You Are My Cure

Os Tomlinson

POV Louis

Quando Niall me convidou para sair um pouco de Londres e ir ficar com ele, eu cheguei a me questionar como seria quando eu voltasse, como estaria me sentindo, se já teria me curado da dor que aquela traição havia me causado... Mas em nenhum momento, nem mesmo nos meus sonhos mais esperançosos, eu achei que estaria tão bem quanto agora, tão insanamente feliz.

Harry e eu partimos bem cedinho de Holmes Chapel na sexta-feira, no confortável carro dele, então chegamos pouco antes da hora do almoço em Londres, e nenhuma lembrança ou sentimento ruim me atinge quando passamos pelas ruas tão conhecidas por mim, pelo contrário, sinto apenas empolgação porque logo verei a minha família de novo e porque tenho o Harry ao meu lado.

-Vamos passar primeiro na cafeteria, não é?! – Harry pergunta e eu paro de olhar ao redor para me virar pra ele.

-Sim. – respondo enquanto lhe dou mais indicações de como fazer para chegarmos lá.

A princípio minha mãe estaria em casa nos esperando, enquanto todos os meus irmãos mais novos estavam na escola e o Dan trabalhando, mas ela tinha me mandado uma mensagem avisando que precisou ir à cafeteria para resolver uns probleminhas, então nós vamos passar lá primeiro.

-É bem bacana aqui. – Harry observa enquanto estaciona o carro bem em frente da cafeteria e olha para a fachada do lugar onde eu cresci, nem estou tanto tempo assim longe, mas eu nunca tinha ficado nem uma semana fora daqui, então é estranho e também é muito bom estar de volta, mesmo que só por um fim de semana.

-É sim. – tiro o cinto de segurança e abro a porta do carro. –Vamos, ela deve estar ansiosa pela nossa chegada.

Ele apenas assente e me segue, segurando minha mão quando dá a volta no veículo e chega ao meu lado na calçada, sei que ele ainda está um pouco nervoso, mas tenho certeza de que esse nervosismo vai passar logo.

Os clientes da cafeteria são velhos conhecidos e recebo alguns cumprimentos entusiasmados quando passo pela porta, mas é o sorriso estampado no rosto da minha mãe, enquanto ela praticamente corre na nossa direção, que me faz sentir verdadeiramente em casa.

-Meu menino. – ela diz ao me apertar em seus braços. –É tão bom te ver de novo, deixa eu te olhar direito.

Ela me afasta só um pouco, me olhando atentamente.

-Olha só pra você, está tão bem, tão feliz... – seu olhar então recai sobre o Harry e o seu sorriso fica ainda mais brilhante. –E suponho que você seja o maior motivo de toda essa felicidade.

-Mãe! – reviro os olhos, mas não paro de sorrir.

-É um prazer enfim te conhecer, Jay. – Harry parece se divertir com o meu constrangimento e se inclina para abraçar minha mãe carinhosamente.

-O prazer é todo meu, querido. – ela lhe garante. –Quero que você se sinta inteiramente a vontade na minha casa, entendeu? Você já faz parte da família.

-Obrigado. – Harry volta a segurar minha mão e dá para sentir aos poucos aquele nervosismo dele se esvaindo.

-Eu tive que vir aqui por um tempo, mas já estou indo para casa terminar o preparo do almoço, estou fazendo algo bem especial pra gente.

-Não precisa se incomodar com isso, Jay. – Harry diz. –Sério, eu não quero dar nenhum trabalho.

-Mas não é trabalho nenhum. – ela gesticula, afastando a preocupação dele. –Só preciso terminar umas coisas aqui e passar na escolinha para buscar os gêmeos, mas...