O Estranho

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Evelyn Narrando
-Eduarda eu não acredito que você vai fazer isso comigo! -Falo alto deixando evidente que estou brava.
Nunca fiquei assim desse jeito, nunca gritei com Eduarda.
Nesse momento estamos no quarto em que estou hospedada.
Me levanto da cama e começo a anda de um lado para o outro enquanto Eduarda me olha surpresa por eu ter gritado com ela.
-Evelyn você nunca gritou comigo. -Fala ela num sussurro não acreditando.
A olho seria.
-Eduarda você sabe que não me agrada ser acompanhante de Tyler, por que eu não posso entrar na igreja com Tobias? -Pergunto querendo saber o porque pois afinal de contas seria até melhor eu entrar com Tobias por sermos irmãos.
-Foi ideia de David. -Eduarda fala se levantando e se aproxima de mim. Paro de andar e a olho seria esperando ela termina de falar. Por que raios David quer que eu seja par de Tyler?. -Segundo ele Tyler ainda não aceitou nosso relacionamento e se você for acompanhante dele será melhor. -Continua ela e pousa sua mão sobre meu ombro. -E ele não se dá bem com a prima. -Diz ela.
Não sei porque, mas algo nessa história não me agrada.
-Eduarda não sei como isso pode ajudar, mas você e David estão noivos e tudo já está oficializado, se ele quiser ele pode até mordê-la e será a coisa mais normal. -Afirmo.
Vejo seus olhos se desviarem dos meus. A olho com uma sobrancelha arqueada.
-O que foi? -Pergunta ela após perceber que eu a estou olhando seria.
-Ele já te mordeu? -Pergunto perplexa mesmo já suspeitando da resposta.
Eduarda me olha com seus olhos verdes.
-Sim. -Responde ela num sussurro.
A olho surpresa e preocupada ao mesmo tempo.
-Eduarda isso é errado, pode deixá-la fraca ou matá-la! -Falo preocupada e me aproximando olhando mais de perto seu pescoço para ver se há alguma mordida.
-Evelyn para! -Eduarda fala se afastando. -É normal, e David é cuidadoso. -Diz ela. -Ele não me machucaria. -Afirma e me olha um pouco magoada.
-Eduarda me desculpe, eu me preocupo com você e você estar noiva de um vampiro às vezes me deixa com medo de perdê-la. -Falo um pouco envergonhada não acreditando que estou enlouquecendo.
Raios! O que está havendo comigo? Nunca gritei com Eduarda, nunca fiquei estressada à toa e nunca surtei com Eduardah.
Acho que Tyler está me enlouquecendo.
-Evelyn tudo bem, eu que peço desculpa por te-lá feito vir nessa viagem. -Eduarda fala. -Você sempre me ajudou e me desculpe por isso, eu vou falar com David. -Fala ela parecendo um pouco triste.
Me aproximo dela e a olho nos olhos. Odeio vê-la triste.
-Acho que vou sobreviver ao lado de Tyler. -Minto tentando soar sincera e lhe dou um sorriso amarelo.
-Sério? -Pergunta ela surpresa por minhas palavras e apenas concordo com a cabeça. -Obrigada, eu não sei o que faria sem você. -Fala ela. -Não sei porque, mas David acha que se o Tyler manter distância da prima deles e ficar ao seu lado tudo vai ficar bem. -Conta ela e me pergunto se Tyler e sua prima não se dão bem de verdade ou é uma desculpa de Eduarda.
-Eu sou sua irmã e faria tudo que estivesse ao meu alcance para vê-la feliz. -Digo de forma mais sincera possível me sentindo mau por pensar que Eduarda poderia mentir para mim.
-Então você vai entrar na igreja com Tyler? -Pergunta ela percebendo que já não estou brava como antes com ela.
-Não. -Falo soando seria.
-Evelyn por favor. -Pede ela e respiro fundo.
-Tá ok. -Falo não acreditando em minha resposta. -Quando vamos embora de Miami? -Pergunto querendo esquecer o fato de que eu irei ser acompanhante de Tyler mais uma vez.
-Em breve, não irá demorar muito eu prometo. -Fala ela e sorri. -Agora vou indo porque irei sair com David. -Diz ela empolgada e segue até a porta.
-Tchau. -Digo.
-Tchau. -Se despede ela e sai pelo porta.
Sigo até a porta e a tranco.
Respiro fundo um pouco cansada e com saudade de casa. Estou com saudades de Trovão e de pintar. Amo andar a cavalo e pintar é libertador.
Sigo até o banheiro para um banho.
Tiro a roupa e espero a banheira encher. Assim que ela enche jogo uns sais e entro nela.
Tomo um banho demorado. Assim que termino me enxugo e enrolo na toalha. Saio do banheiro e ando até o guarda roupa onde arrumei algumas coisas minhas.
Pego uma calcinha e um sutiã branco e os coloco. Escolho um pijama que é um conjunto de blusa preta e calça moletom preta. Os visto rapidamente e pego um livro para ler.
Sigo até a enorme cama e me deito nela e começo minha leitura.
Depois de meia hora lendo escuto batidas na porta e tiro a atenção do livro e olho a porta.
Me pergunto se é a Eduarda novamente.
Deixo o livro sobre a cama e sigo até a porta para abri-la.
Antes de abrir a porta olho no olho mágico e não vejo ninguém.
-Que estranho. -Falo num sussurro e me afasto da porta e retorno para a cama.
Antes de me deitar novamente novas batidas na porta chama minha atenção.
Respiro fundo achando que é alguma brincadeira de mau gosto de Paulo.
Sigo até a porta rapidamente e a abro.
Saio no corredor e não vejo ninguém.
Respiro fundo um pouco irritada e decido voltar para dentro do quarto.
Antes de eu conseguir entra no quarto sou atingida por algo na cabeça e aos poucos vou perdendo a consciência.
Quando vou cair ao chão braços gélidos e fortes me pegam e antes de eu fechar os olhos consigo ver  a imagem um pouco embaçada do rosto de um homem.
-Enfim a encontrei. -O homem que desconheço fala e antes de perder por completo a consciência sinto seus lábios gélidos junto dos meus.

A Noiva ErradaWhere stories live. Discover now