21 - A festa

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Rafa - Como você está? Como foi revê-lo?

E - Estou bem! Eu acho.

Ra - Você sabia que ele viria?

E - Não! Na verdade, não sabia nem que o Robert viria.

Ra - Quando ele chegou?

E - Hoje!

Ra - E o seu dia foi tranquilo?

E - Sim! Fui para a praia com a Thê e as meninas e só voltei a pouco.

Ra - Podia ter me chamado! Eu não quero me meter na sua vida, mas sei que ele foi importante para você e me preocupo. Você sabe o que eu sinto por você e pode imaginar como estou me sentido agora que ele quer te reconquistar.

E - Me reconquistar? Da onde você tirou isso? Nós nem sequer nos olhamos desde que ele chegou, ele não quis nem ouvir a verdade sobre as mensagens.

Ra - Ele ainda acha que nós...? Interessante!

Ele fica em silêncio até chegarmos a festa, lá tudo segue bem animado. Converso com as meninas, revesso entre refrigerante e suco e o Rafa me acompanha, além da comida é claro.

A meia noite as luzes apagam e cantamos parabéns, depois o pessoal puxa a Thê para a pista de dança, o jogo de luzes e a fumaça voltam a funcionar. Rafael me puxa para dançar, eu tento recusar, mas quando eu vejo já estou com ele no centro da pista.

Thê se aproxima de nós e o Leandro também, dançamos bastante, de repente o Dj troca de música e coloca uma que me paralisa, Corazón partio de Alejandro Sanz, me viro para ir sentar, mas Rafael me segura pelo braço.

Ra - Dança comigo?

E - Essa música?

Ra - Sim, é um pop. Latino, mas é pop.

E - Não sei dançar!

Ra - Eu te guio.

Não tenho mais argumentos e aceito o convite. Quanta ironia, uma música que descreve toda a minha história com David, dançada com Rafael.

Não consigo evitar pensar nele, no momento em que começa o refrão Rafa sorri.

Ra - Eu posso curar seu coração, se você deixar!

Congelo com o comentário dele, ele me puxa mais para perto e continua me guiando.

Realmente eu devia pensar nessa possibilidade, quando eu olho para o lado vejo a Thê e o Leandro se beijando. Quase pulo de felicidade e o Rafa vira para ver o que é.

Ele me leva um pouco mais para longe, com certeza quer deixá-los à vontade.

Ra - Você quer ir embora? (Ele me pergunta assim que a música acaba).

E - Que horas são?

Ra - São 3:30a.m

E - Já!?! Tenho que ir cedo para a igreja amanhã.

Ra - Certo, vamos!

O caminho de volta é bem silencioso, até a nossa aproximação do prédio. Rafa respira fundo.

Ra - Lana...

E - Eu sei, mas quer que eu seja sincera?

A feição dele muda, fica séria.

Ra - Claro que sim.

Descemos do carro, cumprimentamos os seguranças do Robert e chamamos o elevador. Assim que entramos eu falo.

E - Não quero ficar com você para tentar esquecer o David. E nós dois já percebemos que ele ainda mexe comigo, sei que sou uma idiota por isso, mas quero fazer a coisa certa.

O elevador abre, mas Rafa me segura impedindo que eu vá até a porta do apartamento.

Ra - Lana, você precisa só de uma ajuda para esquece-lo e ele já está ajudando também!

E - Sim, eu sei, mas...

Ra - Eu não estou me importando com essa ideia de você me usar, sei que se você ficar comigo não será só porque quer esquecer, você não é assim.

Ele está quase sussurrando e se próxima cada vez mais de mim, até que chegou ao ponto de eu encostar na coluna aonde fica o botão para chamar o elevador. Ele sorrir.

Ra - Eu gosto de você de verdade e só estou te pendido uma chance...

Ele levanta o meu queixo e sua outra mão está apoiada na parede ao lado da minha cabeça.

Me coração está disparado e eu começo a respirar pesado, não estou mais pensando em me livrar, pelo contrário ele está muito perto e eu sei que estou pronta para retribuir.

Ele me olha nos olhos, parece pedi permissão, mas a porta do apartamento se abre na hora em que ele se inclinou para me beijar.

A vida com o príncipeKde žijí příběhy. Začni objevovat