4 anos atras.
Desci do carro e logo senti olhares sobre mim, o que me fez ter vontade de voltar para minha cama e ficar lá até que alguém me chame.
Senti duas mãos me puxando para trás e braços envolverem meu corpo, formando um abraço muito apertado, fazendo com que eu adivinhasse o dono rapidamente.
— John, você está me sufocando.
— Eu sei que eles te incomodam — Ele disse, ainda com o rosto afundado no meu pescoço — Desculpe por isso, nunca foi a minha intenção te deixar desconfortável.
Apertei ele ainda mais contra mim mesma e lhe dei um beijo na bochecha, fazendo carinho na mesma em seguida.
— Nunca mais diga isso, tudo bem? — Eu o segurei firme pelos ombros, fazendo com que ele me encarasse — Você me salvou de um possível estupro, não tem nada no mundo que mudaria o tamanho da gratidão que eu tenho por você.
Ele assentiu e deu um meio sorriso, pegando a minha mão e me arrastando para dentro daquela enorme escola. John me levou para o último andar, ou como ele gostava de chamar, nosso andar. Nós ficamos conversando até que o sinal batesse, fazendo com que John bufasse e me desse um selinho, saindo logo em seguida.
Ele acha que isso foi normal?
Ele não vê o quanto isso me afeta?
Essa foram as únicas perguntas que não saíram da minha mente até que o segundo sinal batesse, anunciando que eu tinha apenas dois minutos para chegar na minha sala que, por acaso, fica do outro lado da escola.
• • •
Eu estava perdida, todas as mesas do refeitório estavam ocupadas e eu não tinha absolutamente nenhum lugar para sentar. John estava com seus amigos babacas e eu não queria atrapalha-lho, porém não tenho nenhuma amiga, o que me resta comer sozinha na parte externa do colégio.
No caminho para o pátio, acabei esbarrando em um garoto qualquer, o que acabou gerando uma dor insuportável no meu ombro esquerdo, o qual meu pai, provavelmente, deslocou.*
— Olha por onde anda, pirralha.
— Olha por onde anda, idiota.
— Você não sabe com quem está falando, sabe?
— Olha a minha cara de quem se importa — Fiz uma cara, claramente, falsa de preocupação.
— Sou o filho do diretor.
— Bom para você, pena que eu não me lembro de ter perguntado alguma coisa.
Eu disse e simplesmente sai de lá, indo em direção a uma árvore mais afastada da área central do pátio. Meu braço estava latejando de dor e eu não conseguia mexe-lo.
— Esta tudo bem? — Escutei a voz de John e me virei, dando de cara com ele.
— Está sim, é só uma dor no ombro.
— Foi aquele menino que fez isso? — Ele disse com a voz cheia de raiva — Brian vai ver só ia coisa.
— John, calma — Eu segure seu braço — Não foi ele.
— Então quem foi? Me diz que eu acabo com a raça do desgraçado.
— Esquece isso, daqui a alguns dias vai melhorar.
— O que é isso no seu braço?
Ele puxou a manga da minha blusa, deixando à mostra vários roxos das noites passadas.
— Quem fez isso? — Eu permaneci calada — PORRA LOREN! EU SÓ QUERO TE AJUDAR! QUEM FEZ ESSA MERDA COM VOCÊ?
Eu fechei os olhos e respirei fundo, segurando, com todas as minhas forças, as lágrimas que insistiam em sair dos meus olhos.
— Foi meu pai, John. Ele fez isso comigo.
— Eu vou acabar com ele.
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Percebam que o John realmente gosta dela, mas também não ignorem o fato dele ser um pouco psicopata quando o assunto é "proteger" a lolo.
All the love.
ČTEŠ
Rock Bottom ;; Hayes Grier
FanfikceOnde Hayes e Loren haviam se esquecido como amar um ao outro. 2ª Temporada de Social ❁ © mattosauro fanfiction, 2016 | cover by @trulybeer ❁