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33 - Discussões em família & Passados resolvidos

Louis

Estava sentado na cama de Harry fuçando nas suas gavetas enquanto o mesmo estava na sala discutindo com sua irmã desde que ela chegou, enquanto sua mãe tentava apaziguar a situação.

Eu não tirava a razão de Harry mesmo que ele dramatizasse demais a maioria das coisas. Gemma estava abusando da sorte, tinha uma confecção de roupas que não vendia muito, morava na casa dos pais e nunca havia pago as próprias contas. Harry sempre pagava seus cartões, suas despesas e, quando ela precisava arrumar alguém que coloque um pouco de juizo em sua cabeça, ela me arruma alguém pior que ela.

Me levantei caminhando até a porta e sai do quarto me apoiando ao corrimão, podendo observar os três na sala.

— O Harry não entende, mãe. Ele não sabe o que eu passo, o que eu tenho que fazer e quer ficar se intrometendo na minha vida! — exclamou Gemma e Harry riu em deboche.

— Eu quero me intrometer na sua vida? Por favor, pare de falar merda, eu quero ficar bem longe da sua vida. Mas não posso, afinal, você sempre precisa que eu pague as multas do seu carro, você sempre precisa que eu recupere seus cartões quando você estoura o limite, você precisa que eu pague suas contas. Então acredite, Gemma, eu tento não me meter na sua vida.

— Eu tenho minhas roupas que eu vendo, eu posso pagar minhas contas. — afirmou irritada.

— Então, por que não paga? Por que sempre pede minha ajuda? Você diz que consegue se virar sozinha, mas nunca fez isso.

— Meninos, parem... — Anne tentou acabar com a discussão. — Essa não é a melhor solução, eu acho que-

— Isso é culpa sua. — Harry apontou para a mãe que se calou. — Sempre a criou como se o mundo fosse cair sobre aos seus pés e agora, agora ela está vendo que não é bem assim, e não me parece muito bem com tudo que vê.

— E você? — Gemma soltou ainda mais irritada e bufou. — Você também continua morando aqui.

— Por pouco dias, meu apartamento está terminando de ser limpo e arrumado e logo estarei no meu canto, e você... Tem algum plano na sua vida ou está se reencontrando também? — zombou.

— Todos tem o direito de ter o seu tempo, Harry.

— Não quando dependem dos outros. — afirmou e Gemma pegou seu casaco.

— É impossível conversar com você assim, eu vou dar uma volta e quando você se recompor nós voltamos a nos falar. — disse caminhando até a porta.

— Essa será minha postura daqui para frente, Gem. Você se recompõe ou não receberá nada de mim. — disse subindo as escadas e corri para dentro do quarto sentando-me de volta na cama.

— Ei... — o saudei assim que Harry apareceu na porta do quarto.

— Estou me sentindo um pai. — ele disse massageando a testa e sorri me erguendo da cama.

— Ela vai pensar melhor, e caso não pense, não fique se matando por isso. Quem não aprende do jeito fácil a vida ensina do jeito difícil. — o confortei acariciando seu rosto.

— Eu preciso de você. — ele meio que gemeu e meio que rosnou, puxando-me para perto dele pela cintura.

— Estamos mudando rapidamente de assunto, não é? — brinquei mexendo na gola da sua camisa e o mesmo sorriu.

— Estou um pouco cheio do primeiro assunto. — confessou beijando meu pescoço e suspirei desabotoando o primeiro botão da sua camisa. — Podemos esquecê-lo? — questionou nos deitando na cama.