febre tinha abaixado. Nada mais que isso. Foi um pouco frustrante não saber o motivo.

Já estava anoitecendo e eu estava bem melhor.

— Você já pode sair do quarto. — falei, olhando para ele que estava deitado do outro lado da cama.

— Ou eu poderia dormir aqui. — ele se virou para mim e ficou me olhando com aquele sorriso de lado dele.

— Você ficou o dia todo comigo, poderia me deixar pelo o menos dormir sozinha.

— Hum.... Posso ficar te olhando dormir, vai que você piore.

— Parece que você quer que eu piore apenas para ficar no quarto comigo. — rebati. — Mas eu não vou conseguir dormir sabendo que tem alguém me vigiando, e eu já estou melhor.

— Você ganhou nessa. — ele diz se fazendo de desapontado. — Mas amanhã eu volto logo cedo.

— Ah não. — reclamei, revirando os olhos.

— Eu sei que você adora minha presença, pode admitir querida. — diz irônico.

— Nem em seus sonhos. Agora é a hora em que você vai embora e eu vou dormir. — ironizei.

— Boa noite, Elena. — ele se levanta e sai do quarto.

E agora só me restava dormir, amanhã seria um longo dia.

***

Eu acordei logo cedo, tomei um banho e vesti uma roupa confortável; apenas um short e uma blusa. Hoje era para ser um dia diferente, um dia em que era para estar feliz. Eu não estou infeliz, mas também não estou feliz. Queria passar esse dia com minha família. Hoje eu estava fazendo 18 anos. Para uma garota comum, isso seria um motivo para beber bastante e passar a noite em uma festa. Se bem que não tive boas experiências com bebidas alcoólicas. Mas para mim, bastava apenas estar com minha família. De qualquer jeito hoje seria apenas mais um dia. Eu resolvo ir até a porta, não sei o porquê, ela estaria fechada de qualquer jeito. Eu giro a maçaneta e fico surpresa quando a porta se abre. Já que estar aberta, eu resolvo sair.

Ando pelo o corredor em direção ao quarto da Caroline, mas no meio do caminho eu sou surpreendida por Damon que está vindo em minha direção.

— Elena. — diz ele.

— Eu não fiz nada, a porta que estava aberta. — falo em minha defesa.

Não quero ser culpada por algo que não fiz.

— Eu sei, eu a deixei aberta.

— Por que?

— Aí estar você. — eu ouço Caroline gritando, correndo em minha direção. — Vamos, eu quero te amostrar algo.

Ela me puxa pelos os corredores, me deixando sem uma resposta do Damon.

— O que você quer, Caroline? — perguntei, vendo que a gente estava indo para a cozinha.

— Surpresa! — ela grita quando chegamos na cozinha.

Há uma mesa decorada com balões colorido, um bolo no meio e alguns docinhos espalhados. Eu sorrio com aquilo tudo.

— Como você sabia? — perguntei sorrindo, olhando para aquela decoração. Parecia simples, mas para mim aquilo era algo maravilhoso. Era muito mais do que eu esperava. Na verdade, eu não esperava nada.

— Damon me falou. — ela respondeu sorrindo. — Eu fui na rua e comprei as coisas e passei a noite fazendo o bolo e os docinhos.

— Damon? — perguntei surpresa. Como ele sabia? E porque avisou a ela?

— Ele mesmo. — ela me puxou para se sentar na cadeira ao lado dela.

Cantamos o famoso parabéns para você, apenas nós duas. Eu sorria com tudo aquilo, me sentia amada. Caroline partiu o bolo e eu abri o refrigerante, começamos a comer e a falar sobre filmes. Tínhamos o mesmo gosto de quase tudo.

Eu acabei derramando guaraná em minha blusa por causa da Caroline. Que ficava falando que pegaria o Chris Evans e eu disse que não gostava dele. Ela me xingou e me bateu, dizendo que eu não era normal e que estava me achando porque tinha o Damon.

Sério isso?

— Isso tudo porque eu não gosto.... — reclamei, abrindo a porta do meu quarto. — O que você está fazendo aqui? — perguntei, quando vi Damon em pé no meu quarto.

— Eu estava te esperando. — ele sorri, caminhando em minha direção. — Vim entregar o seu presente. — ele abre uma caixinha de veludo preta. Tinha um colar de ouro com um pingente de coração dentro. Era simples e lindo.

— É lindo.

— Deixe-me colocar em você. — pediu.

Me virei de costas para ele e quando fui puxar meu cabelo para frente, suas mãos me pararam. Ele colocou com cuidado meu cabelo para o lado, seus dedos tocavam meu pescoço devagar, me fazendo se arrepiar aos seus toques. Ele colocou o colar e quando eu fui me virar para ele, ele me parou. Suas mãos desceram para minha cintura, ele encostou seus lábios no meu pescoço e o beijou. Eu fechei os olhos e inclinei minha cabeça para o lado. Eu odeio admitir, mas eu sentia falta dos seus beijos. Ele distribuía beijos por toda a extensão, algumas vezes mordia de leve. Meu coração estava a mil. Eu queria/precisava beija-lo. Queria o sentir novamente.

— Damon... — eu sussurrei o seu nome.

Ele me virou, como se soubesse o que eu queria e então me beijou. Eu o correspondi na mesma hora. Era isso o que eu queria, e é claro que eu quero mais. Mas estou desejando esse beijo desde de ontem. Suas mãos apertam minha cintura, fazendo nossos corpos se colarem. Seu hálito era uma mistura de menta e vinho. Sua língua acaricia a minha com avidez, explorando toda minha boca. Suas mãos vão para minha blusa, o mesmo arranca em apenas um puxão.

E então, eu pensei; Esse dia não foi como eu sonhava, mas muitas vezes a realidade é melhor que qualquer sonho.

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