Entrevista 71 • Primrosewords93

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Aqui está a entrevista à Primrosewords93 .

Passem pelo perfil dela e dêem uma olhada nas suas obras Love Wings, (Un)forgettable e Quando 'te vês' é tudo.

Espero que gostem da entrevista!

☆ ☆ ☆

- O que é que achas que os leitores devem saber sobre ti?

Bem, acho que talvez mais do que muitas das pessoas que me conhecem pessoalmente, os leitores das histórias que escrevo sabem de mim mais do que imaginam. Mesmo sem querer, cada personagem é um bocadinho daquilo que sou, da minha personalidade, da forma como eu vejo e interpreto o mundo que me rodeia, e por isso aquilo que eu sou, enquanto Daniela de 23 anos, portuguesa, socióloga e apaixonada por livros, artes e gatos, é também aquilo que sou enquanto Milles, Rose, Harry, 13, e todas as minhas demais personagens. Todas elas passam aquilo que sou (e tento ser) como pessoa, todos eles são curiosos, interessados, despertos, felizes, medricas e ansiosos como eu, por isso acho que quem quiser conhecer-me um bocadinho, basta passear pelas minhas palavras, porque é através delas que me desvendo. :)

- Há quanto tempo começaste a escrever histórias?

Histórias mesmo, com princípio meio e fim, penso que foi em 2012, com os meus 19 anos. Antes disso costumava escrever contos soltos ou pequenos textos sem continuação.

- Onde é que encontras a inspiração para o que escreves?

No dia-a-dia, na realidade, nas pessoas... Se me ouvisse falar assim há uns tempos, iria ficar chocada com esta revelação tão simples, mas a verdade é que não há nada de extraordinário na escrita. Não compro essa ideia de ser um dom, uma dádiva que nasce connosco e quando desce a inspiração, uma pessoa passa para o papel. Creio que penso assim muito por causa da minha formação, mas também porque cada vez mais reconheço que a escrita é nada mais nada menos que uma questão de prática, de estar atento ao que nos rodeia e brincar um pouco com as palavras. Tenho a sorte de estar rodeada de pessoas, aí sim, inspiradoras, e aquilo que me transmitem, que me ensinam e os momentos que me permitem viver, são a matéria-prima para aquilo que escrevo, que não é nada de transcendente, nada que qualquer outra pessoa não pudesse fazer, é apenas a minha forma de olhar e trabalhar a minha realidade.

- Donde surgiu a motivação para seres escritora? Alguém te influenciou?

Em primeiro lugar, não sou escritora. Sou muita coisa - sou filha, sou socióloga, sou namorada, sou organizadora de congressos, sou amiga, sou dona do meu gato, sou uma "fazedora" de bijuteria artesanal, sou estudante... e cada uma dessas "pessoas" que eu sou, tem a feliz mania de escrever. Mas a motivação para essa mania acho que surgiu de uma forma muito expectável: por um lado os meus pais, sobretudo o meu pai, sempre alimentaram muito o meu interesse e o meu gosto pela área das artes, e a escrita acabou por ser uma das que explorei mais profundamente. Por outro, sempre tive muita dificuldade em me expressar verbalmente em momentos de alguma reflexão - sou uma faladora compulsiva, atenção! Mas quando tenho necessidade de falar de coisas sérias, que mexem no mais profundo de mim, sempre lidei melhor com a segurança do papel. E por isso comecei por escrever cartas às amigas sempre que nos chateávamos ou que queria mostrar-lhes que gostava delas. Depois uma coisa levou à outra, e acabei por ir desenvolvendo o gosto que ainda hoje continua. Além da minha família, que de forma mais ou menos óbvia teve "mão" neste meu caminho, comecei a ler desde cedo. Harry Potter, Uma Aventura, Os cinco, O Clube das Amigas, tudo isso marcou muito a minha infância, e depois foi um processo fácil começar a ler coisas mais "pesadas" quando escolhi literatura no secundário.

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