Capítulo 42

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* 1 mês depois *

Eu consegui fazer meus pais deixarem eu terminar a escola em Kailua, e irei morar em uma pensão que tem mais alguns adolescentes que já estão na universidade.

Malas prontas, tudo ótimo, só faltava eu me despedir. E eu resolvi fazer isso com uma festa aqui em casa mesmo. Só para os íntimos, desculpe. Tá, não foi uma festa, foi mais um churrasco. Chamei o presidiLenny e as meninas. Sim, eu chamei a Ellie. Porque né cara, a vida tem dessas.

Alguns possuídos/amigos da Ekena apareceram também. Convidei? Não. Mas parecia que eles estavam mais perdidos que eu, porque me trouxeram presentes e eu até ganhei um cartão de Feliz Aniversário de um cara de franjinha roxa. Farei muito bom uso do cinto de tachinhas e da navalha que eu ganhei... Melhor eu contar isso pra minha mãe.

Foi muito bom fazer essa festinha, porque eu pude ver todos que eu amo reunidos e... Mentira. É que as pessoas tiveram a decência de me dar presente. E dinheiro. O vô Mark me deu um cheque que quando eu vi o valor, minha gente, os meus olhos saltaram da órbita (ultimamente eu ando lendo bastante livros estranhos).

Pierah e Stela estão namorando sério, estão até de aliança. Ekena está firme com Anthony também, mas ao invés da aliança é aquela tatuagem proibida mesmo. PresidiLenny ainda tá tentando. A Ellie eu não sei, não tive coragem de falar com ela desde que chegou.

Tio Chad bebeu demais e resolveu que faria um show de striptease para todos. Não que alguém - além do tio Josh - quisesse ver, é claro. Haviam crianças e pessoas que não são acostumadas ao meu tio, então tivemos que prender ele no quarto dos meus pais. Houve muita luta, meus caros, mas nada que não pudesse ser resolvido. Na verdade o tio Chad deu um soco na boca do meu pai pra tentar fugir, além de que ele foi parar na casa da esquina, porque achou que todos estavam brincando de pega pega.

Teve uma hora que algumas pessoas começaram a ir embora, vulgo os possuídos, e me deram parabéns mais uma vez. Eu perguntei a uma menina pra que servia a navalha, e ela disse que era para eu raspar minha barba. Fico mais tranquilo com essa resposta do que com o que eu pensei.

Depois de um tempo, meus amigos vieram conversar comigo.

- Eu só queria dizer que eu gosto de você, Théo. Sério mesmo. Você pode não se ver assim... mas você é uma boa pessoa. É bem sarcástico e às vezes tem umas piadas bostas? Sim, mas ok. Você me ajudou bastante.

- Valeu, Stela. - Ela me abraçou.

- Eu te amo, carinha - o presidiLenny disse e me abraçou.

- É... Eu sei... Aaaaaaah eu também te amo, Leonard.

- Leonard não. PresidiLenny. Eu já até pedi pros meus pais me chamarem assim, porque cara, não é todo mundo que pode ser presidente né.

- Preciso te contar... Você não tem cara de presidente. Eu te chamei assim porque você tem cara de presidiário. - Ele me olhou um pouco decepcionado. - AAAAH te peguei! É presidente sim!

Eu preciso deixar o cara feliz, provavelmente eu nunca mais o verei.

- Promete que sempre que você vier pra cá você me avisa pra gente poder se ver?

- Prometo, presidiLenny. Cara, pode me soltar, tá bem estranho esse abraço super longo.

- Ah, ok. É. Tá.

- Eu sei que não tem muito tempo que somos amigos... - Pierah começou. - Lenny, onde você vai, cara?

- Eu só... vou no banheiro tirar uma água do joelho, sabe? - Ele saiu correndo com as mãos nos olhos.

- PresidiLenny é sensível, quem diria? Tá, vou continuar. A gente não se conhece a muito tempo, mas como a Stela disse... Cara, tu arrasa. Você é demais. Sério.

- Muito obrigado. E eu já sabia disso.

Assim que eles saíram, a Ellie apareceu.

- Oi.

- Oi.

- Olha... Eu só queria te dizer que tem uma coisa estranha entre a gente, e eu tenho culpa nisso, porque você quis que a gente se tornasse amigos e tals, mas eu afastei você... Mas agora que você vai embora, eu acho que a gente podia se resolver e ficar de boa.

- Seria bom. Pra mim a gente já tava de boa, mas agora eu percebi que não. Então eu percebi que eu sou muito trouxa.

Nós nos sentamos no sofá da sala e ficamos conversando um pouco. Ela tá solteira de novo. Pra mim não faz diferença mais, então não tô nem aí.

Corrigindo a frase anterior: eu não estava nem aí. Até ela me beijar aqui agora. A menina me agarrou, me salvem. É só modo de dizer, não me salvem não, eu estou gostando.

- Eu gostava de te beijar. Você beija muito bem sabia? - ela me disse.

- Sim. Eu sei. Você também.

- Quando você volta?

- Eu não sei. Vou terminar o ano lá, mas mesmo assim eu vou vir algumas vezes.

- Será que a gente pode se beijar de novo só pra dar um adeus ou seria muito estranho?

- Seria muito estranho. Mas quem liga, eu sou amigo de um cara que parece um presidiário.

E na hora em que íamos nos beijar de novo... meu pai me puxa.

- Para de se fazer de garanhão e manda todo mundo embora. Sua mãe vai dar à luz.

- Bom, agora vou ter duas novas irmãs... Então eu acho que vou ter que vir bastante pra cá né - eu disse e ela sorriu.

Fim. E eles foram felizes para sempre. Ou não. Não sei. Bom, se você chegou até aqui, quer dizer que gostou da história... Pelo menos um pouquinho né.  Fala que gostou please. Então eu estou te convidando pra ler meus outros livros. Eles são ótimos, best-seller do New York Times... Deixa eu me iludir, tá? Enfim... Obrigadaaaaaa pelas visualizações, votos e comentários. Eu amo vocês, cara. Quer me conhecer e conversar comigo? Só vem. Me manda um oi inbox e vamos criar um laço de amizade. Beijos, seus lindos.

O Menino dos Olhos AzuisOnde as histórias ganham vida. Descobre agora