Capítulo 9 - Controle sobre mim

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Capítulo pequeno, porque estou sem tempo.

Prometo que no próximo será maior.

***

Eu tentei. Tentei pensar em algo que me fizesse não odiar tanto o Damon, mas não há nada de bom nele. Nada. Caroline não quis me contar mais nada sobre ele, o que não ajudou muito, já que é difícil pensar em algo que certamente não existe. Não consigo imaginar um lado do Damon bom, talvez seja porquê não há um.

Ela tentou me convencer a se esquecer disso, disse que era apenas uma bobagem e que não seria bom eu me envolver com esse assunto. Mas, se é tão bobo assim, por que ela não poderia me dizer? Caroline não quis mais conversa e desceu para almoçar. Ela me chamou, mas neguei, disse que não estava com fome. Mas para falar a verdade, eu não queria ficar perto do Damon e muito menos falar com ele. Eu sei que alguma hora ele vai vim no meu quarto e vamos para nus na cama, mas eu estou ainda tentando me preparar psicologicamente para isso. É difícil saber que, agora, eu sou uma escrava sexual de um criminoso, um assassino.

Encosto minha cabeça na escrivaninha, olhando para baixo. Não há nada que posso fazer para mudar isso, simplesmente tenho que me conforma que vou ficar aqui até ele se enjoar de mim e me matar. Eu deslizo meus dedos pelo o piso linóleo do chão, aonde Caroline estava sentada há poucos minutos. Eu toco em algo. Eu respiro fundo, e deslizo os meus dedos pelo o objeto e percebo o que é. Eu me viro rapidamente para pegá-lo.

Um celular.

Cada parte do meu corpo parece vibrar com a sensação dele nas minhas mãos, ele pode ser a minha volta para casa. Eu o ligo e rezo mentalmente para que não tenha senha. A foto de Caroline sorrindo aparece na tela, eu deslizo meu dedo pela a tela e o celular desbloqueia. Um sorriso se forma em meus lábios.

Mamãe, estou voltando para casa. Penso.

Eu poderia ligar para a polícia, mas eu nunca decorei o número. Não era algo que eu pensava que um dia eu usaria, e também nunca fui boa em memorizar. Digito os números do telefone da minha mãe, eu espero alguns segundos e então a sua voz ecoa pelo o celular.

- Alô? - sua voz é baixa, frágil, como se a qualquer momento pudesse quebrar.

- Mãe... - eu falo apertando o celular em minha mão.

- Elena? É você? É você, filha? - ela pergunta, angustiada.

- Sou eu, mãe.

Eu não conseguia conter as lagrimas, mas não era lagrimas tristes. Era de felicidade. Eu estava ouvindo sua voz, ela estava viva. Viva.

- Onde você está filha? O que estão fazendo com você?

Ela me enchia de perguntas, não me deixava nem ao menos responder. Mas o tempo era curto, não poderíamos conversar sobre coisas inúteis.

- Mãe, eu... - eu paro de falar quando escuto a porta se abrindo. Eu olho para frente, e meu coração acelera, o ar parece ter sido roubado dos meus pulmões. Damon caminha lentamente até mim, apontando uma arma para minha cabeça. Ele não fala, mas move os lábios silenciosamente dizendo - quase soletrando - a palavra desligue.

- Elena? - minha mãe me chama do outro lado da linha, eu engulo um seco e respondo.

- Está tudo bem, mãe. Eu preciso desligar, eu te amo.

- Elena, espere....

Desligo, sem nem ao menos esperar ela terminar.

- Como conseguiu o celular? - perguntou furioso, tomando o celular da minha mão.

Eu não respondo.

- Vou perguntar mais uma vez. - ele olha bem em meus olhos, eu estremeço com seu olhar possessivo. - Quem te deu esse celular? - ele soletra cada palavra lentamente, sem quebrar o contanto visual nem por um segundo.

- Ninguém. - respondo desviando do seu olhar.

- Elena... - ele me reprende. - Quando será que vai aprender?

Eu fico em silencio.

- Não vai querer contar, isso será ruim para ambos.

Ele levanta-se e olha o celular na mão. A foto de Caroline. Ele vai saber que é dela. Eu me levanto rapidamente e caminho até ele. Tentando concertar essa situação em que meti Caroline e eu.

- Parece que vamos ter uma conversa com a loira. - ele diz guardando o celular no bolso e indo para a porta da frente.

- Damon... - ele se vira para olhar para mim. - Por favor não faça isso. Ela não tem nada a ver com isso, eu que peguei o celular dela escondido. Não mate ela, por favor.

- Por que você acha que tem algum controle sobre mim?

Ele me encara, arqueando uma de suas sobrancelhas.

Controle?

- Eu... eu não tenho. Apenas, por favor, não faça isso com ela. Ela não merece.

- É bom se lembrar das últimas horas que viveu com ela, pois foi a última vez.

E então ele sai, sem nem ao menos me deixar argumentar. Eu ouço a porta sendo fechada, e depois o barulho dos seus passos indo para longe.

Caroline está em perigo. Em perigo por minha causa. Eu fui muito estupida, deveria ter pelo o menos ter fechado a porta.

Eu preciso avisá-la. Mas como? Eu não posso sair do quarto, a porta está trancada. Eu bato na porta várias vezes, talvez alguém escute o barulho que estou fazendo. Ou Caroline consiga fugir a tempo, mas ele com certeza acharia. Ele é Damon Salvatore, ninguém pode fugir dele. Ninguém.


Desejo ProibidoTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang