P. O. V. Elena
Eu nunca acreditei em nada de mitologia, até por que fui criada em uma família religiosa, mas sempre gostei dos mitos e os filmes que fazem. Nunca pensei que aquilo tudo, todos aqueles deuses, fariam parte da minha vida e pior, que eu sou filha de um deles.
Oi, meu nome é Elena Bonnatti, tenho quatorze anos e essa é a minha vida virando de cabeça pra baixo!
Tudo começou uma semana antes das férias.
Eu já estava pegando minha mochila quando Henry tocou a campainha.
— Elena, veja que está na porta. Deve ser o carteiro. — minha mãe avisa da cozinha.
— Carteiro nada, é o sem vergonha do Henry. — falo, abrindo a porta.
Na varanda de entrada estava o sonho de qualquer garota, Henry é alto, possui cabelos pretos e olhos azuis e um físico atraente. É muito inteligente, apesar de matemática ser uma negação, muito bem humorado com um toque romântico. Mas isso ele usa com as outras garotas, comigo não, nossa amizade é em preto e branco mesmo, com leves tons de rosa e azul. Fomos criados juntos, como irmãos, nada mais, nada menos. Em 12 anos de amizade sabemos muito bem que não fazemos o tipo um do outro.
— Sim, vai ficar me encarando ou vai me convidar pra comer os waffles da tia Megan? — pergunta naturalmente.
— Fico com a opção de te deixar aí esperando enquanto tomo meu café da manhã, McKennan. — respondo, fuzilando—o com os olhos.
— Entra logo, Henry! — meu padrasto o convidou.
— Caramba, Robb! Assim eu perco minha moral! — briguei com ele, que riu.
— Venham logo! Tá esfriando e vocês vão chegar atrasados. — dona Megan colocou os waffles na mesa.
— Cara, você não tem comida em casa? Mania de comer aqui! — cutuquei Henry com o garfo.
— Tem, mas minha madrasta cozinha como uma criança de seis anos. E o meu pai gosta da comida dela! Coitado. — ele riu.
— Nossa! O amor é cego e não tem paladar. — revirei os olhos.
— Não sei disso não! — Robb pôs uma fatia na boca.
Comecei a comer, pois a fumacinha estava diminuindo e eu gosto do meu waffle quentinho.
Comi e tirei meu prato e o copo de suco da mesa, larguei na pia e fui ao banheiro escovar os dentes, olhando no espelho lembrei a frase que aminha mãe gostava de dizer "se seu pai fosse uma garota, seria exatamente assim!".
— Vamos, Elena, a Sra. Howard vai me matar! — Henry reclama na sala.
Hoje é a última prova do calendário. Depois, só vou pra aula se ficar para recuperação.
— Tô indo!
Desci as escadas pelo corrimão com os braços pra cima, igual um filme que vi ontem.
— Discrição te define! — meu padrasto riu.
— Ei! Fica na tua! Naquele dia do shopping... — ameacei.
— Cala a boca, projeto de gente.
— Vão logo! — mamãe quase nos expulsa de casa.
Saímos de casa e fomos pra garagem, onde um BMW preto estava estacionado.
Entrei no banco da frente como sempre e liguei o rádio, coloquei meu pen drive e começou a tocar Fall out boy.
— Acho bom você parar com essa história de querer contar pra sua mãe sobre loja de brinquedos. A gente fez isso junto! Nem vem. — Robb implicou.
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Livro I - Filha Do Mar
FanfictionO fato de ser uma semideusa pode ser interpretado como algo fantástico, irado! Mas pra quem não vive aquilo, para algum meio-sangue entre tantos, isso pode dificultar a vida toda, talvez até ser uma sentença de morte. Uma mistura de comédia, um po...