Capítulo 01

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Safira

"Tudo que começa tem um início e um motivo. E sempre o início está primeiro que o motivo. Quando você decidiu proteger algo, teve um motivo para isso. Quando você errou, teve um motivo. Quando você chorou, teve um motivo. Quando você amou, teve um motivo. Quando você odiou...como meu ódio teve início? Qual foi o motivo? Porque não me lembro? Porque não sei responder isso?..."

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Nosso bando tem 10 pessoas, somos como uma matilha...Mas uma matilha diferente. Pois uma matilha normal é compostas por membros de somente uma alcatéia, já a nossa é composta por quatro alcatéia e um clã. Alcatéia da Florida, alcatéia da Califórnia, alcatéia de Virgínia, alcatéia de New York e o Clã dos vampiros.

Cada um dos membros tem uma tatuagem no corpo. A tatuagem é como nosso marca. A marca do bando. Escolhemos um símbolo zibu como nossa marca, ela tem o significado de valorização das qualidades do vínculo da amizade, união, amor e lealdade. 

A minha marca e da minha irmã fica na nuca, a dos irmãos Lewis fica no pé e dos outros membros ficam no braço, perna, mão, peito e coxa

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A minha marca e da minha irmã fica na nuca, a dos irmãos Lewis fica no pé e dos outros membros ficam no braço, perna, mão, peito e coxa. A marca não simboliza só o bando e nosso vínculo, é muito mais que isso...Ela carrega com sigo um feitiço, concordamos de enfeitiçar a marca para nós não sabermos quem é o nosso companheiro. Se alguém for seu companheiro dentro do bando, você não saberá, pois ele vai estar carregando a marca enfeitiçada.

Neste momento eu estou na França. Porque? Bom eu discuti com meu pai e vim para casa dos meus avós.

Meu pai tem como seu discípulo o arrogante Heitor Lewis. Fala sério, qual o problema do meu pai? Porque ele tem que fazer isso comigo? Porque o Heitor vai ser o próximo supremo em vez de mim? Porque?

Não quero virar suprema, mas odeio o fato de logo o Heitor tomar meu lugar como direito. Porque tinha que ser ele? Não tinha outra pessoa? Porque Heitor Lewis?

- Safira...- coloco o travesseiro na cabeça. - Safira abre a porta.

- SAI DAQUI. - grito sem paciência.

- Safira seu pai me mandou vir a trás de você. Não posso ir sem você. - diz o Killer. Vou até a porta e a abro.

- Não vou voltar. - ele suspira.

- Nós vamos amanhã de manhã. Por bem ou por mal, você vai. - ele diz e sai do meu campo de visão.

- HAAAA. - grito de frustração.

- Seu temperamento é incrivelmente assustador...- meu vô diz vindo até mim. - É uma mistura de Sofia com Diogo....Assustador.

- Ele que começou. - digo me referindo a briga com meu pai.

- Vocês são iguais. - ele suspira. - Nada se resolve brigando. Pensa com cuidado e converse com seu pai novamente, mas sem brigas.

Ele me da um beijo na testa e sai.

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Abro meus olhos e vejo árvores e mais árvores, e elas estavam andando? Levo um susto quando vejo que estava dentro do carro.

- KILLER. - ele me olha de lado e sorri.

- Eu disse que você viria por bem o por mal, não disse? - eu estava a ponto de socar a cabeça dele no volante.

- Seu cachorro idiota...- resmungo e ele ri.

- Já é tarde de mais para querer tentar sair daqui. - encaro ele. Acho que ele já sabia que eu iria tentar sair do carro. - Já estamos em New York.

- Eu vou te matar. - sussurro.

O carro entra na estrada de chão e logo o mesmo para em frente de casa. Saio do carro e bato a porta com força. Passo pelos degraus e pela piscina.

Entro dentro de casa e vejo meu pai de pé falando com meu tio, quando ele percebe minha presença para de falar e me encara. Ignoro ele é subo correndo a escada.

- A ESSA GAROTA ME DÁ NOS NERVOS, PORQUE TINHA QUE PUXAR TANTO A SOFIA? - escuto ele gritar.

- Não acho que ela puxou só a Sofia, tem uma boa parte de sua personalidade nela também. - diz meu tio Nathan.

Entro no meu quarto e me jogo na cama. Eu odeio estar brigada com ele, mas ele realmente está me estressado com essa coisa do Heitor ser seu herdeiro.

Alguém bate na porta e sem esperar minha resposta entra no quarto. Era minha mãe.

- Precisamos conversar. - ela senta na minha cama e eu coloco minha cabeça em seu colo. - Porque tem que brigar com seu pai?

- Fala sério mãe. Ele está me excluído...- digo estressada e ela passa a mão em meu cabelo.

- Você tem que entender o porquê ele está fazendo isso. - suspiro.

- Eu não quero entender. Ele não confia em mim, só porque sou mulher? Porque não nasci homen? Quem sabe ele iria me deixar ser o próximo em seu lugar. - digo.

- Não fale assim Safira. Você sabe muito bem o quanto nós queríamos que você fosse menina. Quando você tinha apenas um mês de vida o seu avô disse antes de morrer que você era uma menina. E nós acreditamos e torcemos para ser verdade. Então não fale assim. - sinto ela respirar fundo. - Filha eu não te entendo. Você mesma me disse antes que não queria ser a próxima suprema. Então porque está tão revoltada?

- Porque ele não tem confiança em mim, para deixar eu ser a próxima. Poxa eu sou a filha dele, eu sou a Herdeira...- levanto de seu colo e encaro minha mãe. - Então porque tem que ser o babaca do Heitor?

- Safira...- ela sorri. - Você está se ouvindo? Filha, você não quer ser suprema e está usando a desculpa de seu pai não confiar em você para justificar sua rebeldia. Mas na verdade você só está revoltada porque o Heitor vai ser o próximo.

- Há...mãe...

- Porque odeia ele? - ela me encara esperando uma resposta. - Estou esperando uma resposta.

- Eu...eu...Não sei. - digo olhando pro nada.

- Quando você souber a resposta do porque o odeia tanto, aí então você discute o assunto do próximo no poder com o seu pai. - ela sorri e me beija. - Será mesmo que você odeia ele?

Ela sai me deixando com pensamentos profundos sobre o assunto.

Eu odeio ele? Sim eu odeio.
Porque odeio ele?
Qual o motivo?  
Quando se iniciou esse ódio?
Desde quando?

Herdeiros 4° - Heitor Lewis Where stories live. Discover now