Os Tomlinson e os Styles

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   POV Louis

A primeira coisa que sinto ao abrir os olhos é o incômodo do meu braço engessado, então sinto também o resto do meu corpo reclamando de dor e estremeço... As lembranças da noite passada, um verdadeiro pesadelo, voltam com força e eu me sento na cama, suspirando aliviado por não estar mais no hospital e sim na casa do Harry, no quarto que já sinto como se fosse meu também.

Ele não está dormindo ao meu lado, o que estranho porque ontem à noite, quando eu tive alta e viemos para cá, ele deitou ao meu lado e me abraçou até eu pegar no sono.

É uma loucura pensar em tudo o que aconteceu ontem, o incêndio, o meu desespero para escapar, a ida para o hospital... E então a notícia da morte do Adam. Ainda é difícil digerir tudo isso, se eu não tivesse as dores e o gesso como provas poderia até achar que tudo aquilo não passou mesmo de um horrível pesadelo.

Meus olhos marejam e eu me recosto contra os travesseiros, não quero ficar pensando no que aconteceu ou me martirizando com tudo aquilo, mas é muito difícil... Adam era um maluco, egoísta, interesseiro, ele fez tantos estragos na vida do Harry e quase acabou com a minha, mas agora está morto e nem dá para acreditar. Além disso, não consigo me conformar com o fato de a livraria e cafeteria estar completamente destruída, não tive coragem de passar lá na frente ontem na volta do hospital e Harry foi compreensivo fazendo outro percurso, mas sei que o fogo fez um grande estrago e meu coração fica partido ao pensar nisso, sei que o importante é eu estar vivo e que podemos e vamos reconstruir tudo, Harry e Niall disseram isso inúmeras vezes, mas tive tanto trabalho nas últimas semanas e estava tão pertinho de ficar pronto.

Estou tentando afastar as lágrimas que caem mesmo contra a minha vontade quando Harry entra no quarto, ele está carregando uma bandeja e tenta ser bem silencioso até olhar para a cama e me ver acordado.

-Bom dia, amor... – seu sorriso some imediatamente quando ele percebe minha tentativa de afastar as lágrimas e num instante a bandeja, que tem um impressionante café da manhã, é colocada no criado-mudo e ele senta ao meu lado, secando minhas lágrimas com carinho. –Está tudo bem, baby? Você está com dor?

-Não, quer dizer, tenho um pouco de dor, mas não é isso... Não liga, é besteira minha. – tento sorrir porque ontem vi o quanto ele ficou abalado, e sei que ainda se sente um pouco culpado, mesmo que eu repita várias vezes que ele não tem culpa de absolutamente nada.

-Não é besteira nenhuma, não depois de todo o horror que você passou ontem. – ele me puxa com delicadeza para que eu me sente em seu colo, o gesso no braço é uma merda, mas consigo me aconchegar contra o corpo quente e macio do Harry mesmo assim. –Eu mal consegui dormir essa noite pensando em você sozinho lá dentro.

-Eu provavelmente só dormi por conta dos remédios. – suspiro. –Mas estou bem... Posso não estar cem por cento ainda, mas logo estarei... Logo nós estaremos!

-Eu te amo tanto, Louis, não consigo nem pensar no que teria acontecido comigo se você não tivesse saído de lá ou... Merda, eu ficaria louco!

-Shh, não pense nisso. – afundo o rosto no peito dele, seu cheiro me trazendo a paz e segurança de que necessito no momento. –Não precisamos ficar nos martirizando com isso, eu estou aqui.

-Sim, você está aqui! – seus braços me apertam um pouco mais.

-Teve mais alguma notícia sobre a morte do Adam?

-Ele está mesmo morto... E ele procurou por isso! – a dureza em seu tom de voz me faz erguer o rosto para olhá-lo com mais atenção.

-Você está bem com isso? – pergunto.

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