Capítulo 11 - Perdas e Ganhos

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Ace

-Eu vou publicar no perfil do Noah, não gosto dele.-Digo, enquanto continuo fuçando no facebook de Matt com o notebook no meu colo, e ele ao meu lado implorando.
-Não! Esse idiota vai querer mais encrenca!
-E quem não gosta de encrenca, Matt?
Ele respira fundo, irritado.
Começo a digitar.
"Quebrei sua cara, idiota".
Público, Matt tenta se controlar, é engraçado.
-Tudo bem, não sou cruel, vou parar de te torturar.-Levanto, deixando meu notebook aberto ali no sofá, e dando a ele a chance de consertar o que baguncei.
-Não sei se agradeço ou se te mato.-Matt acaba rindo.
-Antes de qualquer homicídio, por que disse que eu ia acampar com vocês sem nem me consultar?-Pergunto, agora sério.
Matt desvia seu olhar daquela tela para mim.
-Vai ser legal...-Seu olhar implora, ele ainda não.
-Eu não posso no próximo final de semana.
-O que te impede?
-Meu interesse.-Matt volta a ficar irritado quando digo isso, eu rio.
Subo as escadas, e logo ouço o celular de Matt tocar, só pode ser Daisy o convidando para uma aventura.
Vou ao banheiro do meu quarto para o meu banho, tiro as roupas quando a banheira enche de água.
Quando estou dentro da água, com somente a cabeça para fora, os pensamentos voltam. Conflitos internos... Cada vez mais difícil de entender... Eu estou gostando de Lewis? Ainda não... tem algo que me impede. Matt me atrai? Não! Somos apenas bons amigos! Meus pensamentos são idiotas. Afundar sem roupas nessa banheira é uma das melhores sensações, até que sou interrompido pelo barulho da campainha. Matt está lá em baixo, ele pode muito bem atender. A campainha continua. Saio da banheira indo vestir a roupa de sempre para quando estou prestes a dormir.
Desço as escadas em questão de segundos, Matt já não está mais aqui, ele não avisou que já iria, posso perguntar depois, corro para atender esse alguém desesperado na minha porta.
É apenas Lewis... Bem que ele avisou que viria, e eu tinha esquecido.
-Achei que tinha saído...-Ele diz.-Mas... Você não sai...
Ele tem razão, abro a porta por completo para que ele entre, e não vejo o carro de Matt lá fora. É, ele foi.

Lewis

Eu não queria chegar a casa de Ace quase a meia noite, foi difícil sair de casa com mil perguntas dos meus pais sobre a minha "namorada" vindo a tona, eles estão felizes, infelizmente, acham que pelo fato do seu filho problemático namorar uma garota pode melhorar tudo. Eles não sabem de nada.
Enfim, eu amo ter que vir a casa de Ace, amo vê-lo. Sento-me no sofá.
-E como vai em casa?-Ele pergunta. Não quero contar de Lexi, pode acabar com a nossa noite.
-Normal...-Respondo.-Um pouco ruim de mais...
-Sério?-Ace parece impressionado.-Sua família parece perfeitamente perfeita.
-Esse é o problema...
Ele não faz mais perguntas. Só abaixa-se, a TV transmite o filme aberto no seu notebook, que está no chão, então Ace tem que ficar de quatro para procurar um filme para vermos, acredito que essa posição seja mais confortável para ele, e mais desconfortável para mim, já que começo a ter uma ereção inevitável, maldito seja. Ace não parece perceber que estou o observando tanto, e que está me matando de tesão.
Acho que ele reclama sobre a qualidade dos filmes de hoje em dia. Eu continuo observando, minha mão quer entrar na minha calça e mexer no meu pau. Decido ir ajudá-lo.
Não resisto, quando percebo, já estou ajoelhado bem atrás dele, o meu pênis ereto, ainda por baixo do jeans, encontra-se com a sua bunda, ele usa aqueles shorts tão curtos. Eu seguro firmemente seus quadris, fazendo movimentos leves, me seguro para não passar disso, meu pau parece querer rasgar minha calça e entrar em Ace o mais rápido possível. Continuo, aumentando meus movimentos, Ace geme bem baixo, meu pau começa a pulsar, sinto que estou prestes a gozar. Eu luto para me afastar antes que aconteça, não quero sujar tudo aqui, é quase impossível, mas consigo me afastar antes de gozar, isso vai entrar para a minha lista de conquistas.
-Desculpa...-Digo, sem jeito, Ace senta-se no chão.-Eu... Acho que não consegui me controlar.
-Está bem.-Ele ri.-Não doeu.
Aquele silêncio constrangedor. Coisa que eu mais temia. Eu procuro algo para dizer, não consigo.
-Bem, eu vou... Fazer a pipoca.-Ace tenta se levantar, eu não posso perder essa oportunidade, o meu tesão não me deixa fazer tal coisa, puxando Ace enquanto ele levanta-se, ele cai em cima de mim. Começo a beijá-lo, e inevitável, Ace retribui, então continuamos.

Matt

Tive que deixar a casa de Ace as pressas, e sem dar nenhuma satisfação, simplesmente porque a minha vó estava morrendo. Ela morreu, como já era de se esperar, assim que chegamos no hospital. Eu me irritei, soquei a parede, bati em mim mesmo, mas do que adiantou?
Minha mãe pede para que eu durma em casa hoje. Eu não quero, são muitos problemas, eu quero fugir deles, e não ter que me preocupar mais ainda. Eu sou obrigado a ficar, e aturar essa família mais um dia.
Antes de dormir, recebo uma mensagem de texto de Ace. Ele não pergunta onde estou, não reclama por eu ter saído sem nem avisar, e nem me liga varias vezes, ele só envia: "Nunca mais desapareça assim ".
Não respondo. Ele não pode saber que estou triste agora, ninguém precisa, depois nos falamos, eu decido ir dormir.

O Novo AmigoWhere stories live. Discover now