Corrida de bigas (Parte I)

752 58 0
                                    

Provas, recuperações e trabalhos. Me perdoem, bolinhos... prometo avisar antes.
P. O. V. Elena

Dormi tão bem naquela noite que ainda duvidava se estava acordada. Esse chalé tem um efeito bom em mim, nas noites que passei aqui, eu simplesmente desmaiava e sonhava com algo surreal, não como as "premonições" que eu tinha fora dali.

Acordei com Leo Valdez me chamando(!?) para ir ao Bunker 9. Desde a noite da rodinha, ele tentava se aproximar de mim, tentar conversar, assim como Calipso.

- Hey, pequena! Tenho umas produções que acho que vai te interessar. Não é você que procura armas que sirvam mas não acha? Dessa vez, o Grande e Poderoso Leo pode te ajudar.

- Sempre muito humilde. Bom dia pra ti também, Valdez. Vou já lá. Me espera no pavilhão. Tenho que tomar café, coisa apressada.

- Okay. E eu sou a humildade em pessoa. Vou estar na mesa de Hades, com Hazel e seu namoradinho.

Dei um tapa no seu pescoço e me levantei. Ele saiu do chalé e fui pro banheiro, escovar os dentes e lavar a cara.

Resolvi colocar a camiseta laranja berrante do acampamento, um agradinho pro meu irmão. Vesti um short jeans escuro e pus uma sapatilha preta, já que não pretendia praticar esportes nem tem um maldito pé-de-atleta.

Caminhei com uma imensa preguiça até o pavilhão, passei pela incrível paisagem dos filhos de Apolo jogando basquete na quadra de areia.

Apolo, obrigada por iluminar meu dia! E meus parabéns...

Depois de admirar a vista, apressei o passo ao ver que já eram quase oito horas, eu deveria ter acordado mais cedo para arrumar o chalé. Cheguei ao pavilhão correndo, sentei apressada e vi meu prato sumonar uns croissants de queijo e o copo encheu de suco de morango. Percy me olhava admirado com o fato de eu estar muito apressada, perguntou o que eu estava querendo fazer pra ter tanta pressa.

- Armas, vou com Leo montar algumas armas. - dei uma golada de suco.

- Hum. Prevejo maluquices, só tome cuidado pra não se ferir, se bem que como demonstra nos treinos uma boa habilidade... a não ser fazer espadas voarem.

- Valeu, Percy. A criatura linda chega às nove, esteja lá para receber nosso salvador de bigas.

- Claro, de lá vamos para oficina de artes e ofícios, que na verdade está mais para uma oficina mecânica.

- Tudo bem. Estou indo, quero me divertir um pouco com brinquedos novos. Brinquedos de bronze.

Levantei-me da mesa depositei dois pãezinhos croissant pra Apolo e para Hefesto na fornalha. Leo estava com Hazel na mesa 13 e Nico assassinava panquecas com o garfo, revirando os olhos sempre que Leo fazia uma piadinha tosca.

- Vamos, Valdez. Quero meus brinquedos novos. - puxei um cachinho de seu cabelo, tão macio, parece algodão...

- Calma, aprendiz de serial killer. Acho que o di Ângelo gostaria de ouvir mais do meu número de stand-up. Não é, Nicole?

- Sai daqui, Leo. Antes que eu te mate de verdade. - Nico se levantou, com os braços rígidos na mesa, com o rosto furioso. Leo fez merda.

- Ui! Bravinho! - Leo deu um pulo da mesa, indo para trás de mim em proteção. - Ok, Elena, vamos logo. Acho que eu também vou ter que andar armado agora... - disse enquanto caminhava para fora do refeitório.

Andamos até a floresta, durante uns cinco minutos, em silêncio, mas parece que isso afeta a moral do Valdez, porque ele fica querendo puxar assunto. Ao chegar bem perto da borda florestal, Calypso nos alcançou, um cheirinho maravilhoso de canela encheu meus pulmões quando ela me abraçou, não entendi o porquê do abraço mas gostei.

Livro I - Filha Do MarDove le storie prendono vita. Scoprilo ora