Sua vez, Jauregui

36.2K 2.3K 2.7K
                                    

Entãooo eu sei que demorei, mas como eu tinha dito no capítulo passado eu ando bem desanimada com umas coisas e tals (muita gente visualizando e quase nenhuma comentando não ajudam nada), então né. O capítulo está aqui, e vai ser uma ponte para o que vai vir acontecer, porque as coisas vão ficar meio tensas daqui para frente, mas né, nenhuma história tem graça se não tiver um certo drama. 

Quero dedicar esse capítulo ao meu precioso Squad, elas me ajudaram na desenvoltura do capítulo e foram essenciais para as coisas que estão por vir. Cin, Gabi, Key, Hann e Madri vocês vão ter eternamente um espacinho no meu core ♥ 

Não revisei o capítulo porque acabei de escrever ele, então não sei que música indicar. Me desculpem caso tenham quaisquer erros, mas espero que gostem.
Boa leitura:  


Passo a mão pelo meu cabelo e entro no cômodo não demorando nada para encontrar meu avô de braços cruzados, recusando a fazer sua fisioterapia com a médica da casa de repouso. Atravesso a grande sala e cumprimento a linda médica, observando meu avô, que me olhava com as sobrancelhas arqueadas.

- Não quero uma outra médica aqui. – Cruza os braços e eu mordo meu lábio inferior.

- Não sou médica. – Falo calmamente – Sou sua neta. – Franze o cenho e me encara – Lauren.

- Neta? – Ele parecia confuso – Não tenho neta.

A doença de meu avô havia ficado bem pior nos últimos dias, haviam diversas oscilações de memórias e ele havia regredido bastante. Não se lembrava mais dos netos e as vezes esquecia dos filhos, mas se lembrava perfeitamente da minha avó e vivia questionando porque não deixavam que ela o visitasse, o que resultava nele sempre chorando quando lhe informavam que ela havia falecido.

- Sou sua neta, filha de Clara. – Respondo pacientemente – Sua filha do meio. – Me encara por longos instantes e vira o rosto.

- Você pode tirar essa mulher daqui? – Questiona para a fisioterapeuta e automaticamente me sinto muito mal com o seu pedido.

- Vovô, apenas me deixe... – A médica nega com a cabeça e eu engulo o choro.

- Quero ficar sozinho. – Responde irritado e eu suspiro.

- Lauren... – Me levanto e a médica faz o mesmo – Eu sinto muito por isso...

- Está tudo bem, não é como se ele fizesse isso por vontade própria. – Rio sem muito animo.

- Tente outro dia, hoje ele acordou indisposto e estava irritado. – Concordo com a cabeça, passando a mão em minha bochecha – Sinto muito por ele te tratar desse jeito, mas saiba que é muito importante que você continue vindo visita-lo.

Desde que meu avô saiu do hospital a um tempo atrás por conta do infarto achei que seria melhor visita-lo mais de uma vez por semana, e sozinha, porque sabia que era muito mais difícil para minha mãe vê-lo daquela maneira, principalmente quando ele decidia xinga-la ou gritar palavras rudes a ela.

Me despedi da fisioterapeuta e decidi que observaria a consulta dele pela grande janela de vidro que ficava ao lado da porta, do lugar aonde estava ele não iria conseguir me enxergar. Então observei todos os seus exercícios logo após Mellie, a médica, conversar com ele por alguns instantes.

Antes que saíssem da sala optei por ir embora, assinei o livro de visitas e me despedi de algumas pessoas, saindo do local e caminhando até o meu carro. Não consegui sair de lá no mesmo instante, apenas me sentei e chorei. O homem que eu tanto amava e era o meu maior herói tinha simplesmente desaparecido, dando lugar a uma pessoa assustada que não deixava ser ajudada.

KarmaWhere stories live. Discover now