Talvez

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Evelyn Narrando -Evelyn você já sentiu que seria possível amar alguém? -Eduarda pergunta enquanto estamos na sala minha de pintura

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Evelyn Narrando
-Evelyn você já sentiu que seria possível amar alguém? -Eduarda pergunta enquanto estamos na sala minha de pintura. (Eduarda na mídia)
Amo pintar, e me ajuda sempre de uma certa forma.
Paro de pincelar com o pincel a tela branca que já se encontra com um pouco de tinta em alguns borrões que apenas eu sei que forma ganharão em breve.
Encaro minha irmã sentada num sofá branco no canto da sala. Pouso o pincel sobre o suporte para pincéis.
Respiro fundo pensando em que resposta vou dar a ela.
Ainda bem que Tobias não está conosco agora pois certamente ele começaria um interrogatório de irmão curioso e protetor.
-Ainda não, mas sei que não é impossível amar alguém. -Digo tentando parecer o mais sincera possível. Tenho certeza que para mim é impossível, mas talvez Eduarda tenha alguma chance no amor ou algo parecido e próximo.
Vejo ela suspirar e deitar no sofá e encarar o teto.
-Acho que estou amando. -Fala ela sorrindo. Com um certa preocupação opto por escuta-lá e não interromper por enquanto. -Ele é diferente. -Conta ela e me olha. Ela percebe minha cara de preocupada. -Calma, ele é de nosso nível social e mamãe não iria se impor em relação a isso. -Me informa ela me fitando com seus olhos verdes com traços acizentados e mordendo o lábio. Ela só morde o lábio quando está nervosa com algum famoso "MAS" .
-Mas? -Pergunto sabendo que tem um famoso "mas" nesse história. Ela respira fundo pensando em como me contar.
-Ele é um vampiro. -Desabafa ela.
Engulo em seco de uma certa forma preocupada e temendo de uma certa forma por minha irmã.
Não me julguem mau, mas um vampiro pode muito bem por fim a vida dela num piscar de olhos ou se descontrolar e drenar todo seu sangue. Talvez eu esteja paranóica, melhor afastar esses pensamentos. Nem todos são iguais. Afinal de contas tem vampiros que são mais humanos que alguns humanos.
-Você sabe o que  isso significa? -Pergunto me referindo sobre a medida que ela têm que tomar. Ela respira fundo e se levanta andando de um lado para o outro na minha sala de pintura deixando evidente seu nervosismo.
-Sim, eu sei. -Fala ela num sussurro e para de andar e me fita com seus olhos verdes.
-Vocês têm que oficializar e essas coisas antes que alguém se adiante. -A alerto um tanto preocupada. Ela tem que falar com mamãe e oficializar logo pois há várias regras severas em relação a isso.
Provavelmente mamãe já está planejando nossos casamentos a algum tempo e minha irmã é muito sonhadora eu diria e me preocupo muito com ela.

•••

2 dias depois.

-Esse vestido está bom? -Pergunta Eduarda pela décima vez hoje devido aos vestidos que ela está experimentando para o baile que vai ocorrer daqui uma semana.
Nesse momento estou sentada num sofá confortável de um ateliê de um estilista vampiro Francês chamado Rene.
Levanto os olhos do livro que estava lendo e olho o vestido que minha irmã está vestindo.
-Porque você não pede ao Rene para ele fazer um especial para você. -Sugiro um pouco cansada de ver tantos vestidos.
Amo Eduarda, mas ela sempre me arrasta para todo lado e às vezes não consigo me divertir sempre como ela.
Eduarda sorri empolgada com minha ideia.
-Excelente ideia! -Fala ela eufórica e acabo rindo de seu jeito. -Será que o Rene poderia nos atender? -Eduarda pergunta para a moça que estava a ajudando com os vestidos. A moça sorri de forma simpática.
-Só um momento que irei verificar. -A moça responde de forma educada e se retira.
Eduarda se vira para o espelhos e fica olhando o vestido azul claro em seu corpo.
Sorrio da empolgação de minha irmã e por um breve momento invejo sua alegria com tudo ao seu redor.
Mamãe sempre disse que eu deveria ser mais como Eduarda ao invés de ser uma garota tímida que gosta de ler, escrever, andar a cavalo e pintar.
Saio de meus devaneios com alguém entrando na sala em que estou com Eduarda.
-Olá lindas meninas! -Rene vestindo de maneira elegante fala com seu sorriso de sempre. Me levanto e Eduarda fica ao meu lado. Ele vem nos cumprimentar com beijos no rosto como sempre.
Seu perfume forte preenche a sala. Tenho que admitir Rene é um desperdício de homem, na verdade ele é gay. Seus cabelos castanhos combinam com seus olhos castanhos claros.
-Rene precisamos de sua ajuda! -Eduarda fala empolgada.
Sorrio da animação de minha irmã.
Pera aí! Precisamos?
-Precisamos? -Pergunto em dúvida a Eduarda.
Eduarda me lança um olhar de precisamos que significa que não a escapatória e respiro fundo me dando por derrotada.
-Tudo para minhas gêmeas preferidas! -Rene conclui sorrindo. Sorrio tentando parecer contente, mas na verdade não estou com a mínima vontade de mais um vestido novo, eu poderia usar algum vestido que nunca usei de meu closet e já seria ótimo.

A Noiva ErradaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora