41 - Dias tranquilos & Maridos histéricos

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Louis

Harry colocava o vaso no terceiro lugar que pedi e se virou para mim bufando.

— Está bom aqui? — questionou ofegante e cansado.

— Só estamos casados há três meses e já está cansado de mim? — zombei.

— Amor, você está muito irritante, sabe disso.

— Ei! — exclamei.

— Tudo bem... Você está ótimo, acha que o vaso ficou bom aqui?

— Na verdade, acho que o quero onde estava antes...

— Louis! — Harry gritou incrédulo e gargalhei.

— Estou brincando, seu bobo! Senta aqui comigo, vem. — sorri e apontei para o espaço ao meu lado.

— Eu amo você, mas seu humor tem sido um verdadeiro exercício de paciência.

— E você tem passado nos exercícios muito bem. Parabéns, amor.

— Tripudia mesmo. — reclamou e sorri acariciando seus cabelos.

— Você é muito... Nossa. — divaguei observando a poça que se fazia no sofá.

— Oh, Deus! Isso é... Ai, meu Deus, vai nascer! — Harry berrou levantando-se em um pulo do sofá.

— Harry, só tem você e eu em casa! É você quem deve pegar a bolsa e a chave do carro, droga!

— Ah, é, sou eu. — ele parou com por um segundo com as mãos segurando a cabeça e me encarou com determinação. — Respira e inspira, vamos fazer isso juntos.

— Se você não for pegar a porcaria da bolsa e a chave, vai ver o que eu faço com você. — ameacei e Harry arregalou os olhos correndo logo depois, acabando por derrubar o meu precioso vaso.

Encarei os cacos no chão com um bico.

— Eu odeio você, seu idiota!

Harry

Louis estava me olhando com aquela cara de quem me mataria logo, logo. Assim que ele entrou na sala o acompanhei ficando ao seu lado o tempo todo.

— Vai dar tudo certo, amor.

— Para de falar. — sussurrou entredentes.

— Vamos lá, papai? Vamos começar o parto. — disse o doutor colocando suas luvas e Louis apertou minha mão.

Ele estava entorpecido da barriga para baixo pela anestesia local, então não sentiria nada enquanto o doutor fazia a cesaria.

— Tente não se mover enquanto eu faço a incisão.

— Esse infeliz está mandando em mim? — Louis resmungou.

— Calma, amor. Vai dar tudo certo. — eu repeti no piloto automatico.

— Já mandei você parar de falar. — Louis sibilou.

— Muito bem, eu já consigo vê-la. — o doutor falou e eu olhei onde sua mão estava.

— Nossa, eu estou vendo também... Meu Deus, que horror! Ele te cortou ao meio!

— Você está falando sério? — Louis berrou. — Que horror? — ele me encarava em irritação. — Eu vou matar você! — continuou gritando e enquanto eu encarava sua barriga aberta tudo escureceu quando cai duro no chão ali mesmo, apenas ouvindo o grito de Louis me chamando. — HARRY!

...

Ouvi algumas vozes antes de finalmente abrir os olhos avistando minha irmã e Thomas.

— Eu não acredito que você realmente desmaiou! — Gemma gargalhou. — Você sempre foi mole.

— Você não viu o que eu vi. — balbuciei estremecendo. — Onde estou?

— Em um quarto do hospital, a princesa não acordava nunca mais. — Gemma zombou.

— Vai à merda. — resmunguei massageando o pescoço.

— Ui, ficou bravinho, princesa? — Gemma provocou e Thomas a abraçou de lado.

— Amor. — advertiu rindo junto com minha irmã.

— Louis está com a Isa no outro quarto, está puto com você.

— Droga!

— Está nada, Gems está mentindo. — Thomas declarou.

— Estraga prazeres. — disse Gemma para Thomas e respirei fundo saindo do quarto.

Amor? — sussurrei entrando no quarto e avistei Louis que acariciava o rostinho da nossa princesa e olhou para mim.

— Deveríamos mesmo ter gravado aquilo. — Louis diz em diversão e suspirei aliviado por seu bom humor.

— Não tem graça.

— Tem sim, você caiu que nem uma fruta madura. Sem contar os meus gritos! Acho que aquele médico se aposenterá amanhã. — Ele riu baixinho e eu ri com ele, sentando-me no espaço vago ao seu lado na cama.

— Eu posso pegar ela? — perguntei e Louis sorriu.

— É a sua filha, bobinho.

— Minha filha. — repeti feliz e encantado pegando a pequena bebê em meus braços. — Ela é tão linda... — sorri quando sua mãozinha se fechou ao redor do meu dedo.

Ela era um sonho, a minha linda princesinha dos olhos azuis idênticos ao do pai. Sorri mais ainda beijando sua testa e Louis sorriu para nós dois.

Aqui estava a minha família, minha vida, meu futuro e a minha felicidade. Hoje o verde escuro se tornava claro e o amor se tornava infinito.

dark greens ❀ {lwt+hes+mpreg}Where stories live. Discover now