Capítulo 6

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  Olho a neve cair pela janela

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  Olho a neve cair pela janela.

Fecho os olhos e seguro as minhas lágrimas o máximo que consigo. Eu odeio tudo isso. Odeio ter que ficar de castigo como uma criança malcriada durante uma semana. Odeio ser essa pessoa impulsiva que eu sou.

Nathalie e eu discutimos. Ela manipulou a minha mãe ao saber o que eu fiz. Eu sabia que ela odiava o fato de eu ser a "certinha" da família, mas não imaginava que ela chegaria ao ponto de manipular a minha mãe para me por de castigo por algo tão besta. Minha mãe é muito cabeça firme, sempre foi, e por incrível que pareça sempre admirou as poucas escolhas rebeldes que tomei na vida, mas agora ela simplesmente apoiou a Nathalie. Não me surpreendo. Nathalie sempre foi boa na arte de manipular, mas parece que agora a minha mãe não conseguiu sair de suas garras.

E eu fiquei brava. Muito brava.

Enfim, eu fiquei brava com toda essa situação, e por isso comecei a gritar e inventar argumentos sem sentido, já que eu não tinha mais nenhum.

E então ela me colocou de castigo

Por uma semana inteira.

E ainda por cima me proibiu de ter aulas de skiing durante uma boa parte da viagem. É claro, por influência da Nathalie.

O que era pra ser a minha viagem dos sonhos se transformou em um grande pesadelo. E a culpa é exclusivamente minha. Eu deveria ter obedecido os meus pais.

Me aconchego na cama e fecho meus olhos, tentando dormir para esquecer os problemas.

(...)

— Acorda, dorminhoca! O trio das ruivas de farmácia ainda não está totalmente completo sem você.

Abro os olhos lentamente dando de cara com o Thomas me observando e gritando como se eu fosse surda.

Esfrego os meus olhos e bufo.

— Que horas são?

— Nove da noite. Seus pais estão te chamando para jantar. Vamos logo porque eu estou morrendo de fome.

— Diga para eles que eu não quero ir, Thomas. — fecho os olhos.

Ele resmunga baixinho e puxa meu cobertor quentinho, me deixando extremamente irritada.

— Você não tem essa opção.

— Me deixa em paz!

— Não.

— Para, Thomas! — grito.

— Vou ter mesmo que fazer isso do jeito difícil? — ele revira os olhos enquanto segura os meus pés.

Já profetizando o que o Thomas irá fazer eu agarro à cabeceira da cama.

Ele puxa os meus dois pés com força enquanto eu dou o meu máximo para continuar deitada na cama. Thomas fracassa, e eu ganho. Sorrio.

60 dias com eles Onde as histórias ganham vida. Descobre agora