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15 - Dias silenciosos & Conselhos válidos

Louis

Dois dias se transformaram em uma semana, uma semana se transformou em duas e duas semanas se transformaram em três. O médico sempre dizia a mesma coisa: "Ele está reagindo bem aos medicamentos, logo deve acordar." Mas, ele não acordava.

Cheguei a mansão dos Styles para buscar algumas coisas de Harry e, assim que entrei caminhei direto para o quarto dele, e comecei a juntar seus livros preferidos e roupas para quando acordasse.

— Derek, eu preciso ir! Prometi a minha mãe que-

— Não importa, eu vim aqui lhe chamar para sair e você vai simplesmente não ir, Gemma? Você passou todos os dias naquela merda de hospital, já não ficamos juntos à duas semanas...

— O Harry precisa de mim. — ouvi ela declarar e peguei no livro em braille que eu havia comprado para o Harry e que estava no chão.

O peguei para guardá-lo, mas algo caiu de dentro. Um envelope vermelho com apenas o meu nome nele. Me sentei na cama e abri o mesmo, deixando o livro ao meu lado.

"Bom, eu realmente espero que você tenha encontrado isso, Louis. Acredita que aquele negócio no computador que você instalou para mim realmente me ajudou? Fiquei parecendo um louco falando sozinho no quarto! Foi um pouco constrangedor, mas vamos lá.

Primeiro eu gostaria de pedir, caso eu sobreviva, que não queira me matar por isso, por favor. Sabe, você me mostrou algumas coisas, um lado da vida que eu possa ter, mas eu também consegui perceber outras coisas.

Minha mãe... Sabe, ela ficou tão frustrada por não saber lidar com tudo que aconteceu que me renegou, mas não só a mim. Elas só conversa com a Gemma sobre mim e apenas não liga para mais nada.

Gemma apanha do Derek, eu percebi isso uma vez, quando ouvi uma discussão deles. Minha irmã sofrendo e eu não podendo ajudá-la, isso acabou comigo...

Minha mãe, ela chora todas as noites perto da lareira, eu também já ouvi isso. Ela se martiriza, e eu sinto muito por isso.

Meu pai, ele é desligado, ele prefere assim, prefere não sentir. Ele dormiu com todas as minhas cuidadoras, menos com você, é claro. Minha mãe sabe disso, ela vive naquela de 'Ruim com ele, pior sem ele.' Ela era diferente, era uma mulher incrível, forte, determinada, quem sabe um dia ela se encontre novamente.

E você... Bom, Louis Tomlinson, você é um anjo. E caso eu não volte, quero que saiba de algumas coisas:

1º - Seu beijo é incrível. Espero um dia senti-lo novamente. Não sei, quem sabe...

2º - Você realmente deve parar de assistir desenhos animados tristes, dei uma pesquisada e você deve ficar longe de Spirit, A Dama e o Vagabundo, e mesmo que não seja um desenho, fique longe de A culpa é das estrelas. Ele morre no final e você é um chorão.

3º - Assista todas as sequências de Nárnia, elas parecem boas.

4º - E por último, mas não menos importante... Eu amo você.

Ass: H.S"

Me deitei de costas na cama e olhei para o teto, sentindo as lágrimas escapando pelos cantos dos meus olhos e manchando minhas bochechas.

— Você vai voltar. E eu estarei aqui. — afirmei abraçado a carta. — Você vai voltar.

Anne

O médico havia saído a pouco depois de dizer as mesmas palavras. Subi para a cama deitando-me ao lado de Harry e apoiei minha cabeça em seu peito, ouvindo as batidas do seu coração.

Ultimamente estava tudo uma droga, Desmond estava realmente quase saindo de casa para ficar com a secretária e eu não tinha nem forças para contraliá-lo, vivia dizendo que eu estava cada vez mais velha e irritante e eu apenas aceitava suas palavras. Ele sabia como me machucar, me deixar impotente, e Harry sempre odiava isso, cansava de vê-lo bater boca com o pai, e em um dia quase se batem na mesa do jantar.

Meu menino sempre foi maravilhoso. Protetor.

— Oh, meu querido. Por favor, volte. Eu estou caindo e realmente não sei onde me segurar. — sussurrei e senti uma mão descendo e subindo em minhas costas.

Olhei para cima automaticamente, encontrando um sorriso preguiçoso nos lábios de Harry e seus olhos se abriram lentamente.

— Você pode se segurar em mim.