Capítulo 40

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Safira

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Voltamos para New York ontem de manhã e tudo parece estar em seu devido lugar. Todo mundo age como se nada tivesse acontecido...confesso que prefiro assim.

O Bando não recebeu nenhuma "missão" então Yago convenceu Aurora em ir fazer uma trilha, Melissa está na casa do bando e sempre que da ela vai até o café onde Rafael está ajudando sua mãe, Karinne teve que voltar pra Virgínia então Ryan tomou o papel do Yago e não para de atormentar as pessoas quietas, Gabi e Lucca está na bolha de amor deles em algum lugar na alcatéia, Heitor está em seu apartamento aqui em New York. Saio do meu quarto e dou de cara com ele.

- O que você está fazendo aqui? - ele pergunta e eu franzi a testa.

- Essa fala não é minha? - pergunto e sorrio. - Do que você tá falando? Esse é meu quarto - aponto para a porta atrás de mim. - Aqui é minha casa.

- Sua casa? - ele levanta uma sobrancelha. - Safira você deixou meu apartamento em uma bagunça total.

- Desculpa. É que quanto você sumiu...O meu consolo era seu apartamento, então acabei ficando lá por alguns dias. Mas eu prometo que vou arrumar ainda hoje. - ele da um meio sorriso.

- Não é isso que eu quis dizer. - ele suspira. - Cada canto do meu apartamento cheira à Safira, você reorganizou minha cozinha e agora não consigo achar uma colher, minha cama transborda seu cheiro, a metade do meu guarda roupa só tem roupa sua...Você tá entendendo a bagunça que fez? Você pegou uma gaveta interina só para suas cal....- tampo sua boca.

- Tá muito cedo pra eu ver meu pai te estrangulando então fecha a matraca. - ele ri e eu tiro minha mão de sua boca.

- Meu sogro não é tão careta assim. - ele diz me encarando.

- Há não é? Você quer testar? - suspiro e encaro ele. - Chega no seu sogrinho e diz que a filha dele tem uma gaveta de calcinhas no seu guarda roupa e me diz se ele é careta ou não.

- Gaveta? - meu pai aparece no corredor.

- Gaveta...de documentos...papéis das missões do bando. - diz Heitor e meu pai encara ele.

- Juro que ouvi outra coisa...- minha vontade de rir era grande que quase não estava aguentando segurar. - Não importa...Eu vou lembrar.

Ele passa por nois e no momento que ele desce as escadas eu começo a rir.

- Não quis testar? - pergunto.

- Perdi a vontade. - ele diz e eu sorrio.

- Eu vou no seu apartamento hoje, vou arrumar tudo. - digo e vou em direção a escada mas ele segura meu braço, viro encarando ele.

- Não quero que você arrume nada...Quero que venha morar comigo. - meu coração acelera feito louco.

- Eu...Eu sou muito espaçosa.

- Não me importo.

- Não gosto de fazer comida.

- Nem eu.

- Odeio bagunça.

- É o que eu faço de melhor. - nós dois rimos. - Combinação perfeita. Safira eu falo sério...mora comigo?

- Bom....

- LEMBREI..."GAVETA DE CALCINHAS" HEITOR SEU DESGRAÇADO.

- Responde...Preciso correr antes de seu pai chegar aqui. - ele diz olhando apavorado a escada.

- Sim...Eu moro com você. - ele sorri e pega no meu rosto com as duas mãos e me beija. Logo nos separamos e ele abre a porta do meu quarto entrando rápido.

- CADÊ ele? - meu pai aparece e invade meu quarto, entro e vejo a sacada aberta. Começo a rir da situação. - Por quê a mocinha tá rindo?

- Pai...Eu vou morar no apartamento do Heitor. - seus olhos praticamente salta do seu rosto.

- O QUE?

Eu tinha acabado de subir para meu quarto, estava pensando sobre minha decisão...Será que vai dar certo, eu e Heitor...Morar juntos...?

- Oi princesa. - levo um susto quando vejo ele na minha saca.

- Ficou maluco? - puxo ele pra dentro e fecho a cortina. - Meu pai tá doido atrás de você.

- Eu sei, é por isso que entrei pela sacada. - ele pisca. - Vim te fazer um convite.

- Que convite? - encaro ele.

- Uma viagem. Quer ir comigo, sem ninguém saber de nada? - sorrio.

- Tá fugindo do meu pai? - ele sorri e vem até mim.

- Talvez sim... - ele coloca algumas mexas do meu cabelo atrás da orelha. - Ou talvez eu só queira ficar mais tempo a sós com a minha companheira. 

- Você vai sumir de novo? - ele franze a testa. - Viagem de última hora, sem ninguém saber de nada, só eu e você...Me parece uma despedida.

- Claro que não...Eu juro. A única coisa no mundo que eu não quero, é ficar longe de você. - ele deposita um beijo rápido nos meus lábios.

- Eu topo, mas você tem que aceitar as minhas condições. - ele sorri.

- Qual seria? - ele me encara.

- Primeiro: não podemos em hipótese nenhuma ficar um casal meloso que nem a Gabi e o Lucca.

- Isso seria impossível. - ele diz rindo.

- Segundo: você tem que me prometer que vai me ajudar a manter o apartamento impecável depois que eu me mudar.

- Bom...Vou tentar. - encaro ele. - Tudo bem...Eu ajudo.

- Terceiro: você tem que aceitar a sua punição sem nenhuma objeção.

- Hei...que punição? - levanto uma sobrancelha e sorrio.

- Você não precisa do meu perdão...Mas eu não consigo esquecer as coisas muito fáceis. Essa idéia da viagem é ótima pois não vou avisar meu pai, e ele vai ficar doido por não saber onde eu estou...essa será a punição dele. Já a sua...é um pouco diferente, mas tenho certeza que vai ficar mais louco que meu pai. - digo sorrindo.

- Você me assusta falando assim. - ele diz dando um passo pra trás.

- Que bom que causei esse efeito em você, pretendo causar outros..- ele da um meio sorriso. - Então qual vai ser o destino da viagem?

- É surpresa...Vamos sair amanhã bem cedo se possível. - ele diz me olhando desconfiado. - Eu vou te esperar no aeroporto, não dá pra mim vir aqui, se seu pai me ver ele não vai deixar eu sair novamente.

- Tudo bem. - digo. Ele vem para me beijar mas eu tampo sua boca e o viro levando seu corpo até a sacada. - A punição começou. - fecho a porta da sacada e vejo ele me encarando pela porta de vidro. - Até amanhã meu abruti.

Herdeiros 4° - Heitor Lewis Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ