capitolo cinque

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As luzes vermelhas começaram a piscar no vestiário e Zayn escutou a voz nos auto falantes repetindo a mensagem: "Paramédicos de plantão favor comparecerem à emergência." Logo após isso uma série de uniformizados passou correndo direto para a saída das ambulâncias. Zayn jogou seu celular dentro do armário e agradeceu por estar no turno da manhã ainda, caso contrário teria que sair correndo também.

- Qual foi a emergência da vez? - Perguntou para Nate quando o viu parado na porta.

- Parece que um cara tentou assaltar uma loja e atirou em alguém. - Falou com certa naturalidade.

- Uau! Isso acontece aqui? Pensei que a cidade fosse mais segura. - Zayn parou em frente ao espelho arrumando a gola de seu jaleco.

- E costuma ser. Mas nunca se sabe quando um louco desses vai aparecer por ai. - Olhou para o moreno de cima a baixo e cruzou os braços. - Eu pensei que você fosse daqui.

- E sou, mas na minha época a criminalidade era baixa. - O homem de olhos azuis assentiu.

- Aqui está o que precisa saber sobre os pacientes da manhã. - Entregou para Zayn uma prancheta com nomes, números de quartos e uma série de remédios em cada um deles e saiu do vestiário logo em seguida.

Zayn bateu na porta do primeiro quarto onde encontraria uma mulher que se recuperava de uma fratura na perna.

- Com licença Sra. Andrews, eu trouxe seus remédios. - Colocou a cabeça para dentro da porta.

- Pode entrar moço. - A mulher de trinta anos falou com voz fraca. Zayn entrou no quarto e ficou com o corpo inteiro de frente para ela  - Uh, agora só estão contratando enfermeiros gatos. - Analisou Zayn que apenas corou e deu uma risada. Entregou o remédio e um copo d'agua para ela. - Estou falando sério, acho que vou até passar mais alguns dias aqui.

- Ah não fale isso, não sabe como as palavras podem atrair. Mas de qualquer forma, obrigado. - Falou de forma gentil - Tenha um bom dia. - Saiu do quarto e fingiu não notar a bela secada que a paciente deu em seu traseiro marcado pelo jaleco branco.

O próximo paciente seria um senhor recém operado do coração. Os remédios eram bem mais fortes e em maiores quantidades do que da paciente anterior.

- Com licença Sr. Smith, eu trouxe seus remédios.

- Pode entrar, ele está dormindo. - Uma voz baixa falou de dentro e Zayn entrou.

- Precisamos acorda-lo, você é da família? - Dirigiu-se à jovem que parecia ter passado a noite em claro.

- Tudo bem, ele é meu avô. Acorde-o com jeitinho por favor, ele quase não dormiu essa noite. - Ela falou preocupada.

- Sr. Smith, acorde, precisa tomar seus remédios. - Zayn falou com calma enquanto passava a palma da mão de forma leve no ombro do paciente que abriu os olhos um tanto atordoado. Zayn regulou a cama para que ele tomasse todos os comprimidos e assim que fez voltou a dormir.

- Estou preocupada com vovô, ele não dorme direito desde que saiu da cirurgia e eu sei que ele está sentindo muitas dores, mesmo que não reclame. - A neta falou com lágrimas nos olhos enquanto olhava para o avô dormindo.

- Não se preocupe, é normal isso acontecer quando passa por um procedimento como o que ele passou. Você vai ver que mais uns dias aqui e tomando remédios para dor seu avô vai melhorar. - Falou diretamente nos olhos da jovem e colocou sua mão sobre a dela. - Tenha pensamento positivo, ele vai sair dessa.

- Nossa, muito obrigada. Ninguém aqui fez questão de falar alguma coisa que pudesse me deixar com esperanças. Nem mesmo o resto da nossa família. - A voz da garota soou um tanto aliviada.

Eternal BondWhere stories live. Discover now