11º Capítulo: Pingos nos is.

496 37 21
                                    

Depois de todo sexo selvagem no chão da sala, brincadeira, teve sexo, um pouco selvagem talvez? Só sabia que estávamos um pouco alterados e não posso negar o desejo por aquela mulher, mas agora não poderia mais ignorar e fingir que nada aconteceu, não era mais só uma one night stand como havia intitulado o outro "acidente", será que foi um acidente mesmo? Apesar de toda a bebida, as duas, quer dizer, três, ou será quatro vezes? Sam, pare de se gabar e vai logo ao assunto. Ok, não podia usar a bebida como desculpa, estava muito consciente do que fazia, mas e ela? Precisámos conversar!

"Acordei no dia seguinte sentindo uma dor nos joelhos, é, não tinha mais idade pra me aventurar em sexo no tapete da sala. No meio da madrugada havíamos ido pra minha cama e dormimos imediatamente. Agora mais uma vez tinha a Cait dormindo apoiada no meu peito, não podia negar como era boa essa sensação, mas sabia que precisávamos conversar sobre o ocorrido.

Dessa vez ela não demorou a acordar, logo vi seus olhos azuis sonolentos me encarando com um sorriso:

- Bom dia wifey! – falei a beijando na testa.

- Bom dia Sammy! – ela respondeu com um sorriso um pouco tímido.

- Acho que precisamos dar um tempo de beber whisky, né? Não anda dando muito certo.

- É, ainda tô sentindo meu cotovelo doer depois de bater na sua mesa de centro.

- E eu então? Meus joelhos estão em matando! – dei risada junto com ela, mas logo ficando sério. – Cait, o que fizemos ontem? – ela me olhou assustada.

- Você não lembra?? Mas eu que bebi mais que você!

- Claro que lembro, você sabe do que estou falando, e não foi só ontem, da outra vez que bebemos, ou vamos dizer, que você bebeu além da conta, me atacou como se não houvesse amanhã! – ri pra descontrair um pouco, Cait havia ficado séria e não queria deixa-la constrangida.

- Ignorando seus comentários machistas...eu sei o que está falando e posso só te falar que não sei, quer dizer, eu sei o que fiz, o que fizemos, mas não tenho uma explicação a não ser que pareceu certo na hora, a vontade, o desejo...

- É, eu sei, mas não quero que isso mude nossa amizade, só que ao mesmo tempo acho tão bom passar esse tempo com você, não que não passamos tempo juntos, mas isso é diferente, parece que você entende o que eu sinto, minha vontade, meu desejo... – falei um pouco sem jeito.

- Nossa amizade significa muito pra mim, parece que você é o único que entende o que eu passei pra chegar até aqui, essa oportunidade, e ao mesmo tempo você entende o que é estar sozinha nesse meio, como é difícil confiar em alguém e me abrir...não quero perder isso por causa de uma noite de sexo.

- Uma? – exclamei.

- Ah Sam, você entendeu, na verdade não foi só sexo, não sei, eu ando carente e parece que você é a única pessoa que consegue entender e suprir essa carência, e antes que você se ache, não é carência de sexo tá, é de se sentir querida por alguém.

Eu tentava assimilar tudo o que Cait falava com os meus próprios sentimentos, afinal, o que estava sentindo? O que aquilo significava pra mim?

- Eu ainda estou confuso com o que sinto em relação a tudo, só posso afirmar que gostei, e muito, dessas noites juntos, mas ao mesmo tempo não quero complicar nossa amizade e sei que sexo pode estragar tudo.

- Vamos simplificar as coisas então, o que aconteceu já foi, não dá pra mudar, só vamos evitar acontecer novamente e continuamos como o Sam e a Cait de sempre, tá bom pra você?

- Acho que sim. – falei sem muita certeza, será que conseguiria?

Dear DiaryOnde histórias criam vida. Descubra agora