Emoções são uma droga!

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P. O. V. Elena

Nunca dormi tão bem desde meus onze anos. O cheiro de brisa marinha do chalé era delicioso. Me espreguicei um pouco e preparada para voltar a dormir, ganho um solavanco de Percy. Ele é um irmão legal, eu acho.

— Hey, baixinha. Vamos perder o café! E a senhorita vai começar a treinar combate hoje. — ele fez cosquinha na minha barriga. Droga!

— Preciso mesmo? Dia zero hoje, nunca te pedi nada. — tentei a carinha de retardo, não deu.

O idiota me puxou do beliche, e eu estava no de cima! Queda...

— E é assim que se acorda bem disposta. — me levantei lentamente e fui ao banheiro.

— Sempre à disposição, milady! — ele brincou, calçando o tênis.

Higiene feita, dei uma ajeitada na cara e no cabelo. Ainda grogue, segui Percy até o pavilhão do refeitório. Já tinha bastante gente lá, menos quem eu queria ver. Nada do Henry. Ele não está morto, não teria coragem de fazer isso comigo. Eram seis e meia e esse lugar estava cheio, Senhor!

Sentei-me à mesa, de frente para Percy e pra mesa 4, de Deméter. Quíron deu os avisos do dia e sobre as atividades diárias. Comi waffles com suco de morango, mas não era igual aos waffles da minha mãe. Joguei metade na fogueira pra qualquer deus que gostasse de waffles comidos, sem direcionar a maravilhosa refeição a nenhum deles especificamente.

Segui Percy novamente, agora pra arena. Ele daria aulas de esgrima pros novatos e vejam só, eu tinha que ir também!

Ele mostrou uma bancada cheia de espadas e nos disse para escolher a que melhor se encaixava na nossa mão e que fosse de melhor manuseio. Não achei nenhuma! Olha a sorte...

— Não tem nada que tenha balas? Tipo uma desert eagle ou um revólver qualquer?

— Não usamos muito. A preferência é o modo clássico.

— Mas nenhuma serve!

— Bem, nesse caso você tenta com uma dessas mesmo, até achar uma que sirva. — ele riu. Peguei uma que tinha a empunhadura de couro e brilhava de bronze celestial. Muito leve pro meu gosto, mas ok. — Agora, tentem segui meus movimentos, só o básico.

Depois de uma hora de aulas, minha espada havia voado oito vezes e quase decapitado dois garotos. Tadinhos.

— Ok, talvez uma adaga sirva, Annabeth usa. Mas tem que ter um bom preparo para usá-las, porque são armas de curto alcance e é mais fácil ser derrotado. Mas um bom guerreiro aprende a lutar com adagas. — ele pôs a mão em meu ombro. Sorri de volta.

— Acho que isso não é pra mim. Posso tentar arco e flecha. Devo ser boa em algo sem ser de isca.

Ele me levou até o treino de arco e flecha. Havia muita gente igual ou muito parecida.

— Os arqueiros são, em maioria, filhos ou abençoados de Apolo. Se você estiver estranhando a galera aqui. — Will, o "amigo" de Nico puxou conversa.

— Ah! Eu queria tentar, se não conseguir usar um arco eu desisto e vou para a enfermaria.

— Você pode ir lá se quiser e mesmo se dando bem com o arco. Estamos precisando de ajuda mesmo. — ele deu um sorriso. Ele é um garoto realmente lindo, loiro de olhos azuis e pele bronzeada, um sorriso que pelo-amor-de-qualquer-divindade-existente, o clássico crush das americanas, mas meu estilo era outro: héteros.

— Mais uma aluna para minhas aulas de tiro. Prazer, fofa, sou Lysa. — a garota me cumprimentou, ela parecia com Will, mas com voluptuosos seios. Eu, particularmente, acho que os filhos de Apolo devem ser mais bonitos que os de Afrodite.

Livro I - Filha Do MarWhere stories live. Discover now