Capítulo 02

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Safira

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É raro alguém da nossa espécie se transformar antes de completar 16 anos, só que com Heitor foi diferente. A sua primeira transformação foi com 10 anos. Isso faz dele o "garoto prodígio". Acho que é por isso que meu pai escolheu ele, por ele ser "especial" ou existe outro motivo que eu desconheço?

- Safira. - meu pai chama a minha atenção a trás de mim. Estava na cozinha tomando café da manhã. - Filha eu queria que entendesse sobre o Hei... - me viro olhando para ele.

- Pai eu não quero falar sobre isso. - digo e ele respira fundo.

- Tudo bem. - ele ia se virar para sair da cozinha.

- Pai.. - ele se vira novamente. - Eu não quero falar sobre o abruti, mas podemos falar de outras coisa. - ele ri e vem até mim e senta ao meu lado.

- Abruti? - ele passa a mão na cabeça. - A senhorita está passando muito tempo na França. O Heitor vai gostar de saber que ganhou mais um nome.

- Para de falar dele pai. - ele sorri.

- Tudo bem. - ele suspira. - Você realmente gostou do colar né. - ele olha o meu pescoço.

Era um coração com uma âncora. Eu ganhei do meu guardião quando tinha 16 anos.

- Claro

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- Claro. - pego no colar e sorrio. - A única coisa que o guardião me deu, queria conhecer ele. - suspiro fundo. - Você deveria me dizer quem ele é.

- Essa conversa de novo? - ele suspira. - Eu já disse que não sei quem ele é.

- Sabe sim. O senhor não me engana. - digo bufando.

- Menina chata. - ele bagunça meu cabelo é levanta. - Tenho que ir agora, vê se não apronta nada.

- Não vou prometer. - digo e ele sorri. Me dá um beijo e sai.

Meu guardião me deu esse colar quando completei 16 anos, na minha primeira transformação ele deixou esse colar com um bilhete no meu quarto. Dizendo que era um presente e que daquele dia em diante ele iria me proteger, como um guardião. Nunca tirei a corrente do pescoço e até agora não sei quem ele é. Ele sempre me ajuda quando preciso, mas nunca se revela.

- Fala sério. - a Gabi senta do meu lado. - Você está pensando nele de novo?

- Ne..nele quem?

- No guardião. - ela levanta uma sobrancelha.

- Claro que não. - digo.

- Por quê está segurando o pingente então? - solto o pingente e coloco debaixo da blusa.

- Pirralha. - ela ri.

Levanto e vou até a biblioteca que fica no escritório do meu pai. Abro a porta e vou em direção a fileira de estantes de livros.

Vou passando a mão nos livros até o fim da fileira, viro para passar para outra fileira mas então bato minha cabeça. Olho em minha frente e vejo o Idiota.

- Fala sério. Você já tá aqui. - suspiro. - Por quê não estou surpresa?

- A princesa está estressada? - ele pergunta sorrindo.

- Francamente. - reviro o olho. Me viro para sair da sala mas ele segura meu braço.

- Você não ia pegar um livro? - ele pergunta me encarando, puxo meu braço.

- Perdi a vontade de ler. - saio do escritório e vou pro meu quarto, bato a porta com força.

Esse moleque não sai mais daqui de casa, vai morar aqui por acaso?

Meu celular vibra, era uma mensagen da Aurora.

"Oi amorzinho.
Queria te avisar que todos vão se reunir amanhã aqui na fortaleza. avisei o Rafa."

A nossa "Fortaleza" para ser bem exato é uma casa que tem na Califórnia e aqui em New York, onde nós nos encontramos, as duas ficam na floresta.

Como o Heitor é o líder do bando tem uma fortaleza na Califórnia, e a que tem aqui é por causa de mim. Sou a segunda no comando.
Ironia eu liderar junto com Heitor? Talvez, não sei. Foi decidido por voto, então ele ficou como líder e eu vice.

Aurora é a irmã gêmea do Heitor, ela é completamente diferente dele. Amo ela, sempre fomos muito próximas desde criança. Ela é meio doida e compulsiva, mas dizem que nós nos parecemos.

Rafael é um amigo de infância também, ele é filho de uma amiga da minha mãe. Ele é humano e sabe sobre nós, tanto é que faz parte do bando. Mesmo ele sendo um humano, ainda sim tem uma marca como os demais.

O Bando não é só um grupo de amigos, nós realizamos missões que outras alcatéias e até mesmo as nossas nos pedem.

- Safira. - a Gabi entra no quarto e se joga em cima de mim. - A gente vai com o Heitor amanhã.

- Fala sério. - reviro o olho.

- Para de ser chata. - ela senta na cama. - Será que temos uma nova missão? - ela pergunta sorridente.

- Talvez sim, talvez não. - digo dando de ombros.

Herdeiros 4° - Heitor Lewis Onde histórias criam vida. Descubra agora