Capítulo 03

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Safira

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As passagens foram compradas de última hora, mas conseguimos pegar um horário bom. Agora é exatamente 10:00 horas, vamos chegar na Califórnia em torno de 13:00 hora da tarde.

A Gabriele está com o Rafa e eu estou à procura de meu acento. A minha poltrona é uma daquelas que senta três pessoas, sento na que fica próximo a janela, logo que sento um jovem de aparência agradável senta ao meu lado. Ele me nota então esboça um sorriso e eu retribuo.

Logo um indivíduo para ao lado da outra poltrona e me encara olho para ele e reviro o olho. Acho que devia parar de odiar ele, quem sabe essas coincidência frustrantes para de acontecer.

Ele senta e da um longo suspiro. Toda hora ele se mexia, mesmo ele estando no outro canto eu me incomodava com ele tendo essa atitude, isso irrita.

- Cara está tudo bem aí? - o garoto de bela aparência ao meu lado pergunta ao abruti.

- Sabe...eu...eu - se ele disser que está nervoso por andar de avião é mentira. - Eu tenho medo de andar de avião.

- Fala sério. - resmungo.

- Respira fundo. - diz o garoto e o abruti obedece como se estivesse mesmo passando mal. - Nunca andou de avião?

- Já...Mas por algum motivo sempre passo mal quando estou na poltrona do corredor. - eu vou matar ele.

- Não seja por isso, pode trocar comigo. - ele se levanta. O idiota pelo menos tinha que fazer uma cena se recusando. Mas não faz. Ele senta ao meu lado e começa a suspirar compulsivamente. - Espere um pouco vou trazer água para você.

O garoto gesticula com a mão e quando ele some de vista o abruti volta ao normal.

- Então você tem medo de andar de avião. - reviro o olho. - Queria tanto sentar ao meu lado a ponto de ter que mentir?

- Não fiz isso por você, - ele me olha com um sorriso de deboche. - Fiz isso pelo garoto, vai que você dorme e baba no ombro do coitado.

Bato em seu ombro.

- Arranje desculpas melhores. - suspiro e volto a fitar a janela.

O garoto volta com uma garrafinha de água e entrega ao idiota. O garoto senta e fica encarando o abruti beber água.

- Está melhor? - ele pergunta e o abruti só confirma com a cabeça. O garoto coloca a mão na testa dele. -Tem certeza? - o Heitor tenta se afastar da mão do garoto e eu me segurava para não rir.

- Quis dar uma de gostosão e agora se ferrou bonito. - sussurro somente pra ele ouvir.

- Senhores passageiros, por favor colocarem o sinto de segurança e permanecerem sentados. Iremos decolar....

- Seu sinto. - o garoto diz já arrumando o sinto do Heitor, ele me olha com uma expressão apavorada e eu tenho que virar o rosto e tampar a boca para não rir.

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Estávamos desembarcando e a expressão do Heitor é de dar pena. Eu mantinha o sorriso no rosto me lembrando das vezes que o o jovem de aparência agradável dava em cima do idiota.

- Hei. - Gabi me puxa para seu lado e pergunta em voz baixa. - O que aconteceu com o Heitor?

- Vai saber. - digo sorrindo.

- Você aprontou alguma coisa? - ela me olha desconfiada.

- Não precisei fazer absolutamente nada. - ela franze a testa.

O Rafa passa correndo em nossa frente e chama o Heitor. Na hora que ele toca o idiota o mesmo assusta e da um pulo pra trás.

- Não toca em mim. - ele diz encarando o Rafa. Vou até ao seu lado e digo.

- Ficou traumatizado? - pergunto sorrindo e ele revira o olho.

- Não enche o saco. - ele se vira novamente e sai pisando firme. O Rafa me olha sem entender nada.

- O que deu nele? - eu começo a rir.

- Ele sofreu molestação o vôo inteiro...coitado. - digo com um sorriso.

- Não parece que você está com dó dele. - rebate.

- Sério?

- Nem um pouco. - sorrio e vou em direção ao carro que nos esperava.

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Alguns minutos depois já estávamos em frente a mansão que é uma das nossas fortalezas. Antes mesmo de entrar na casa já sabia que todos estavam ali.

Na porta está talhado o símbolo que cobre praticamente toda extensão dela, o nosso símbolo, símbolo do nosso bando. Entramos e logo somos recebidos com comprimentos.

- Vocês demoraram. - diz Ryan primo da Aurora e do Heitor.

- Que bom que todos estão aqui. - diz o Heitor com uma voz grave e séria. É impressionante como ele consegue mudar seu humor da água pro vinho. Ele sempre foi assim, um completo bipolar. - Vamos para sala de reunião.

Todos que estavam sentados levantam e vão a trás dele. Então quem vai anunciar alguma assunto importante é ele, fala sério, eu sou a segunda no comando e não sei nada. Ele deveria me falar, pelo menos me deixar atualizada de vez em quando, odeio não saber das coisas.

- Temos alguma missão? - pergunta Melissa logo que adentramos a sala.

- Algo do tipo. - diz ele.

- Porque não me disse nada? - Gabi me pergunta. Olho pra ela e depois pro idiota.

- Deve ser porque estou desatualizada. - digo sem parar de encarar o Heitor.

- Mas você também é lider, como não sabe? - fala Yago com seu jeito debochado.

- Me pergunto o mesmo. - falo.

- Acho que devia sair da liderança e deixar apenas o Heitor, não há nem um problema certo?...- encaro Yago. - Você já vai deixar ele pegar sua herança, qual o problema de deixar ele com a liderança total do bando?

- Hei seu bastardo. - Gabi se altera.

- Você quer morrer? - a Aurora que estava ao seu lado coloca suas garras para fora e encosta em sua garganta. Ela me olha. - É só dá a ordem. - ela diz e eu sorrio.

- Parem com isso. - diz Heitor é Yago empurra a mão de Aurora e a mesma rosna pra ele. - Reunimos para discutir algo importante, não se comportem como crianças.

- Prossiga. - digo revirando o olho.

- Temos uma missão...- todos ficam atentos. - Essa missão não é como as outras, teremos que fazer uma envestigaçao para resolver o problema em questão.

- Que problema? - pergunta Karinne.

- Várias mulheres estão sumindo em Londres, o Alfa de lá acredita que tem haver com algum ser sobrenatural.

- Temos alguma pista de que ser estamos falando? - pergunto e ele me olha.

- Metamorfo. - franzo o cenho.

- Metamorfo? - indaga Lucca. - Isso faz sentido?

- É isso que devemos saber. - digo.

- Exatamente. - confirma Heitor. -Por enquanto vou montar um grupo de três pessoas que vão para Inglaterra pra saber mais sobre o assunto, o resto irá ficar esperando as ordens conforme o que for descoberto lá.

Herdeiros 4° - Heitor Lewis Where stories live. Discover now