Capítulo 25

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Lauren POV

Assim que estacionei o carro em frente a casa da minha avó, eu já podia a ver ao longe, parada em frente a porta da casa, com seu velho avental amarrado a cintura, enquanto conversava animadamente com meus pais.

Como em todas as vésperas das minhas viagens a Alepo, minha mãe cismava em reunir os parentes e amigos mais próximos da família na casa da minha avó, para um pequeno convívio... Pequeno na linguagem dela, obviamente.  De certo modo, essas coisas me cansavam um pouco, eu precisava estar relaxada e calma para voltar ao trabalho, mas por outro lado, sabia que minha mãe fazia essas coisas para tapar um pouco a preocupação que ela sentia e eu não iria negar isso. Além disso, acho que seria bom deixar as coisas um pouco mais animadas, até porque nos últimos dias, Camila parecia cada vez mais quieta e séria.

—Oh Laur, Mila! Mio amore!Nonna falou extridente, abrindo os braços em nossa direção, assim que eu sai do carro, junto com Camila e Benjamin.

Como era de se esperar, só foi nós nos aproximarmos deles para nonna, nos agarrar com abraços apertados e beijos nos rostos.

Tudo normal na família Jauregui.

—Como está, nonna? – Camila perguntou simpática, enquanto nonna nos guiava para dentro da casa, junto com meus pais.

—Bene! Você sabe, uma dor nas articulações aqui e ali, mas nada que um bom ravióli não resolva. – Nonna disse naturalmente. – E você continua magra... Você não tem alimentado ela, Lauren? – Ela analisou Camila, antes de voltar sua atenção para mim.

—Eu sugiro para ela hambúrguer, lasanha e pizza durante a semana, mas ela sempre nega... – Eu me defendi dando de ombros. – E ainda briga comigo toda vez que eu roubo algum doce lá na PJ's... Aliás, não só ela, minha mãe também. – Eu disse cruzando os braços, enquanto Camila e Clara me fuzilavam com o olhar.

—Mas isso é um absurdo! Como pode brigar com a sua filha assim, Clara? Você sabe que ela precisa se alimentar. – Nonna disse incrédula, puxando a orelha da minha mãe e eu soltei uma risada junto com meu pai. – E você, querida, precisa se alimentar melhor. – Dessa vez ela se direcionou à Camila. – Vieram me entregar essa semana alguns patos, acho que vou fazer na janta. – Nonna comentou pensativa e eu arregalei meus olhos.

Nada de panela para esses patos, nonna!

—Os patos chegaram? Foi mais rápido do que eu pensei. – Eu disse com um olhar animado, observando o Benjamin abrir um enorme sorriso no rosto.

—Foi você quem os encomendou? – Nonna perguntou interessada e eu concordei rapidamente. – Eu os deixei no lago. – Ela avisou simples.

—Ótimo, é lá que eles vão ficar mesmo... Eu e Ben vamos adotar eles. – Eu disse animada e ela me olhou surpresa. – Vamos lá, corujinha! Nós podemos dar pão para eles! – Eu completei num tom entusiasmado, enquanto pegava o garoto nos braços e seguia para a cozinha antes de caminhar para o lago.

Eu ainda escutei minha mãe gritando meu nome, avisando que eu ainda tinha que cumprimentar o resto da família, mas eu nem liguei.

Essa parte chata eu deixava para a Camila fazer.

Como eu esperava, assim que chegamos no lago, os três filhotes brancos de pato estavam na água, indo de um lado para o outro, fazendo aqueles barulhos estranhos e engraçados ao mesmo tempo. Benjamin parecia tão animado quanto eu, indo até a borda do lago com os pedaços de pão nas mãos e tentando ao máximo atrair a atenção dos animais. O único problema era que, em todas as vezes que os patos se aproximavam, ele corria para longe, com medo de receber algum beliscão nos dedos e eu gargalhava me divertindo com a situação.

PJ's Heart - CamrenKde žijí příběhy. Začni objevovat