Vingança

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   POV Louis

Ainda estou surpreso, com raiva e uma pontada de medo com todas as informações que Rick nos trouxe sobre as loucuras do Adam, mas Harry reage mais rápido e entra em ação. Ele decide ir primeiro até a academia resolver o problema do funcionário espião, e eu até quero ir junto, mas surgem alguns problemas na obra que precisam da minha atenção.

-Eu vou e resolvo isso num instante, só preciso confirmar e demitir o sem vergonha. – Harry diz, nós dois ainda estamos no futuro escritório da livraria. –Depois volto aqui para te buscar e vamos almoçar em casa, ok?!

-Tudo bem. – concordo, mas continuo inquieto.

-Amor, fique calmo. – ele diz ao perceber o meu nervosismo. –Eu prometi que irei resolver isso e vou... Nós ficaremos bem, ok?! Não precisa se preocupar.

-É meio difícil não me preocupar, Harry... O Adam é louco. – resmungo, mas me afundo ainda mais nos braços dele e o aperto contra mim.

-Olha, vou ligar para o meu pai e pedir para ele conversar com o amigo policial dele, ver se podemos fazer mais alguma coisa, tomar alguma outra atitude, isso te deixará mais tranquilo? – ele sugere e eu assinto, mesmo achando que não poderemos fazer muita coisa.

-É que não estou só com medo, estou ficando com mais raiva... Ele não pode ficar interferindo na nossa vida desse jeito.

-E não vai mais! – ele exclama, posso ver que também está com raiva e surpreso, mas ele parece mesmo tranquilo na certeza de que o Adam não poderá nos atingir, e eu tento me agarrar nessa segurança dele para me sentir melhor. –Chega de Adam, vamos deixá-lo completamente no passado de uma vez... E vamos nos concentrar no nosso presente e futuro.

-É tudo o que eu quero. – seguro o rosto dele e fico na ponta dos pés para alcançar sua boca e beijá-lo.

Ele me segura pela cintura e intensifica o beijo, sua língua passeia pela minha boca e seus dentes mordiscam meu lábio... O beijo fica mais voraz e no fim eu estou tão ofegante que minha preocupação sobre o Adam fica um pouquinho menor.

-Volto logo. – Harry sussurra.

-Qualquer coisa me liga, por favor.

-Te mantenho informado. – ele garante e me dá mais um beijo antes de sair.

Volto a me recostar na mesa do canto e fecho os olhos por alguns instantes, tentando colocar os meus pensamentos e emoções em ordem, não se passou nem uma hora desde o momento em que Rick entrou aqui, eu chamei o Harry, e ficamos sabendo de todas essas informações absurdas sobre o Adam, foi tudo muito rápido, mas parece que dias se passaram e eu me sinto exausto e frustrado, além de me sentir extremamente impotente diante tudo isso porque não tenho muito que fazer.

Uma batida na porta me desperta e um dos funcionários da obra diz que estão precisando de mim, então respiro fundo e assinto, seguindo-o e tentando mergulhar de cabeça no trabalho, deixando os problemas para depois. Mas não é tão fácil assim parar de pensar em tudo aquilo e fico aliviado quando recebo uma ligação da minha mãe e posso desabafar um pouco, ela demonstra tanta indignação quanto eu, mas tenta me tranquilizar, acreditando, assim como o Harry, que ficaremos bem.

Quando enfim consigo resolver todas as pendências do dia na obra, Harry volta, já passou muito da hora do almoço, mas sequer tive fome para ir comer algo, e agora ele está parecendo mais cansado do que quando saiu daqui e também um pouco mais irritado.

-Como foi lá? – pergunto depois de beijá-lo.

-Rick tinha razão, o filho da puta estava mesmo nos espionando. – ele bufa. –Precisei me controlar muito para não socar o infeliz, mas isso só nos traria mais problemas, agora ele está no olho da rua e, no que depender de mim, vai ter que voltar para Londres porque não conseguirá mais nenhum trabalho por aqui.

You Are My CureWhere stories live. Discover now