42 - David

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David narrando!

Eu estava no meu quarto quando senti um forte aperto no peito, algo que não é físico e eu sabia que tinha a ver com a Lana, peguei o meu celular e enviei uma mensagem para ela.

"Lana senti um aperto forte no meu peito, você está bem?"

Ela respondeu bem rápido:

"Sim, vim a dois ou três quarteirões perto da faculdade pegar um trabalho com um professor".

Isso caiu como uma bomba, algo vai acontecer com ela! Não me peçam para explicar, nunca senti isso antes, coloquei uma blusa, uma calça e meus sapatos e sai correndo. É como se alguém gritasse dentro de mim, vai socorre-la agora!

Vou correndo para sala e Jhef tenta me parar.

S – Alteza, qual o problema?

E – A Lana está correndo perigo!

P – Quem disse isso filho?

E – Meu coração está apertado demais dentro do peito, eu nunca senti isso e perguntei a ela por mensagem se ela está bem.

J – O que ela disse?

E – Que sim, mas está a umas três quadras da faculdade porque um professor a chamou lá.

Eles correm pela porta, eu os sigo e meu pai também, Scott e Jhef gritam nos rádios transmissores.

Parece que ninguém a viu sair, estou sufocando, mal consigo respirar.

S – Não é prudente que os senhores venham também!

Eu e meu pai ignoramos e entramos no carro correndo, nunca que eu ficaria em casa sabendo que ela está correndo risco.

Vejo Jhef procura-la pelo rastreador e gritar imediatamente no rádio com os demais seguranças.

J – A duas quadras da faculdades - Ele dá o endereço, mas eu não presto atenção, até escutar - o rastreador do Rafael está com ela.

E – O QUÊ?

Nosso carro acelera, não moramos muito longe e eu vou olhando todas as calçadas, mas de repente o carro para, com outros vários nas duas pontas da rua e eu vejo a pior cena da minha vida.

Lana está caída no chão ensopada em sague, entro em desespero, a mulher da minha vida ali e eu não posso fazer nada.

Meu pai me segura para eu não sair do carro, só então eu vejo o Rafael e a Paula armados, ele está mirando a cabeça da Lana e ela está imóvel.

Do outro lado da rua, o capitão da PF sai do carro e atira imediatamente e o Rafael cai no chão, a Paula entra em desespero e se prepara para atirar na Lana, mas ele também a derruba.

Tem várias pessoas em volta, mas são todos rendidos e eu consigo fugir do meu pai e corro para o meu amor, sinto os pedaços do meu coração caído a cada passo que dou para perto dela, tem muito sangue em volta e ela está imóvel, porém seus olhos parecem estar me vendo. Talvez eu já enlouqueci, a dor que estou sentido é sobre-humana, mas parece que é o olhar que ela sempre me deu quando eu estava perto e ela se sentia segura.

E – Por favor, Lana, não me deixe!

Ela não parece estar me ouvindo, tem muito sangue, não sei quantos tiros ela levou, me ajoelho em frente a ela, sinto seu sangue quente molhar a minha calça, ela suspira e fecha os olhos.

E – NÃOOOOOOOO, LANA!!!!!!!!!!

As lágrimas já estavam nos meus olhos a muito tempo, mas agora correm sem freio, estou desesperado, isso não pode estar acontecendo. Por favor alguém me acorde.

Sinto alguém tentar me levantar, mas nada mais importa, eu acabo de morrer junto com ela, no meu desespero percebo a arma do Rafael ainda na mão dele ao meu lado me inclino para pega-la.

Sim vou me matar, nada mais importa!

Só impedido por alguém que já estava me segurando, agora sei que o meu pai, chorando junto comigo, como um bebê.

Alguém se abaixa e me puxa com força para longe da arma e longe dela, começo a gritar e vejo Scott ir até o corpo dela, vejo as lágrimas escorrendo no seu rosto, até o homem mais durão do mundo não conseguiu conter as lágrimas, ele a pega no colo e entra num carro que arranca sem me esperar.

Jhef e meu pai me arrasta para outro, eu não escuto mais nada, vejo o movimento em minha volta, mas estou em um mundo paralelo. Seguimos o carro do Scott e paramos num hospital particular que tem próximo, vejo Scott sair do carro com ela nos braços e saio correndo atrás deles, ninguém conseguem me segurar.

Não vou me afastar do corpo dela, vou ser enterrado junto com ela, porque morri junto com ela.

Todos começam a correr e a colocam em uma maca, Scott se vira e me segura. A recepção está lotada e eu escuto ele gritar ao me sacudir.

S – Ela ainda está respirando!

Antes que eu possa associar as palavras escuto um grito que vem da porta que a levaram.

- Parada cardíaca.

Vários médicos entram correndo e eu desabo no chão de joelhos novamente.

P – Filho tenha fé!

E – Pai acabou, sem Lana não tem vida pra mim! Do que me serve tudo o que eu tenho se nada pode trazê-la de volta? Eu daria o meu reino para tê-la comigo, do que me adianta ser príncipe e ver a mulher da minha vida morrer sem poder fazer nada?

Sou cercado por enfermeiros e Jhef e Scott tentam me controlar.

E – ME DEIXEM EM PAZ! VOCÊS QUEREM ME AJUDAR? ME MATA E ENTERRA JUNTO COM ELA. Porque eu já morri junto com ela.

Meu pai e Jhef me abraçam com muita força mais eu me debato, fui treinado para me defender e saberia me soltar facilmente, mas nada mais importa, Scott junta os meus braços ao meu corpo e um médico me dá uma injeção.

Espero que isso possa me levar para perto dela.

P – Filho se acalme, por favor!

Meu pai está aos prantos.

E – Não consigo suportar, primeiro a minha mãe, agora a Lana! Não sou forte como o sr, não consigo viver sem ela.

Meu corpo amolece, eu fico tonto e Scott me segura.

Depois tudo fica escuro!


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A vida com o príncipeOnde histórias criam vida. Descubra agora