Capítulo 17 - Lembranças do passado

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Mas por quê não conquistar o amor?

E eu posso ter pensado que éramos um

Elastic Heart — Sia

POV: Damon

Elena tem algumas mechas do seu cabelo espalhada sobre o meu peito, ela dorme tranquilamente. Há apenas um lençol branco cobrindo de sua cintura para baixo, ela está nua por debaixo dele. Depois de temos feito sexo loucamente, ela continua linda. Ainda mais sexy, se possível. Eu deslizo minha mão para suas costas e a acaricio de cima para baixo, ela se remexe em meus braços e resmunga, mas não acorda. Eu sorrio, sem nem ao menos saber o motivo. O que essa garota está fazendo comigo? Eu não deveria me envolver, mas não consigo evitar. É errado, perigoso e insano, mas não consigo mais me afastar.

Ela não é a Katherine. Lembro das palavras do meu irmão. E ele estava certo, Elena não é a Katherine. Ela não tem nada daquela vadia, ela é pura, doce e simples. Não uma vadia, sem coração e egoísta. A única coisa que Elena tem da Katherine é a aparência, nada mais que isso. Ela não é uma cópia fiel da Katherine, elas apenas se parecem um pouco. Confesso que no começo eu olhava para Elena e via Katherine, e isso me deixava com muita raiva. Eu não poderia culpar Elena de algo que ela não fez, não poderia odiar por se parecer com a Katherine.

Não poderia amá-la.

Talvez fosse diferente se a Katherine não tivesse acontecido, mas também nunca teria a Elena em minha vida. Ela poderia ter uma vida normal, um namorado normal, sua vida iria ser perfeita. Mas eu sou egoísta e é por ser egoísta que eu não a deixaria sair da minha vida. Não a deixaria ser livre de mim. Ela estar presa a mim, querendo ou não ela é minha.

Eu levanto da cama devagar para não acorda-la, visto minhas roupas e saio do quarto. Tenho muitas coisas para resolver hoje e uma delas envolve a Katherine. Entro no meu escritório e ligo para Toby, um detetive que contratei para achá-la. Viva ou morta, eu quero Katherine em minhas mãos. Aquela vadia vai pagar pelo o que fez.

Pego o celular e disco para ele.

— Damon, o que devo a honra? — disse Toby ironicamente.

— Quero notícias sobre a Katherine.

Vou direto ao assunto, não gosto de ficar enrolado.

— Não tenho nenhuma notícia nova sobre ela.

— Eu estou pagando muito caro, Toby. Se não é capaz de fazer o serviço, me diga. Contratarei um novo detetive. — alertei. Não sou bonzinho quando as coisas não são do meu jeito.

— A última vez que a viram foi em Chicago, mas isso faz alguns meses. Ela recebeu uma encomenda da CIA e pegou um voo para Austrália, não sei mais nada além disso.

— O que ela foi fazer na Austrália? — perguntei já irritado. Katherine sempre conseguia fugir, mas eu vou encontrá-la. E quando isso acontecer não será nenhum pouco bom para ela.

— Eu ainda não sei, estava procurando saber o motivo quando você me ligou. — explicou-se.

— Ligarei novamente e quero notícias melhores que essa. — desliguei sem esperar por sua resposta.

Caralho, o que ela foi fazer na Austrália? Ela está aprontando alguma, só pode ser isso. Conheço a Katherine, ela está planejando algo grande.

— Que droga! — bato com força na mesa.

Lembranças do passado surgem a minha mente e me odeio por isso. Eu deveria apenas esquecer, mas essa droga toda ainda mexe comigo.

— Estou tão feliz. Eu te amo tanto, Damon. — ela sorria me abraçando forte.

— Eu mais ainda, Katherine. Eu amo tanto vocês dois. — eu a beijei na testa e deixei minhas mãos pousarem em sua barriga. — Ainda não acredito. — confesso, olhando para sua barriga que não tinha nenhum volume ainda.

— Eu também. Ainda não acredito que seremos pais. Vamos ter um bebê, isso parece tão surreal. — ela toca sua mão na minha.

— Eu estou tão feliz. É como se Deus me desce uma nova chance de começar tudo de novo. Agora que vamos ser uma família, vamos precisar se mudar para uma casa nova. Eu quero ter muitos filhos com você, Katherine. — eu controlava as lagrimas que insistiam em cair. Eu ainda não acreditava que tudo isso era real. Eu ia formar uma família, casar com a mulher que amo e que está esperando um filho meu.

— Vamos ser muito felizes, Damon. — ela limpava minhas lagrimas com seus dedos delicados, eu sorria feito bobo.

— Eu prometo que vou ser um ótimo marido e pai, Katherine. Prometo que nada vai faltar para vocês. — eu a abracei forte.

Eu iria cumprir com minha promessa, iria dá o meu melhor para eles.

— Eu sei que vai, Damon. — ela sussurrou no meu ouvido baixinho.

Preciso pensar em alguma coisa que não seja sobre essa vadia. Estou com raiva, preciso extravasar de alguma maneira. Pego minha arma que está na gaveta esquerda da mesa e a destravo. Aponto para a parede e quando vou apertar o gatilho a porta se abre.

— Elena? — olho para ela que está assustada parada na porta.

— E-eu... — ela gagueja quando ver que estou com a arma, ela segura a maçaneta com força.

Guardo a arma e vou até ela.

— Aconteceu alguma coisa? Você está branca.

— Você... a arma... O que estava fazendo? — ela pergunta nervosa.

Sorrio e a puxo para dentro do escritório e fecho a porta atrás dela.

— Nada, querida. Eu iria fazer algo, mas apareceu algo bem melhor para mim.

— O que? — perguntou confusa.

— Você. Apareceu você. — sorrio encostando ela na mesa.

Ela se assusta quando percebe que está deitada sobre a minha mesa, afasto suas pernas uma da outra e me posiciono no meio delas. Já estou excitado apenas em vê-la assim. Eu beijo seu pescoço enquanto minhas mãos apertam suas belas coxas. Ela geme baixinho, fazendo me enlouquecer por completo. Por que ela tem que ser tão gostosa?

Ela tenta se levantar da mesa, mas a paro.

— Eu não... — ela tenta se explica, mas acaba se perdendo toda.

— Oh, querida, relaxe. — eu sussurro em seu ouvido, e percebo que ela está tensa por debaixo de mim. — Quantas vezes imaginei você aqui deitada na minha mesa.

Ela geme baixo e morde o lábio inferior.

Não faça isso querida, você está me provocando ainda mais.



Desejo ProibidoWhere stories live. Discover now