Capítulo dois

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                 Ricardo

Acordo com o meu celular tocando insistentemente. Me pergunto quem seria o louco de me ligar a essas horas da manhã em pleno domingo, com certeza não é alguém que me conheça o bastante pois todos que me conhecem sabem muito bem como fico irritado em acordar cedo no único dia em que me permito acordar tarde.

Sinto um perfume enjoado ao meu lado e lembro de mais esse problema. Não era para Nicole ter dormido aqui, essa é mais uma de minhas manias odeio que as mulheres com quem transo durmam em minha casa, embora Nicole ache ser pra mim mais do que uma boa transa não é assim que eu a vejo. Ela é ótima na cama e sabe muito bem como satisfazer todos os meus desejos  mas nunca em hipótese alguma será mais que isso, em minha vida é assim que vejo as mulheres simplesmente como um meio para eu obter prazer.

Vejo no meu iphone o número e me irrito ainda mais era Alberto um grande amigo e também meu advogado no Brasil ele só pode está procurando uma maneira de ser demitido.

-Oi   -   falo irritado.

-Oi Ricardo desculpe ligar a essa hora mas é que. ......

-Espero que seja realmente uma emergência ou se não vou esquecer que somos amigos e demito você nesse instante   -   minha voz sai ainda mais alterada.

-Como eu ia dizendo   -   ele continua falando sem se abalar com minhas ameaças acho que já se acostumou ao meu mal humor   -    eu estou indo até a ilha e como lá nem sempre o sinal de celular funciona tive que ligar agora pela manhã.

-Pare de enrolar e fale logo o que você quer.

-O problema é que aquele pescadorzinho o tal de Sebastian, ele cumpriu a ameaça e contratou uma advogada e disse que vai até as últimas consequências  para nos  impedir, ouvi dizer que a advogada que ele contratou é muito boa e você sabe muito bem que por meios legais nós jamais construiremos por lá, então eu aconselho a não entrarmos em uma batalha judicial.

-E o que você me sugere? Que eu desista simplesmente por que aqueles mortos de fome não querem me vender as suas casas? Já disse que quero aquele lugar e vou ter aquele lugar custe o que custar, agora mais do que nunca vou construir lá e ninguém vai me impedir ouviu bem ninguém.

-Não estou falando para desistir mas temos que mudar de estratégia, ir com mais calma, você sabe muito bem que se essa história chegar ao conhecimento da mídia ela se colocará a favor daqueles pescadores será ruim para seus negócios, será uma imagem negativa que seus investidores não estão afim de encarar.

-Eu sei disso, eles já me avisaram que não querem confusão, mas você me conhece muito bem e sabe que paciência não é o meu forte.

-Posso tentar falar com eles novamente, mas não garanto nada.

-Não, você não vai fazer nada.

-Como assim não é pra eu fazer nada?

-Eu mesmo resolverei esse assunto, viajo para o Brasil ainda hoje.

-O quê? Mas você odeia vir pra cá, já lhe disse para ter paciência que vou conseguir resolver esses problemas, não há necessidade de você vir.

-Já está decidido, viajo ainda hoje. Vá até minha casa e organize tudo para minha chegada   -    não que eu seja perfeccionista mas se tem uma coisa que prezo é organização não suporto bagunça e coisas fora do lugar    -    bom dia.

Desligo antes que ele me encha de argumentos e motivos para eu não ir.

Realmente não gosto de ir ao Brasil e já faz muito tempo desde a última vez que pus os meus pés lá, evito ao máximo voltar ao meu país de origem. Nesses seis anos só fui uma vez e mesmo assim fiquei apenas dois dias, não suporto as lembranças amargas que me assolam sempre que penso em voltar.

Batalhas Do Coração Where stories live. Discover now