Forty-One / LOREN

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Meus músculos ficaram tensos no momento em que eu vi o azul claro dos seus olhos escurecer, suas mãos fecharem em um formato de punho e seu maxilar ser travado, como ele fazia quando estava com raiva.

— O que você está fazendo aqui? — Eu perguntei, tentando fazer com que a situação fique menos tensa.

— Eu vim conversar com meu amigo, mas parece que ele já está fazendo uma coisa bem melhor que isso.

Ele disse e virou, pronto para ir embora mas Nate desceu a escada o chamando, o que fez ele virar com um sorriso falso no rosto.

— Hayes, meu amigo — Nate abriu os braços — A que devo a honra da sua visita?

— Eu vim pedir conselhos pra um amigo — Ele me olhou — Mas parece que ele coisas melhores pra comer.

Eu o encarei incrédula, ele acha que só porque eu transei com o Nate ele vai começar a me tratar desse jeito? Se ele acha isso, ele é mais idiota do que eu pensava.

— Olha aqui — Eu apontei o dedo na sua cara — Se nós estivéssemos namorando, eu até iria achar esse seu comportamento estupido razoável, mas, não sei se você lembra, nós não temos mais nada, então você não tem o direito de usar essa sua maldita boca pra falar assim de mim, entendeu?

— Você sai transando com todos os meus amigos e eu não tenho o direito de tratar como uma puta, sendo que é assim que você está se comportando?

— Todos os seus amigos? Acho que você errou a conta aí, porque tirando você, o único que eu transei do seu "grupo de amigos" foi o Nate — Eu respirei fundo — E não é só porque eu tenho vontade de transar que eu sou uma puta. Agora, só porque você tem uma transa garantida todo dia, a hora que você quiser, não vem encher o saco de quem não tem.

Eu disse e fui andando para fora da casa do Nate, todo o bom humor que eu tinha sumiu no momento em que o Hayes abriu a boca. Eu estava completamente ciente de que tudo que estava cobrindo meu corpo era uma camiseta velha do Nate, mas isso não me incomodava nenhum pouco.

— Loren! — Escutei alguém gritar — Você está só com uma blusa do Nate.

— Agora você liga? — Gritei de volta — A um minuto atrás eu era a puta que deu para todos os seus amigos, agora você se preocupa? Vai pra puta que pariu, Benjamin!

Comecei a andar mais rápido, o portão ainda estava longe e eu tinha certeza de que algum dos dois estava vindo atrás de mim. Minhas suspeitas foram confirmadas assim que eu senti duas mãos na minha cintura, me puxando para trás.

— Volta lá pra dentro, eu não estou afim de ver os vizinhos do Nate encarando as suas pernas.

— Me solta, Benjamin.

— Não vou te soltar enquanto a gente não estiver dentro daquela casa, Loren.

Hayes me colocou em cima dos seus ombros, como se eu fosse um saco de batata e começou a andar na direção da casa. Ele não ligava para os tapas e socos que eu dava nas suas costas, parece que ele realmente só iarém soltar dentro da casa do Nate.

Assim que entramos na casa, senti meu corpo sendo jogado contra o sofá e o Hayes levantar, limpando a poeira imaginaria das suas mãos.

— Vai doer ficar aqui dentro?

— Não — Ele sorriu de forma convencida — O que vai doer mesmo é ficar perto de você.

Levantei e fui para a cozinha, onde vi o Nate sentado e comendo qualquer coisa que eu não estava com a mínima paciência para ver o que era. Ele me viu e soltou uma pequena risada, dando de ombros logo em seguida.

— Você ama uma briga, né?

— Amo uma briga quando envolve você saindo da minha casa só com a minha blusa — Ele levantou e me abraçou, me beijando logo em seguida.

— Ainda não decidi se eu gosto ou não da sua safadeza.

— Você ama a minha safadeza — Ele deu um tapa na minha bunda — Agora eu ou lá acalmar a fera.

Assenti e lhe desejei boa sorte, não vai ser a tarefa fácil acalmar o Hayes, na verdade, acho que acalmar ele é uma das coisas mais difíceis que existem.

— Quer que eu fale alguma coisa pra ele?

— Fala pra ele que eu odeio ele.

Rock Bottom ;; Hayes GrierWo Geschichten leben. Entdecke jetzt