46 - Acordando de um pesadelo

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Lana narrando!

Eu acordo em um lugar estranho, tudo muito branco e vejo David me olhando, parece que ele não espera que eu acordasse.

E – O que houve? Onde estou?

M – Lana? Amor! - Ela está chorando.

D – Você não lembra de nada?

Começo a pensar e toda aquela cena de horror passa na minha cabeça.

E – Só consigo me lembrar de você me olhando, depois de, bem vocês sabem!

- Srta Elana, você está num hospital! Gostaria de saber como a srta está se sentindo?

Fala um homem todo de branco que deve ser o médico.

E – Não sinto nada!

Médico – Como assim, nada?

E – Eu não estou com dor!

Méd – A srta consegue mover os pés?

Tento mexer e não sinto dor, para mim está normal!

Méd – A srta me ouviu?

E – Sim e já mexi, não deu para ver?

Todos se entreolham.

E – Algum problema?

Méd – A srta consegue mexer as mãos? Por favor, afaste o lençol.

Tento fazer o que ele pediu, mas percebo que o lençol não se moveu. Aí meu Deus! Acabei de me lembrar do tiro, eu não senti mais nada depois dele. Começo a entrar em desespero.

E – O que está acontecendo? Me falem! Foi o tiro que a Paula me deu, não foi? DIGAM!!!

D – Calma amor, respira!

Ele fala secando os meus olhos.

D – Você já passou pelo pior e venceu, isso é temporário!

Respiro fundo, como é bom olhar nos seus olhos. Pensei que nunca mais os veria.

E – O que houve com a minha coluna?

Pergunto mais calma agora.

Méd – A bala a atingiu em cheio! Conseguimos restaura-la, a cirurgia contou com os melhores profissionais do mundo na área, mas não sabemos como será daqui para frente, cada pessoa tem uma reação diferente.

E – Qual é o meu quadro clínico nesse momento?

Eles ficam em silêncio.

E – Alguém me responde, por favor!

D – Amor, ontem pela manhã os médico diziam que você tinha quase 0% de chance de sobreviver. Você estava na dependência de aparelhos até para respirar e com a imunidade muito baixa e agora nós dois estamos aqui conversando. Eles dizem que você vai ficar tetraplégica...

E – O quê? - Começo a chorar - Não quero viver na dependência dos outro para tudo, isso não é justo! Eu prefiro morrer...

D – EU TE PROIBO DE REPETIR ISSO!

Olho para ele assustada, nunca o vi assim! Ele está muito diferente.

D – Já te falei que é provisório e vamos vencer isso juntos, entendeu! Você não passou por tudo o que passou para desistir agora!

Méd – Srta, a sua coluna ainda está muito inchada, precisamos de pelo menos quinze dias com os remédios para termos uma definição melhor.

Respiro fundo novamente.

A vida com o príncipeWhere stories live. Discover now