18 - Pedidos impossíveis & Planos traçados

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Louis

Estava a horas pesquisando sobre o transplante que Harry faria, parecia dar certo em quase todos os casos mas nada cem por cento garantido.

Durante o dia, levei o almoço para Harry e o ajudei a comer e apenas isso. Ele falava mas eu optei por não responder, eu precisava colocar meus pensamentos no lugar e falar com ele agora não seria a solução.

— Louis, venha até aqui, por favor. — pediu Anne e assim que terminei com a louça me juntei à ela na sala. — Harry já deve ter lhe contato, mas em dois dias estamos indo para Colombo e você poderá ter esse tempo de folga, ficaremos lá durante o processo de avaliação para a cirurgia e um tempo depois da cirurgia para que ele possa voltar sem riscos.

— Tudo bem. — murmurei e Anne me encarou, analisando-me.

— Harry precisa disso, você pode entender? Harry precisa saber que tentou de tudo antes de desistir.

— Talvez eu não possa entender, mas posso aceitar. Eu só quero que ele volte, e tenho medo de que isso não aconteça.

— Ele voltará, você vai ver. Ele é forte e não vai nos deixar. — ela afirmou convicta e sorrindo.

— Eu preciso terminar o meu serviço para ir embora, até amanhã.

— Até amanhã. — sorriu e me levantei, logo em seguida subindo as escadas.

Abri a porta do quarto de Harry e o mesmo estava sentado dedilhando o seu livro em braille.

— Harry. — chamei e ele por impulso ergueu o rosto em direção a minha voz.

— Oi... — sussurrou e em seguida sorriu.

— Eu já terminei tudo, então estou indo. — avisei e o mesmo suspirou.

— Tudo bem... Você não quer mesmo ficar mais um pouco?

— Hoje não. — falei limpando a garganta. — Até amanhã, Harry.

— Até amanhã, Louis.

...

— Filho, entenda, Harry é grandinho e sabe o que faz, você pode querer que ele escolha não correr riscos apenas pelo seu medo. Meu amor, Harry voltará, você vai ver. — disse minha mãe me envolvendo com seus braços em minha cama.

— Eu só vou ficar tranquilo quando isso passar. Droga, eu não nasci para isso. — choraminguei fungando e minha mãe riu.

— Eu sei, querido. Mas isso vai passar e tudo ficará mais calmo. Ligue para ele, fale com ele, agora. Ele precisa mais de você do que nunca. — ela beijou minha testa e sorriu quando se ergueu para sair do quarto.

Olhei para o meu telefone por alguns segundos e virei para o outro lado, fechando os olhos.

Harry

— Filho, você quer mais alguma coisa antes de dormir? — perguntou minha mãe no momento que veio recolher a bandeja do jantar.

— Não, obrigado.

— Louis saiu daqui um pouco perturbado, o que houve?

— Ele não aceitou bem a notícia de que eu voltarei para o hospital e farei uma cirurgia. — falei me ajeitando na cama.

— Eu sinto muito, querido. Mas eu tenho certeza que ele estará aqui quando você voltar. — murmurou depositando um beijo em minha testa e logo depois saiu do quarto.

Afundei-me no meio dos travesseiros e suspirei, sentindo meus olhos marejarem.

— Droga. — resmunguei e virei para o lado oposto da cama quando ouvi a porta ser aberta.

— Olha, eu posso realmente passar por cima disso, mas ponha na sua cabeça que você não pode me deixar. Entendeu? — estiquei o braço e logo em seguida Louis se deitou em meu peito, começando a soluçar.

— Eu voltarei mais rápido do que imagina. — sussurrei beijando o topo da sua cabeça, sentindo seu cheiro único. — E aí, eu olharei em seus olhos e pela primeira vez, verei o meu grande amor. — susssurei suavemente e Louis soluçou.

— E então, nós iremos fazer trilha e admirar as belezas naturais.

— E depois teremos dez filhos. — falei e ele gargalhou.

— E então, seremos plenamente feliz. — sussurrou selando seus lábios docemente contra os meus.

— Plenamente feliz.

dark greens ❀ {lwt+hes+mpreg}Where stories live. Discover now