The Judgement - Part 2

7.9K 538 155
                                    

POV Lauren.

- O julgamento está em sessão.

Meu corpo ficou tenso e meu coração acelerou. É agora. Hoje todas as cartas vão para a mesa.
Olho, disfarçadamente, por cima de meu ombro e vejo Camila e mais ao longe minha mãe. Meus olhos já dão sinais de que querem chorar, então respiro fundo e olho para a frente.

- Caso n° 567, Lauren Jauregui versus Mike Jauregui por estupro e agressões físicas. - a juíza falou. - Senhorita Hansen pode começar. - olhou para a Dinah e se ajeitou na cadeira. Dinah se levantou e foi para perto do júri.

- Senhores e senhoras, a maioria de vocês tem filhos. Como se sentiram de saber que seu filho ou filha foi abusado durante 4 anos?! E se esse filho ou filha contasse para você e você simplesmente não acreditasse?! Como vocês acham que esse filho iria viver?! - abaixei minha cabeça para não verem minhas lágrimas. - Foi isso que aconteceu com Lauren Jauregui. Seu pai Mike Jauregui a estuprou por 4 anos e quando ela resolveu contar para a mãe, a mesma simplesmente não acreditou na própria filha e a expulsou de casa. - as memórias voltaram com força e me fizeram reprimir um soluço. - Essa garota passou por tantas coisas. Mas ela encontro seu anjo da sorte. Quando Camila Cabello a encontrou, ela me conta que Lauren estava desesperada e com medo e claro não se deixava tocar. Mas depois de meses, Camila ainda ajuda Lauren com o que for, sem esperar nada em troca. Está pagando psicólogo e ajudou a Lauren a entrar em uma faculdade. - sorri ao me lembrar do quanto Camila vem me ajudando. - E se vocês acham que a Lauren está curada? Não se enganem, ela ainda está quebrada tanto fisicamente quando psicologicamente, mas está lutando para se "concertar". Então senhores e senhoras, quando forem dar seu veredito pensam em seus filhos. Obrigada. - Dinah terminou e veio se sentar ao meu lado. Assim que ela se sentou a abracei.

- Orbigasa DJ você é a melhor. - sussurrei em seu ouvido. Ela sorriu para mim e nós olhamos para a frente a tempo de ver o advogado de Mike se levantar.

- Obrigada Senhorita Hansen por suas belas palavras... - seu tom se deboche fez meu sangue ferver. - Mas agora vamos ser francos, que pai estupraria sua própria filha? Mesmo que isso aconteça, acredito que meu cliente não seria capaz de cometer tal ato. - arregalei os olhos ao que ele falou. - Meu cliente me contou que a senhorita Jauregui é... Hmmm... Como posso dizer... Lesbica. - meu corpo gelou ao ouvir isso.

- Protesto... Não tem nada a ver com o caso. - falou Dinah.

- Senhor Mahone vá direto ao ponto. - falou a juíza para o advogado, que assentiu.

- Voltando... Será que a senhorita Jauregui não inventou todo esse negócio de estupro, por medo de contar ao seu pai que é lésbica? Por estar com medo de sua reação? Mas será que ela também não pensou que sua mãe não acreditaria nela? São tantas perguntas e uma só resposta. Estamos aqui para descobrir a verdade e quando tiverem o veredito, pensem. Obrigada. - ao passar por nossa mesa, o tal Mahone nos deu um olhar de desprezo. Dinah também notou, porque ela apertou minha mão.

- Argumentos feitos, agora passamos para as testemunhas. Hansen. - Dinah levantou e andou até ficar no meio.

- Gostaria de chamar a psicóloga da senhorita Jauregui a senhorita Brooke. - franzi as sobrancelhas em confusão. Logo vi um policial trazendo Ally, minha psicóloga. A mesma fez o juramento e sentou - se.

- Como vai doutora Brooke? - Dinah perguntou e chegou mais perto da bancada.

- Eu vou bem e você? - Dinah só assentiu. Arrumou sua postura e começou.

- Você está tratando da senhorita Jauregui a 2 meses agora, correto? - Ally assentiu. - Como ela estava no começo do tratamento? - me ajeitei na cadeira e apoiei meu queixo em minha mão e a mesma apoiei na mesa.

Os Opostos Se AtraemWhere stories live. Discover now